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Família separada na travessia do Canal da Mancha não pode se reunir no Reino Unido, determina tribunal | Imigração e asilo

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Diane Taylor

O tribunal de recurso decidiu que um casal que foi separado dos seus dois filhos pequenos num bote de migrantes perto do norte de França, depois de a mãe ter caído ao mar, não pode viajar para o Reino Unido para se reunir com eles.

A família curda, incluindo duas crianças de nove e seis anos, embarcou num bote perto de Calais no dia 19 de Julho, na esperança de atravessar o Canal da Mancha para o Reino Unido para pedir asilo, depois de dizer que tinha enfrentado perseguição na Turquia.

Houve uma briga no barco superlotado e a mãe caiu no mar. O pai seguiu a esposa até a água para tentar resgatá-la. Mas antes que o casal pudesse voltar para o barco, os contrabandistas empurraram-no para o mar com as duas crianças a bordo.

Ao chegarem ao Reino Unido, as crianças foram levadas aos cuidados de Kent conselho do condado e colocado com cuidadores adotivos. Foram feitas indagações e vários dias depois os pais contataram os filhos por videochamada.

Os pais lançaram um desafio legal na esperança de garantir o direito de vir legalmente ao Reino Unido para se reunirem com os seus filhos. Um juiz do tribunal de imigração decidiu que os pais deveriam ser autorizados a fazer isso e que a separação dos pais estava a causar “angústia e danos psicológicos” às crianças.

No entanto, o Escritório em casa apelou para o tribunal de recurso, argumentando que isto poderia abrir um precedente e levar os contrabandistas a colocarem mais crianças pequenas sozinhas em botes, com os pais esperando seguir um caminho legal para se reunirem com elas.

O tribunal de recurso apoiou o Ministério do Interior e decidiu que a família não poderia reunir-se no Reino Unido. Em vez disso, o Ministério do Interior quer enviar as crianças de volta para França para lá se reunirem com os pais.

Após discussões de alto nível entre o ministro do Interior, Yvette Coopere seu homólogo francês Bruno Retailleau, a França concordou em aceitar as crianças. Não se sabe quando o retorno poderá acontecer. Pais e filhos estão separados há mais de cinco meses.

Os juízes criticaram o Ministério do Interior por ter demorado dois meses antes de começar a trabalhar no caso, algo que descreveram como “muito lamentável”.

Acrescentaram: “É muito triste que a separação das crianças e dos seus pais continue durante o que agora parece inevitável, pelo menos mais algumas semanas… mas o secretário de Estado tem razões legítimas para recusar a concessão da autorização de entrada”.

Na opinião de uma especialista em psicologia que avaliou as crianças “quanto maior a separação entre pais e filhos, maiores são os danos psicológicos”.

Os juízes disseram que o caso era um exemplo dos “problemas humanos e jurídicos” que surgem do contrabando de migrantes através do Canal da Mancha.

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Os pais eram entrevistado no Guardian em setembro. A mãe disse então: “Não há nada pior do que estar separada dos filhos. Tudo o que queremos é estarmos juntos novamente.”

No único outro caso conhecido em que um pai se separou dos filhos pequenos num bote, o mãe viajou de bote para o Reino Unido várias semanas depois para que ela pudesse se reunir com eles.

Lou Calvey, diretor da instituição de caridade Asylum Matters, disse: “É incompreensível como a reação de alguém a uma experiência tão traumática para essas crianças é outra coisa senão desgosto por tudo o que já passaram. Um pequeno barco, em mar feroz, observando os pais lutando contra o afogamento. O facto de o nosso governo, sabendo disto, ter optado por manter estas crianças separadas dos seus pais demonstra uma frieza impressionante.

“Simplesmente não há provas que sugiram que permitir que os pais se reúnam com os seus filhos no Reino Unido iria de alguma forma ‘incentivar’ os contrabandistas.”

O Home Office foi contatado para comentar.



Leia Mais: The Guardian

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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