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POLÍTICA

Famoso pela Lava Jato, ‘Japonês da Federal’ se aposenta

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Na foto, o agente da Polícia Federal Newton Hidenori Ishii, o japonês da Federal.

Famoso pelas aparições ao lado dos presos mais notáveis da Operação Lava Jato, o agente da Polícia Federal Newton Ishii, o “Japonês da Federal”, se aposentou. A portaria com a concessão do benefício foi publicada no Diário Oficial e é datada de 22 de fevereiro. Segundo a PF, ele já deixou o cargo.

O empresário Marcelo Odebrecht, o ex-deputado Pedro Corrêa e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entre outros alvos da investigação que apura desvios na Petrobras, estão entre aqueles que foram escoltados por Ishii ao cárcere da PF em Curitiba – origem e base da operação.

Com a imagem muitas vezes atrelada às ações da Lava Jato, o agora agente aposentado chegou a inspirar marchinhas e máscaras no carnaval de 2016. “Ai meu Deus, me dei mal, bateu na minha porta o Japonês da Federal”, diz uma das músicas.

Ishii, porém, também tinha suas pendências judiciais. Em 2009, foi condenado por corrupção e descaminho por supostamente facilitar entrada de produtos contrabandeados do Paraguai. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a referendar a decisão de primeira instância, rejeitando recurso de Newton Ishii. Por Estadão Conteúdo.

POLÍTICA

A boa nova do combustível do futuro

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A boa nova do combustível do futuro

Murillo Aragão

A nova Lei do Combustível do Futuro representa um avanço significativo para a política energética do Brasil, articulando-se com outros projetos estratégicos do atual governo, como o Nova Indústria Brasil e o Mover, que já estão em operação e fornecem a base para o desenvolvimento de novos mercados e a ampliação de produtos por parte de empresas. A norma estabelece programas nacionais para o diesel verde, o combustível sustentável para aviação e o biometano, além de aumentar a mistura de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel, respectivamente, fomentando a diversificação e inovação na matriz energética nacional.

Entre os principais dispositivos da lei, destaca-se a criação de um marco regulatório para a captura e o armazenamento de carbono, uma medida que pode destravar investimentos na ordem de R$ 260 bilhões, gerando novas oportunidades que combinam desenvolvimento econômico, criação de empregos e proteção ambiental. A sanção da Lei do Combustível do Futuro também estabelece novos percentuais mínimos e máximos de mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel, com a margem de etanol na gasolina C passando de 22% a 27%, podendo chegar a 35%, um aumento significativo em relação ao mínimo atual de 18%.
No setor da aviação, a nova legislação é igualmente ambiciosa. A partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a utilizar combustível sustentável, com a meta de reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa nos voos domésticos até 2037, conforme estipulado pelo Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação.

Aprovada por unanimidade no Congresso após quatro meses de intensas negociações e aperfeiçoamentos, a lei tem como objetivo promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e consolidar o Brasil como líder na transição energética global. Com a sanção presidencial, já foram anunciados compromissos de R$ 21 bilhões em investimentos privados para novos projetos de produção de biocombustíveis. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, os investimentos totais devem alcançar R$ 260 bilhões nos próximos anos, impulsionando a criação de uma economia mais verde e competitiva no cenário internacional. O projeto, de autoria do deputado Jerônimo Goergen, representa um passo decisivo para consolidar o Brasil como líder na transição para uma economia de baixo carbono. Com o foco em biocombustíveis, captura de carbono e incentivos à inovação tecnológica, essa iniciativa busca não apenas promover o desenvolvimento sustentável, mas também garantir a competitividade da indústria brasileira em um cenário global cada vez mais voltado à energia limpa.

A aprovação do projeto Combustível do Futuro reflete um momento positivo da articulação do governo, em especial do Ministério das Minas e Energia e do Palácio do Planalto com o Congresso e o setor privado em torno de um tema vital para o futuro do país. Entretanto, como mencionado, é fundamental que o Brasil equilibre o investimento em novas tecnologias com a exploração estratégica de suas reservas fósseis, a fim de maximizar seu potencial econômico e energético nas próximas décadas.Mas não devemos descuidar do nosso patrimônio petrolífero. Apesar dos avanços em combustíveis sustentáveis e das oportunidades trazidas pela transição energética, o petróleo ainda é um recurso estratégico para o Brasil. Nossas reservas conhecidas têm uma janela limitada de exploração, e é crucial que, enquanto investimos em novas tecnologias, mantenhamos uma gestão eficiente e responsável dos recursos fósseis. Isso inclui a necessidade de uma política energética equilibrada e de longo prazo, que maximize o retorno econômico e estratégico das reservas de petróleo, garantindo que o Brasil não perca competitividade nesse setor fundamental. Nesse sentido, as tecnologias de captura e armazenamento de carbono se tornarão cada vez mais acessíveis, desempenhando um papel crucial na mitigação das emissões associadas ao uso contínuo de combustíveis fósseis. Assim como o fortalecimento e modernização, inclusive de conceitos e paradigmas, das autoridades ambientais brasileiras.





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POLÍTICA

Os números que acendem o sinal de pânico para Boulos

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Os números que acendem o sinal de pânico para Boulos

Matheus Leitão

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O campo progressista precisará fazer muito mais do que tem feito para ganhar a prefeitura de São Paulo, a cidade mais rica do país. A relevância política de ter o prefeito de São Paulo é aumentar a capacidade de influenciar a eleição nacional em 2026, uma vez que o gestor estará à frente de um eleitorado relevante para a definição do próximo presidente da República.

A derrota no primeiro turno de Pablo Marçal (PRTB) – principal e mais lamentável revelação da campanha deste ano — mostra que o candidato ainda é um vento passageiro e não uma tendência que irá ombrear com o bolsonarismo. A predominância dos políticos cuja plataforma tem base no conservadorismo e no moralismo, no entanto, essa sim é uma tendência cada vez mais consolidada.

O candidato do campo progressista, Guilherme Boulos (PSOL), ainda não capturou integralmente o apoio dos eleitores de Lula, que teve a maior parte dos votos paulistanos em 2022. Além disso, Boulos tem alta rejeição do eleitorado local. Essa incapacidade de converter o apoio de Lula em votos demonstra a dificuldade que a esquerda terá para virar o jogo.

Outra preocupação para Boulos é a incapacidade de também trazer para si os votos que foram dados a Tábata Amaral (PSB), que declarou apoio a ele. Muitos eleitores de Tábata já indicam preferência por Ricardo Nunes (MDB), que busca se reeleger como representante do campo conservador.

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Uma das vantagens de Nunes, inclusive, é o mesmo ponto de dificuldade de Boulos: obter o apoio de eleitores que votaram em adversários no primeiro turno. Mais de 80% dos eleitores de Marçal redirecionaram o voto, segundo as pesquisas, para Nunes – mesmo sem o apoio do ex-coach.



Em suma: com poucos indecisos e pouco tempo de campanha pela frente, Boulos tem cada vez menos chance de virar o jogo.



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POLÍTICA

Supremo dá mau exemplo para os tribunais inferiores

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Supremo dá mau exemplo para os tribunais inferiores

rprangel2004@gmail.com (Ricardo Rangel)

Na terça passada, o youtuber Monark foi condenado a um ano de cadeia. Seu crime: chamou o ministro do Supremo Flavio Dino de “gordola”, “autoritário”, “bosta” e “tirânico”.

Na semana anterior, Felipe Neto, outro youtuber, foi condenado a pagar multa de 20 mil reais por chamar o deputado Arthur Lira de “excrementíssimo”.

Na última sexta, a CCJ da Câmara aprovou um “pacote anti-STF”, que, entre outras coisas, limita decisões monocráticas, amplia os cenários em que um ministro pode sofrer impeachment e permite ao Congresso revogar decisões do Supremo.

Os episódios estão íntima e tristemente relacionados.

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Xingar autoridade é direito fundamental do cidadão em qualquer democracia saudável. “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, diz o item IV do artigo 5º, cláusula pétrea da Constituição Federal.

Mas os juízes que julgaram Monark e Neto não estão nem aí para a Constituição. Não surpreende que seja assim. O STF é a régua pela qual as cortes inferiores medem suas próprias decisões: se o Supremo cala quem o critica, como vem acontecendo, por que juízes de primeira instância não poderiam (e deveriam) calar quem critica outras autoridades?

Ainda que em parte desproporcional, é até inconstitucional, a reação da CCJ tampouco deve surpreender: se o Supremo passa do limite, é de se esperar que isso desperte alguma reação no Parlamento. A escalada do confronto entre Supremo e Congresso é prejudicial não só aos dois Poderes diretamente envolvidos, mas à democracia brasileira como um todo.

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O golpe planejado por Jair Bolsonaro falhou, ele está inelegível e a caminho de ser condenado na Justiça Comum. Bolsonaro deixou de ser uma ameaça às liberdades democráticas — hoje, quem as ameaça é o próprio Judiciário.

É hora de o Supremo retomar a cautela e a tolerância que sempre o caracterizaram. É hora de parar de dar mau exemplo para os tribunais inferiores.

(Por Ricardo Rangel em 14/10/2024)





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