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Feira do Livro de Calcutá destaca a diversidade literária da Alemanha – DW – 27/01/2025

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Descrever a Feira Internacional do Livro de Calcutá requer muitos superlativos: é uma das maiores feiras de livros da Ásia e a mais visitada do mundo, com um recorde de 2,9 milhões de fãs de literatura presentes no ano passado.

A feira deste ano, que acontece de 28 de janeiro a 9 de fevereiro, espera receber ainda mais visitantes, que comparecerão ao evento para comprar livros, conhecer autores ou assistir a leituras de livros ao ar livre. Ao contrário do seu equivalente internacional na Alemanha, o Feira do Livro de Frankfurt – que sempre tem três dias restritos a visitantes profissionais – a feira de Calcutá é uma gigantesca livraria pública ao ar livre com mais de 1.000 estandes.

Pessoas lendo em torno de uma mesa de livros.
Milhões de visitantes vão à Feira do Livro de Calcutá todos os anosImagem: Mitrarudra/Depositphotos/IMAGO

O país temático focal da feira de Calcutá de 2025 é Alemanha — uma novidade para o país nos 48 anos de existência da feira indiana.

Mais de uma dezena de autores e profissionais da indústria do livro foram convidados a apresentar a literatura alemã em toda a sua diversidade.

Um dos autores convidados é David Wagner, cujo romance mais recente, “Verkin”, conta a história de vida de uma mulher turca de ascendência arménia. Outro é Christian Kracht, cujo próximo romance, “Air”, é sobre uma viagem pela Europa que testa os limites internos do herói.

Convidados de língua alemã com ligações com a Índia

Muitos dos autores convidados têm vínculos com Índia. Kracht serviu como correspondente em Nova Delhi por muitos anos.

O austríaco Tonio Schachinger, que venceu o 2023 Prêmio Livro Alemãonasceu em Nova Delhi.

Tonio Schachinger
Tonio Schachinger, vencedor do Prêmio Alemão do Livro de 2023, é um autor austríaco nascido em Nova DelhiImagem: Anna Breit

E Christopher Kloeble mora entre Nova Delhi e Berlim. Seu romance mais recente, “O Museu do Mundo”, descreve uma histórica expedição indiana.

A poetisa e autora Ulrike Almut Sandig, radicada em Berlim, também visitou a Índia por longos períodos em diversas ocasiões. Na década de 1990, ela estudou estudos indianos e aprendeu hindi. Pouco antes de partir para Calcutá, ela disse à DW que até hoje mantém um profundo amor pela cultura e literatura indianas e que está particularmente ansiosa para conhecer e conversar com seus colegas indianos.

O interesse de Sandig pela Índia começou durante sua infância em Alemanha Oriental (RDA). O pai dela era pastor e ele e a mãe idolatravam Mahatma Gandhi, o líder do movimento de independência da Índia, que usou a resistência não violenta na sua luta pela libertação do domínio britânico.

Sandig se descreve como uma idealista quando decidiu estudar Estudos Indianos na universidade. Desde então, visitou diversas vezes a Índia, participou em festivais literários por todo o país e trabalhou com músicos e poetas indianos, incluídos em performances.

Ulrike Almut Sandig
Inspirado na cultura da Índia: Ulrike Almut Sandig Imagem: Frank May/aliança de imagens

A Alemanha, em toda a sua diversidade literária

Em Calcutá, Ulrike Almut Sandig planeja se encontrar com Naveen Kishore, chefe da Seagull Books, que publicou dois de seus livros em tradução para o inglês. Seagull publicou uma série de livros em língua alemã e inglês, especialmente obras de autores contemporâneos.

Esses livros ainda enfrentam dificuldades na Índia: as obras em alemão nas livrarias tendem a ser clássicos dos autores Bertolt Brecht, Francisco Kafka ou Thomas Mann – se algum puder ser encontrado nas prateleiras.

Mas talvez isso possa estar começando a mudar.

Philipp Ackermann, embaixador alemão na Índia, sublinhou que a oportunidade é uma oportunidade para mostrar “um lado muito moderno, reflexivo, diverso e colorido da Alemanha literária”.

Astrid Wege, diretora do Goethe-Institut em Calcutá, que elaborou o programa para a aparição da Alemanha como país focal da feira do livro, prometeu “uma visão única da literatura, cultura e temas contemporâneos alemães”.

“Estou orgulhoso de que a DW seja parceira da Feira do Livro de Calcutá”, disse Peter Limbourg, diretor-geral da Deutsche Welle, que terá um estande na feira. “Este ano, o pavilhão alemão destaca a diversidade e a sustentabilidade como seus temas centrais, e são temas centrais também para a DW.”

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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