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Fotografia da garota de napalm pode ter autoria incorreta – 27/01/2025 – Ilustrada

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5 meses atrásem
Um documentário lançado no Festival de Sundance, neste domingo, alega que a icônica fotografia da “Garota Napalm”, tirada durante a Guerra do Vietnã, foi deliberadamente atribuída ao fotógrafo errado —alegação negada pela Associated Press. O diretor de “The Stringer”, Bao Nguyen, disse na première que é “fundamental” “partilhar esta história com o mundo”.
Segundo o filme, a imagem que ajudou a mudar a percepção global sobre a Guerra do Vietnã na verdade foi tirada por um freelancer local pouco conhecido. A fotografia mostra um grupo de pessoas fugindo de um ataque de Napalm, entre elas uma menina de nove anos, nua. Nick Ut, o fotógrafo da AP a quem a fotografia foi atribuída ganhou um Prêmio Pulitzer pelo trabalho e sempre afirmou que tinha sido ele a tirar a fotografia. O advogado de Ut tentou impedir a estreia do filme.
A AP publicou um relatório na semana passada detalhando a sua própria investigação sobre a controvérsia, que não encontrou “nada que prove que Nick Ut não tirou a foto”, mas disse que ainda não tinha tido acesso à pesquisa do filme.
“A AP está pronta para analisar todas e quaisquer provas e novas informações sobre esta fotografia”, afirmou a organização numa declaração atualizada no domingo.
A ideia de realizar o filme surgiu quando Carl Robinson, o editor de fotografia de serviço no gabinete da AP em Saigon no dia em que a imagem foi captada, começou a falar sobre a proveniência da fotografia. No filme, Robinson diz que recebeu a ordem de escrever uma legenda atribuindo a fotografia a Ut por Horst Faas, o chefe de fotografia da AP em Saigon, duas vezes vencedor do Prémio Pulitzer.
“Comecei a escrever a legenda… Horst Faas, que estava mesmo ao meu lado, disse: ‘Nick Ut. Escreva Nick Ut'”, conta ele.
Depois de entrevistar Robinson, os realizadores identificaram o nome, há muito perdido, de um fotógrafo vietnamita freelancer que aparece noutras fotografias da infame cena em Trang Bang, a 8 de junho de 1972. Acabaram por encontrar Nguyen Thanh Nghe, que afirma no filme ter a certeza de que foi ele quem tirou a fotografia.
“Nick Ut veio comigo na missão. Mas não foi ele que tirou a fotografia… A foto era minha”, diz ele.
O diretor executivo Gary Knight, um fotojornalista que liderou a investigação do filme, disse à AFP que era “fundamental” que os membros dos meios de comunicação social “se responsabilizassem”. “A fotografia em questão é uma das mais importantes já feitas, certamente da guerra”, disse ele.
“Conseguir esse reconhecimento (para Nghe)… foi sempre importante para nós, enquanto equipe de filmagem, partilhar esta história com o mundo”, acrescentou o realizador Bao Nguyen.
Um questionamento levantado em resposta às novas alegações foi porque o verdadeiro autor demorou tanto tempo a falar. Robinson diz que, na época, teve medo de perder seu emprego. Disse ainda que, depois, sentiu que era “tarde demais” para falar, até descobrir o nome do freelancer décadas mais tarde.
O advogado de Ut, Jim Hornstein, disse à AFP que Robinson tinha uma “vingança de 50 anos contra Nick Ut, a AP e Horst Faas” e afirmou que “em breve será aberta uma ação por difamação contra os realizadores do filme”.
No documentário, a família de Nghe diz que ele falava constantemente em casa do seu arrependimento por ter perdido o crédito pela fotografia. “Fiquei aborrecido. Trabalhei muito para conseguir, mas aquele sujeito ficou com tudo. Teve reconhecimento, prêmios”.
Nguyen, o realizador do filme, afirma que a ideia de que a família “só está falando agora” é uma espécie de falácia. “Em seus próprios círculos, já dizem isto há muito tempo”, disse Nguyen. Knight disse que sempre houve “um enorme desequilíbrio de poder no jornalismo“. “O jornalismo tem sido dominado por homens brancos, ocidentais e heterossexuais, desde que estou nele, e até antes”, disse ele.
A investigação
Os realizadores também contrataram a INDEX, uma organização sem fins lucrativos com sede na França, especializada em investigações forenses, que concluiu ser “altamente improvável” que Ut estivesse na posição correta para tirar a fotografia.
A última declaração da AP reitera o seu pedido para que os realizadores partilhem as provas, incluindo os relatos de testemunhas oculares e o relatório do INDEX.
“Quando tomamos conhecimento deste filme e das suas alegações em geral, levamos muito a sério e começamos a investigar”, afirma o comunicado. “Não podemos afirmar mais claramente que a Associated Press só está interessada nos fatos e numa história verdadeira desta fotografia icônica.”
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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