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Governo do Estado envia para Assembleia projeto de desestatização da Celepar

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Governo do Estado envia para Assembleia projeto de desestatização da Celepar

O Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (4) um projeto de lei que autoriza a desestatização da Celepar, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná. O Estado vai encomendar uma série de estudos sobre o melhor modelo para essa nova fase da organização, que pode ser com alienação parcial ou total dos bens. O processo ainda contempla um valuation completo da empresa e uma sondagem de mercado, além de audiência pública, e deve ser concretizado na B3, em São Paulo.

O projeto prevê duas mudanças no Estatuto da Companhia. A primeira delas garante que a sede continuará no Paraná. A segunda é que deverão ser mantidas no Estado as infraestruturas físicas de armazenamento e processamento de dados existentes na data de publicação da lei, pelo prazo mínimo de dez anos. Nesse processo o Estado deterá, ainda, uma ação preferencial de classe especial (golden share) que lhe conferirá alguns direitos específicos.

O projeto de lei e a possibilidade de desestatização não interferem na política de dados dos paranaenses. As informações dos cidadãos continuarão protegidas pela legislação e seguirão sob propriedade das pessoas, direito assegurado pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados – Lei Federal 13.709/2018) e que deve ser honrado por empresas públicas ou privadas.

O país ainda tem a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do governo federal que fiscaliza e garante o cumprimento da LGPD. Ela é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem entre suas atribuições inclusive aplicar sanções a empresas e governos que desrespeitem a LGPD e editar normas, procedimentos, orientações e regulamentos sobre a lei.

SERVIÇOS SEGUEM GRATUITOS – Notas de estudantes, histórico médico das pessoas, infrações da CNH e pagamentos de impostos, para ficar em alguns exemplos de sistemas utilizados pela Celepar, continuarão protegidos pela nova Celepar, dentro do Paraná, e pela legislação em vigor. Além disso, os serviços atrelados à gestão estadual seguirão gratuitos, uma vez que são ofertados pelo Governo do Estado. A mudança será apenas entre a administração estadual e a empresa contratada.

O projeto de lei também propõe a criação do Conselho Estadual de Governança Digital e Segurança da Informação. Ele deverá coordenar e implementar políticas, diretrizes e normas que assegurem a adoção de boas práticas de governança de tecnologia da informação e comunicação; estabelecer as diretrizes de minimização de riscos na gestão das informações e de priorização, de alteração e de distribuição dos recursos orçamentários destinados às ações em tecnologia e estabelecer a Estratégia Paranaense de Inteligência Artificial, entre outras atribuições.

Atualmente a maior parte dos dados dos paranaenses e brasileiros já é administrado por empresas privadas. Isso ocorre com aplicativos de entrega ou de deslocamento, operadoras de cartão de crédito, redes sociais ou planos de saúde. Ou seja, o cidadão já confia no setor privado para administrar uma série de dados pessoais. O diferencial da desestatização é abrir espaço para que a nova Celepar se torne uma GovTech internacional e consiga investir em mais serviços estratégicos.

MOTIVOS – Com exceção do setor militar, a maioria dos países, especialmente os mais desenvolvidos, conta com empresas privadas de tecnologia para desenvolver sistemas de TI e similares para seus governos e entidades estatais. De maneira oposta, hoje a Celepar tem o Estado como praticamente o único contratante da empresa.

Quando ela foi criada, há 60 anos, não havia empresas de tecnologia capazes de suprir as necessidades de administrações públicas. Atualmente o cenário é diferente, com ampla concorrência de players nacionais e internacionais atuando em diversas áreas em um mercado dinâmico que evolui muito rapidamente.

A Celepar, se desestatizada, terá de competir no mercado para prestar serviços públicos melhores e mais eficientes aos seus clientes, inclusive ao Governo e aos cidadãos paranaenses. Ela também poderá diversificar e dinamizar sua prestação de serviços, atendendo outros contratantes e fortalecendo suas ações no Paraná, gerando novos empregos qualificados. A Celepar emprega atualmente pouco mais de mil pessoas, um quadro relativamente baixo se comparado com empresas de tecnologia privadas do mesmo porte.

Com o setor aberto à concorrência, tanto a Celepar quanto outras empresas terão de melhorar suas tecnologias para atender seus contratos. Os acordos em vigor deverão ser honrados, de maneira que não haverá descontinuidade dos serviços públicos, e as novas necessidades tecnológicas das secretarias e órgãos de Governo deverão passar por licitações no futuro.

Entre as vantagens do processo estão ainda a redução do risco de interferências alheias na gestão da Celepar, o provável aumento da capacidade de entrega de produtos, o potencial crescimento de faturamento com novas frentes de atuação, além do maior dinamismo e agilidade na interação com o setor público, crescendo a atual capacidade da Celepar em fornecer serviços de dados e IA e demais tecnologias emergentes. É um processo que também pode gerar mais economicidade para o Estado.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Microsoft está criando para o Pentágono uma nova ferramenta de Inteligência Artificial Generativa usando o ChatGpt4 dentro de uma nuvem Azure. Ambos são produtos da empresa, que tem acesso a todos os dados estratégicos dos quais necessita. A NASA usa a Amazon para receber dados de Marte, a IBM para processar os dados dos seus satélites e contratou outra empresa (Spinklr) para analisar o comportamento dos mais de 100 milhões de seguidores em suas oito redes sociais.

PRÓXIMOS PASSOS – Depois que o projeto for aprovado pela Assembleia Legislativa, inicia a fase de estudos que tem previsão de durar cerca de 12 a 15 meses, incluindo mapeamentos jurídicos, consulta pública e elaboração de edital.

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‘Ne Zha 2’ vira maior bilheteria da história da China – 07/02/2025 – Ilustrada

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'Ne Zha 2' vira maior bilheteria da história da China - 07/02/2025 - Ilustrada

Nelson de Sá

No último final de semana, num cinema amplo e tradicional do distrito de Chaoyang, em Pequim, só foi possível assistir à sessão da tarde da animação “Ne Zha 2” sentado na segunda fileira. A sala lotou, no auge do Festival da Primavera, os oito dias do feriado do ano novo chinês.

O filme arrecadou mais de 6,2 bilhões de yuans —cerca de R$ 4,9 bilhões— em dez dias, tornando-se a maior bilheteria da história do país, deixando para trás “A Batalha do Lago Changjin“, de 2021. A mobilização de público não dá sinal de diminuir, com analistas chineses projetando uma bilheteria de 10,8 bilhões de yuans, quando deixar o cartaz.

“Ne Zha 2” vem sendo comparada ao videogame “Black Myth: Wukong“, não só pelo êxito comercial, mas porque ambos se baseiam em mitos chineses bastante conhecidos das crianças e dos adolescentes.

Ao final da sessão, um deles, de 14 anos, explicou que personagens haviam sido alterados no correr do filme, confundindo os sinais entre o bem e o mal, resultando em trama complexa e envolvente. Mais especificamente, aos poucos a Corte Celestial, um grupo de personagens antes benigno e paternal, se revela manipulador e opressivo.

Frases reproduzidas do filme agora ecoam em mídia social, acentuando possíveis leituras geopolíticas. São os casos de “Meu destino é decidido por mim, não pelos deuses” e “Você diz ser a luz do mundo, mas o que está fazendo é ‘bullying’ com os fracos e criando problemas no mundo”.

Também vêm sendo destacadas imagens reproduzidas do filme, como um aparente cifrão de dólar ou, mais obviamente, uma águia como aquela do selo oficial americano —o que parece confirmar a identificação da Corte Celestial com governantes dos Estados Unidos.

Por outro lado, assim como o rei macaco de “Black Myth: Wukong”, o Ne Zha da animação é rebelde diante da autoridade, seja qual for, com uma possível leitura política interna –que alguns poucos já anotaram, também em mídia social.

Sobre isso, o produtor Wang Jing afirmou, em entrevista ao Global Times, de Pequim, que o filme buscou um equilíbrio entre a devoção filial e o individualismo contemporâneo.

No caso do adolescente e de uma criança de nove anos, ambos da família chinesa que acompanhou o filme junto com a Folha, eles se mostraram mais impressionados com a riqueza visual e da história de “Ne Zha 2”. Não esconderam o orgulho com a qualidade alcançada, a exemplo do game no ano passado.

A animação, que tem como subtítulo “A Vingança da Criança Diabo”, é sequência de outra, de menor repercussão, de 2019. Naquela, os protagonistas Ne Zha e Ao Bing haviam se sacrificado no final, perdendo seus corpos.

Nesta, o corpo de Ne Zha é reconstruído e tem dificuldade para controlar os seus poderes, até amadurecer em batalha e surgir adolescente. Ao Bing também recupera seu corpo, e os dois amigos enfrentam as forças que buscam manipulá-los ou dominá-los.

Eles contrastam com os personagens de mães e pais acrescentados, em cenas de maior dramaticidade que provocam, como se percebia na sala, lágrimas. Também há dragões-reis e muitos mais.

Apesar de suas duas horas e meia, as crianças no cinema se mantiveram atentas, sem barulho ou impaciência, sobretudo nos 20 minutos finais, de batalha quase incessante. Para tanto, também ajuda o humor presente nos diálogos, praticamente de comédia.

O desenvolvimento dos conflitos e personagens se somou aos efeitos visuais grandiosos, também acumulando complexidade e riqueza, inclusive na violência coreografada, de arte marcial.

Segundo seus criadores, a composição do combate final, por exemplo, teria envolvido 200 milhões de elementos gráficos. O resultado é bem diverso das animações costumeiras, tanto chinesas como americanas.



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Ao condenar o ex -ministro do Macronista Olivier Dussopt pelo “favoritismo”, o Tribunal de Apelação considera que ele “sabia que estava criando uma situação anormal”

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Ao condenar o ex -ministro do Macronista Olivier Dussopt pelo "favoritismo", o Tribunal de Apelação considera que ele "sabia que estava criando uma situação anormal"

Olivier Dussopt, na Assembléia Nacional, em março de 2024.

O Ministério Público Nacional (PNF) acaba de conquistar uma grande vitória legal. Sexta -feira, 7 de fevereiro, O Tribunal de Apelação de Paris informou a sentença em primeira instânciaum ano antes, 32e Câmara do Tribunal Penal de Paris no caso de Olivier Dussopt. Relaxado em 2024, o ex-ministro do Trabalho Macronista (2022-2024) e o ex-ministro delegado encarregado das contas públicas (2020-2022) foram consideradas culpadas do “favoritismo” em conexão com a concessão, em dezembro de 2009, A A A. mercado operacional de água potável pública. Esse mercado foi concedido contra 5,6 milhões de euros à Companhia de Desenvolvimento Urbano e Rural (SAUR), enquanto o Sr. Dusgot era prefeito (Partido Socialista) de sua comuna natal de Annonay, em Ardèche.

De acordo com o julgamento do Tribunal de Apelação, do qual O mundo percebeu, Sr. Dussopt, deputado Macronist para o Ardèche até a dissolução de junho de 2024, “Sem emprego ou recursos” Atualmente, foi condenado a uma multa de 15.000 euros, incluindo 10.000 euros com estadia, a ter “Colocado ou tentado a fornecer a outros uma vantagem injustificada, neste caso, comunicando informações privilegiadas ao diretor geral de Saur, Olivier Brousse, solicitando inserção (no concurso) de uma cláusula sobre emprego e modificando a distribuição de valores de preços e aparência técnica para notação, para o benefício do saur ”.

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Grenfell Tower a ser demolida, Angela Rayner confirma | Incêndio da Torre Grenfell

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Grenfell Tower a ser demolida, Angela Rayner confirma | Incêndio da Torre Grenfell

Jamie Grierson and Peter Walker

Os restos da torre de Grenfell, o oeste Londres Tower Block, no qual 72 pessoas morreram em um incêndio, devem ser demolidas durante um período de dois anos, começando após o aniversário de oito anos do desastre de 2017.

O secretário da habitação, Angela Rayneranunciou formalmente a decisão na sexta -feira depois de informar famílias e sobreviventes enlutados no início desta semana.

Em 14 de junho de 2017, o bloco de arranha-céus em North Kensington foi envolvido em chamas, matando 70 pessoas, com outras duas pessoas morrendo mais tarde no hospital.

O relatório final do Inquérito da Torre Grenfellpublicado em setembro, concluiu que o desastre foi o resultado de “décadas de falha” do governo e da indústria da construção para agir sobre os perigos dos materiais inflamáveis ​​em arranha-céus.

Em comunicado, o Ministério da Habitação, Comunidades E o governo local, disse que não haveria alterações na torre antes do oitavo aniversário e, nos próximos meses, o governo confirmaria o contratado especializado que desenvolveria um plano detalhado para derrubar a torre.

“Provavelmente levará cerca de dois anos para derrubar com sensibilidade a torre através de um processo de desconstrução progressiva cuidadosa e sensível que acontece por trás do embrulho”, afirmou.

Grenfell United, que representa algumas pessoas e sobreviventes enlutados, No início desta semana, disse Parecia “ninguém apoiou” a decisão do governo de demolir o bloco, com alguns apoiando uma proposta para mantê -la como um memorial.

O grupo acrescentou: “Ignorar as vozes de enlutado no futuro de nossos entes queridos, grave, é vergonhoso e imperdoável”.

Um porta -voz de Grenfell, parente, um grupo separado que representa algumas famílias enlutadas, disse que, embora a decisão fosse “obviamente muito sensível e difícil”, as famílias “entendem os fatos difíceis em torno da segurança”.

O ministério disse que não era possível manter alguns pisos como memorial. Acrescentou: “Para alguns, a Torre Grenfell é um símbolo de tudo o que eles perderam. A presença da torre ajuda a garantir que a tragédia nunca seja esquecida e pode atuar como um lembrete da necessidade de justiça e responsabilidade.

“Ser capaz de ver a torre todos os dias ajuda algumas pessoas a se sentirem próximas daquelas que perderam. Para outros, é um lembrete doloroso do que aconteceu e está tendo um impacto diário em alguns membros da comunidade.

“Alguns sugeriram que alguns pisos da torre devem ser mantidos para o memorial, outros disseram que isso seria muito doloroso.”

O ministério disse que continuaria trabalhando com a Comissão Memorial Independente da Torre Grenfell, pois a comunidade escolhe uma equipe para projetar um memorial.

Downing Street disse Rayner garantiria que famílias, sobreviventes e moradores enlutados “continuassem a ter oportunidades de falar com ela” sobre “questões que mais importam para eles”.

Ela se conheceu e falou com sobreviventes de Grenfell e enlutada, e outras figuras da comunidade, nos últimos meses antes de tomar a decisão, disse o número 10. Ele também negou que ela tivesse tentado evitar o escrutínio fazendo o anúncio por meio de um comunicado à imprensa.

“O vice -primeiro -ministro foi claro sobre sua determinação de falar primeiro com sobreviventes e famílias enlutadas, e foi importante garantir que a comunidade tenha ouvido a decisão primeiro”, disse o porta -voz de Keir Starmer.

“Ela teve vários compromissos com a comunidade, os enlutados e as famílias afetadas desde que assumiu o cargo. Eu acho que isso demonstra nosso compromisso com isso, e ela está comprometida em manter essas vozes no coração do processo de tomada de decisão. ”

Questionado sobre o porquê, dado isso, alguns criticaram a decisão, o porta -voz disse que havia “claramente uma série de pontos de vista sobre isso” na comunidade.

Em maio de 2024, promotores e polícia disseram que os investigadores precisariam até o final de 2025 para concluir sua investigação sobre o desastre de Grenfell, com decisões finais sobre possíveis acusações criminais até o final de 2026.



Leia Mais: The Guardian

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