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Governo do Estado utiliza Programa de Aquisição de Alimentos para auxiliar indígenas afetados pela cheia do Rio Acre

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6 meses atrásem

Samuel Bryan
O governo do Acre está utilizando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para garantir a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade devido à cheia do Rio Acre. Entre os beneficiados estão cerca de 65 indígenas do Povo Huni Kuin, alojados no Parque de Exposições, em Rio Branco.
O PAA, iniciativa do governo federal executada pelo Estado, compra alimentos da agricultura familiar e os destina a instituições que prestam assistência social. No Acre, o programa atende organizações como hospitais, unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e o Instituto Socioeducativo (ISE). Entre as instituições cadastradas, está a Cozinha Solidária Marielle Franco, que, além de produzir milhares de refeições, também recebe e distribui os alimentos às comunidades mais necessitadas.
Segundo a técnica da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Maria da Conceição Almeida, o programa gera impacto tanto para quem produz quanto para quem recebe os alimentos.

“O PAA é fundamental para os produtores e para as instituições que estão cadastradas. Hoje estamos entregando os produtos aqui, mas também atendemos o Restaurante Popular, a Cozinha Comunitária, a Fundhacre [Fundação Hospital Estadual do Acre] e diversas casas terapêuticas. Além de garantir renda para os agricultores, o programa proporciona uma alimentação de qualidade e valor nutricional para quem precisa”, analisa.
Alimentos frescos e sem agrotóxicos
Na manhã desta terça-feira, 18, o governo do Estado, por meio do PAA, está garantindo o fornecimento de alimentos variados, como banana (prata e comprida), macaxeira, jerimum, açaí, mamão e farinha para os indígenas afetados pela cheia, e as entregas para as várias instituições beneficiadas são realizadas quase que diariamente.

A secretária de Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara, destaca que o suporte alimentar chega em um momento crítico para os indígenas afetados pela cheia: “Estamos com cerca de 65 pessoas alojadas aqui no Parque de Exposições. O PAA tem sido fundamental para garantir segurança alimentar e nutricional para essas famílias. É um reforço que chega pelo governo do Estado, que tem trabalhado em conjunto com várias secretarias, como a Seagri, a Assistência Social, a Prefeitura de Rio Branco e o Gabinete da Vice-Governadora”.
A gestora também enfatizou a preocupação do governador Gladson Camelí em garantir assistência tanto aos indígenas que vivem nos 36 territórios tradicionais quanto aos que estão em contexto urbano.
“O acolhimento que o governo tem dado é essencial. Estamos respeitando a cultura indígena, oferecendo um espaço onde eles podem se alimentar bem, dançar, fazer artesanato e manter suas tradições. Esse olhar cuidadoso do Estado faz a diferença”, reforça a secretária.

Produtora destaca importância do PAA
Representando uma associação com 180 integrantes, Elida Guimarães, agricultora na Estrada de Porto Acre, acompanhou a entrega de alimentos aos Huni Kuin alojados no Parque de Exposições.
Os produtos foram cultivados sem agrotóxicos, respeitando a qualidade nutricional e cultural dos alimentos consumidos pelas comunidades indígenas. Para ela, o PAA tem um papel fundamental na valorização da produção local e no fortalecimento da economia rural.

“O PAA tem uma importância muito grande para cada um de nós, produtores. Ele compra a nossa produção e paga na hora certa, o que é essencial para manter nosso trabalho. Quando temos uma produção grande, buscamos a Secretaria de Agricultura e sempre recebemos apoio. Hoje, fazer essa entrega para os indígenas é muito gratificante para nós”, conta a emocionada produtora.
Elida destaca que o programa não beneficia apenas os consumidores finais, mas também oferece segurança para os agricultores, garantindo que o alimento produzido chegue a quem mais precisa sem desperdício.

“Esse programa nos dá tranquilidade, porque sabemos que nossa produção será adquirida e destinada a boas causas. Essa entrega de hoje, como tantas outras que fazemos ao longo do ano, nos enche de orgulho. Ver os indígenas recebendo esses alimentos, sabendo que estamos contribuindo para a alimentação deles, é uma maravilha”, reforça.

Os agricultores interessados em fornecer produtos ao PAA devem possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e acompanhar os editais lançados pelos governos estaduais, municipais e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O programa permite que os produtores vendam seus alimentos ao governo por preços justos, gerando renda e movimentando a economia local.
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.
Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.
“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.
Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
CT
Tomaz Silva / Agência Brasil
Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.
Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.
Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.
De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.
Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.
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