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Governo Lula entrega, mas comete um erro básico

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Matheus Leitão

 

É um alento, em meio ao cenário, conflagrado no Brasil, certos indicadores econômicos e sociais. Nesta semana saiu o crescimento do PIB, confirmando o ritmo de mais de 3% ao ano, e nesta quarta-feira, 4, o IBGE divulgou sua Sintese dos Indicadores Sociais com uma grande notícia.

Segundo o órgão, o ano de 2023 foi o que registrou os menores índices de pobreza e miséria. O número de brasileiros em extrema pobreza ficou abaixo de 5%. Ao todo em um ano, 8,7 milhões de brasileiros saíram dessa condição de pobreza.

Ou seja: o governo Lula entrega resultados quando o quesito é melhorar a vida dos brasileiros. O governo ainda precisa ajudar 59 milhões de brasileiros a saírem da pobreza, mas esse é o menor contingente, em mais de 10 anos, que está nessa situação. Além disso, tirar 8,7 milhões da pobreza é uma façanha, dadas as sucessivas crises pelas quais o país passou desde a gestão de Dilma Rousseff e o cenário de destruição deixado por Jair Bolsonaro.

O resultado positivo, no entanto, é ofuscado e não surte efeitos ainda maiores por causa de dois fatores. O primeiro deles é a ausência de uma base política sólida. Mais uma prova do fracasso da articulação política foi dada nesta quarta, quando o governo pediu a retirada de pauta do pacote de corte de gastos da pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O motivo é simples: não há votos suficientes para apoiar o pleito do Planalto.

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Aliás, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez questão de vocalizar essa avaliação em um evento público. Disse com todas as letras que o governo não tem votos.

O segundo fator que ofusca os bons resultados do governo é a comunicação desastrosa do Planalto e dos diversos ministérios – situação conflitante com a montanha de dinheiro que é gasta com agências de comunicação. O mais recente episódio que demonstra o fracasso da comunicação do governo foi a forma confusa e atrapalhada com que o ministro Fernando Haddad anunciou o plano para cortar gastos junto com as mudanças no Imposto de Renda. Tudo bem que a ideia era sinalizar para os mais pobres, mas precisava mandar o dólar para a lua?

Tudo isso somado resulta em uma grande lambança que só piora a situação do país, mergulhado em um cenário de polarização, ameaçado pela aspiração golpista de Bolsonaro e seus asseclas e também gerido de forma errante pelo atual governo.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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