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Ibovespa cai por temor fiscal e ignora altas após apostas de queda dos juros nos EUA

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Ibovespa cai por temor fiscal e ignora altas após apostas de queda dos juros nos EUA

O Ibovespa ignora a alta das bolsas internacionais, após o relatório de emprego americano fraco reforçar as apostas de queda de 0,25 ponto porcentual no juro nos Estados Unidos na semana que vem. Tampouco anima o avanço superior a 2,00% nas cotações do petróleo no exterior e de 1,1% da produção industrial brasileira em setembro.

Os investidores locais demonstram desconforto com o atraso na divulgação do plano de corte de despesas pelo governo federal, já que na semana que vem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará fora do País, em visita à Europa. “O mercado já está imaginando um pacote fiscal baixo, de R$ 25 bilhões, e o Haddad ainda vai viajar? Fica difícil assim”, diz um especialista em renda variável. O dólar avança a R$ 5,8127, na máxima, e os juros futuros também sobem, apesar do alívio nos rendimentos dos Treasuries.

Sem novidades na seara fiscal, Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, pontua que segue crescente a expectativa dos mercados pela divulgação do plano de corte de gastos. “Ficam apreensivos, no aguardo dos detalhes, e a viagem do Haddad atrapalha um pouco em termos de timing da apresentação”, diz.

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Apesar dos sinais de que o governo cortará despesas, a definição de uma data do anúncio do pacote eleva a apreensão dos investidores, como retrata a saída de recursos do exterior da B3, segundo o economista. Em outubro até quarta-feira, 30, houve retirada de R$ 2,195 bilhões. “O fluxo de estrangeiros não tem ganhado tração mesmo com a essa expectativa”, afirma Ashikawa.

Para Anderson Miranda, head de distribuição W1 Capital, o mercado deve manter cautela até que a incerteza quanto ao valor e à dada do plano fiscal saia de cena. “Ficará cauteloso até essa dúvida acabar. Outro fator que atrapalha é a eleição nos EUA”, diz.

Depois de ter perdido na quinta-feira, 31, a importante marca psicológica dos 130 mil pontos, mais cedo o Índice Bovespa ameaçou abandonar a marca dos 129 mil pontos mesmo após ter encerrado outubro com queda de 1,60%. O movimento ocorre apesar das máximas nos índices de ações norte-americanos, na esteira do payroll e balanços de empresas americanas.

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O relatório de emprego dos EUA mostrou uma criação de vagas de 12 mil em outubro, muito aquém da mediana de geração de 100 mil, o que reforçou a aposta de recuo de 0,25 ponto porcentual no juro americano pelo Federal Reserve (Fed) na semana que vem. “O payroll veio estável, e mantém a linha do corte nos juros”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Ainda que o relatório de emprego tenha sido sofrido influencias dos furacões e greves nos EUA, fazendo com que as indústrias deixassem de contratar, o que pode camuflar a sua leitura, tem o lado bom de que gera menos inflação. “Com menos emprego gerado, a economia tem menos movimento e menos inflação. Isso eleva a probabilidade de queda do juro americano”, afirma Miranda, da W1 Capital.

Ao contrário da expectativa de recuo no juro básico americano, no Brasil a estimativa é de elevação de meio ponto porcentual na Selic. As projeções indicam que a Selic passará de 10,75% para 11,25% ao ano, na quarta-feira que vem.

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A falta de novidades a respeito do plano de cortes de despesas pelo governo deixa os investidores um pouco na defensiva. Ainda que o material esteja sendo redigido e passando por análise jurídica, sua divulgação ainda não tende a acontecer na próxima semana, dada a viagem de Haddad à Europa, entre os dias 4 e 9 de novembro.

Além disso, a agenda de indicadores é carregada da próxima semana, sem falar da definição eleitoral norte-americana.

A despeito do recuo de 1,47% do minério de ferro em Dalian nesta sexta-feira, dia 1º, as ações da Vale sobem em torno de 0,50% nesta manhã, mas as da Petrobras operam no zero a zero. Na China há sinais de retomada da economia, como mostram os PMIs informados nesta semana e o aumento no volume de vendas de novas moradias no país em outubro.

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A temporada de resultados trimestrais corporativos continua no radar dos investidores. Saíram os números do Carrefour (CRFB3), CCR (CCRO3), Eztec (EZTC3) e Marcopolo (POMO4).

Às 11h20 desta sexta, o Ibovespa cedia 0,36%, aos 129.244,81 pontos, pontos, ante recuo de 0,45%, na mínima aos 129.125,35 pontos, depois de ter avançado 0,15%, na máxima aos 129.902,20 pontos. Vale subia 0,45% e Petrobras passava a ceder entre 0,33% (PN) e 0,59% (ON). Papéis de grandes bancos também cedem. Na quinta, o Índice Bovespa fechou com queda de 0,71%, aos 129.713,33 pontos.

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Governo deve implantar seis unidades para atender mulher indígena

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Governo deve implantar seis unidades para atender mulher indígena

Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil

O Ministério das Mulheres (MMulheres) firmou parceria, nesta segunda-feira (9), com a Universidade de Brasília (UnB), para elaborar diretrizes arquitetônicas para a construção da futura Casa da Mulher Indígena (CAMI), que irá atender mulheres indígenas em situação de violência.  

De acordo com a pasta, cada unidade deverá ter infraestrutura adequada às necessidades e demandas das mulheres dos diferentes biomas. O projeto deverá seguir as orientações do LAB Mulheres, Arquitetura e Territórios (LAB_M.A.T), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da UnB, e considerar edificações sensíveis à natureza.

Durante a cerimônia, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que, para a elaboração do projeto, a pasta já tem dialogado com lideranças dos povos indígenas, representantes de governo, como os ministérios dos Povos Indígenas, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).


Brasília (DF),09/12/2024 - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o lançamento do Sistema Nacional de Dados das Casas da Mulher Brasileira. A nova ferramenta será responsável por coletar e organizar, de maneira padronizada e estruturada, os dados referentes aos atendimentos realizados nas Casas em todo o país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF),09/12/2024 - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o lançamento do Sistema Nacional de Dados das Casas da Mulher Brasileira. A nova ferramenta será responsável por coletar e organizar, de maneira padronizada e estruturada, os dados referentes aos atendimentos realizados nas Casas em todo o país. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília (DF),09/12/2024 – A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anuncia projeto para Casa da Mulher Indígena – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“É um grande desafio a construção da Casa da Mulher Indígena, pois o que existe na Casa da Mulher Brasileira não poderá compor na Casa da Mulher Indígena. Portanto, são necessários diálogos com as mulheres indígenas nas oitivas, plenárias, assembleias e nas conferências realizadas em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas, porque a concepção arquitetônica e a política devem ser trabalhadas juntas e coletivamente”, disse. 

Historicamente, a violência contra mulheres indígenas não se limita ao âmbito familiar, mas ocorre em diversos setores da sociedade, influenciada por fatores históricos, culturais e sociais, relacionados, sobretudo, à violação dos direitos dos povos indígenas, agravados por racismo, e sexismo.

A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, antecipou que a assinatura do Termo de Execução Descentralizada (TED) deverá preencher uma lacuna significativa nas políticas públicas voltadas às mulheres indígenas que enfrentam múltiplas formas de violência, muitas vezes, sem o suporte necessário. “A criação de um espaço arquitetônico sensível às realidades indígenas é um passo fundamental para mitigar as vulnerabilidades dessas mulheres, ao mesmo tempo que valoriza suas tradições e promove a autonomia de suas comunidades.”

“Temos de trabalhar em uma escuta ativa das comunidades indígenas e, sobretudo, promovendo que os resultados dessas pesquisas retornem às comunidades”, afirmou Rozana Reigota Naves.

Casas da Mulher Indígena

Ao todo, o ministério prepara a construção de seis Casas da Mulher Indígena, uma unidade em cada bioma brasileiro (Caatinga, Pampa, Pantanal, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica). Nestes equipamentos públicos, serão oferecidos serviços específicos de acolhimento e atendimento às mulheres indígenas em situação de violência, com identidade tradicional, que leve em conta seus aspectos culturais e respeite a dignidade delas. 

Além do encaminhamento das vítimas à rede de atendimento especializada, o projeto em elaboração prevê que a atuação da equipe multidisciplinar deverá formar lideranças, bem como desenvolver ações educativas e de sensibilização nas comunidades sobre o tema.

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é um dos eixos do Programa Mulher Viver sem Violência, retomado pelo Ministério das Mulheres em março de 2023.

O objetivo dessas unidades é facilitar o acesso aos serviços especializados para garantir condições de enfrentamento à violência, o empoderamento da mulher e sua autonomia econômica.

Com foco no atendimento multidisciplinar e humanizado às mulheres, a Casa da Mulher Brasileira integra, no mesmo espaço, diversos serviços especializados: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; cuidado das crianças – brinquedoteca (acolhe crianças de 0 a 12 anos, que acompanham as mulheres, enquanto estas aguardam o atendimento); alojamento de passagem; central de transportes; promoção de autonomia econômica, por meio de educação financeira, qualificação profissional e de inserção no mercado de trabalho.

Atualmente, existem dez Casas da Mulher Brasileira em funcionamento: Campo Grande, Fortaleza, Ceilândia (DF), Curitiba, São Luís, Boa Vista, São Paulo, Salvador, Teresina e Ananindeua (PA).

Outras 17 unidades estão em construção, sendo dez centros de referência e atendimento à mulher e mais sete Casas da Mulher Brasileira em obras, localizadas em Manaus, Aracaju, Palmas, Vila Velha (ES), Goiânia, Macapá (AP) e Belo Horizonte (MG).

A meta do governo federal é ter, ao todo, 40 Casas da Mulher Brasileira em funcionamento, até 2026, em todas as unidades da Federação.



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Cármen Lúcia defende mais participação de eleitores maiores de 70 anos

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Cármen Lúcia defende mais participação de eleitores maiores de 70 anos

André Richter – Repórter da Agência Brasil

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, defendeu nesta segunda-feira (9) o aumento da participação de eleitores maiores de 70 anos nas eleições de 2026. Nessa faixa de idade, o voto é facultativo.

A ministra apresentou, no início desta noite, o relatório final de avaliação das eleições municipais de outubro. O documento revela as principais causas do aumento da abstenção no segundo turno do pleito deste ano, que ficou em 29,26% do eleitorado.

Cármen Lúcia afirmou que houve comparecimento de menos de 50% do eleitorado com idade acima de 70 anos e defendeu a realização de campanhas para aumentar a participação efetiva de idosos.

“Isso joga luz sobre os preconceitos que nós temos no Brasil, como o etarismo, em que a pessoa com mais de 70 anos não é convidada a votar com afinco, como fazemos com o eleitorado jovem. Nós temos depoimentos de eleitores que chegam para votar, a despeito das nossas campanhas de providências para acessibilidade, e são destratados nas filas”, afirmou.

A presidente do TSE disse que as alterações feitas nas comemorações do Dia do Servidor Público (28 de outubro) também podem ter contribuído para o aumento da abstenção, além da facilidade para o eleitor fazer a justificativa pelo aplicativo e-Título.

“Por questões de política, que podem interferir, e interferem, no resultado das eleições, isso fica a cargo de cada município resolver para quando vai flexibilizar. Se quer que se esvazie, ele passa para segunda ou para sexta naquele fim de semana que vai ter a eleição. Isso é feito para propiciar que a pessoa que vai para a serra ou para a praia não volte para votar”, completou.

Diplomação

Os candidatos eleitos no pleito municipal de outubro devem ser diplomados pelos tribunais regionais eleitorais (TREs) até o dia 19 deste mês. As cerimônias de posse estão previstas para 1° de janeiro de 2025.



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Dólar sobe para R$ 6,08 após iniciar dia em queda

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Dólar sobe para R$ 6,08 após iniciar dia em queda

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*

Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar teve alta moderada e voltou a bater o recorde do Plano Real em valores nominais após iniciar o dia em queda. A bolsa subiu 1% e voltou a superar os 127 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (9) vendido a R$ 6,082, com alta de R$ 0,011 (+0,18%). A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a cair para R$ 6,04 antes das 12h, mas reverteu a tendência, com a piora do quadro no mercado internacional e a manutenção das incertezas no Brasil.

O mercado de ações teve um dia de mais tranquilidade. Impulsionado por medidas de estímulo económico na China, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.210 pontos, com alta de 1%. Os destaques foram os papéis de petroleiras e de mineradoras, os mais negociados na bolsa e mais beneficiados pela alta nas commodities (bens primários com cotação internacional).

Pela manhã, o anúncio de novas ações de estímulo pelo governo chinês ajudou os países emergentes, como o Brasil. Isso porque o país asiático é o maior comprador de produtos agrícolas e minerais do planeta. No entanto, o clima se inverteu durante a tarde, com o dólar ganhando força no mercado internacional, e as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano (considerados os investimentos mais seguros do mundo) voltando a subir.

No Brasil, continuaram a prevalecer as incertezas em relação a uma possível desidratação do pacote fiscal enviado pelo governo ao Congresso. Nesta segunda, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reuniu-se com deputados do PT para chegar a um acordo para a aprovação de medidas que restringem a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Durante o fim de semana, o partido soltou uma nota criticando a proposta da equipe econômica.

*Com informações da Reuters



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