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Idoso é resgatado por helicóptero 4 dias após ser picado por cobra surucucu durante caçada em seringal no Acre

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O extrativista Clóvis do Carmo Neri, de 69 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (7) de helicóptero pelas equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) após ser picado por uma cobra surucucu-pico-de-jaca, também conhecida como pico-de-jaca, durante caçada no último sábado (3). A espécie é umas das mais venenosas da América Latina.

O idoso mora no Seringal Fazenda Nova, zona rural de Manoel Urbano, área isolada do interior do Acre. De lá, Neri foi levado de aeronave para o Pronto Socorro de Rio Branco, capital do estado. O idoso relatou às equipes de resgate que estava caçando quando a cobra saiu de um buraco e mordeu a perna direita dele.

Ferido, ele conseguiu voltar para casa e pedir ajuda ao filho. Um morador de uma uma comunidade que fica depois da casa do extrativista, passou pela casa, soube do ocorrido e, sem condições físicas de trazer o idoso para Manoel Urbano, fez contato com o Corpo de Bombeiros quando chegou na cidade, nessa terça-feira (6).

Os bombeiros acionaram o Ciopaer no período da noite dessa terça. Na capital, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aguardava a vítima para prestar os primeiros socorros.

Extrativista foi trazido do interior para Rio Branco para receber atendimento médico — Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

Extrativista foi trazido do interior para Rio Branco para receber atendimento médico — Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

Área isolada

O comandante do Ciopaer, tenente-coronel Samir Freitas, explicou que os bombeiros não sabiam o local exato onde o idoso estava e para chegar até a casa do idoso as equipes contaram com ajuda da tecnologia.

As coordenadas do trajeto foram levadas pelo sistema digital de imagens, que percorreu rios, igarapés varadouros, ramais e clareiras fazendo o reconhecimento da área onde o extrativista vive.

“Pela nossa experiência e conhecimento, extraímos o máximo dessa pessoa que solicitou a ajuda para achar a localidade. Passei mais de uma hora conversando com essa pessoa por telefone, mandando imagens por satélite até a gente reconhecer e confirmar o local onde estava a colocação”, confirmou.

Clóvis Neri chegou em Rio Branco bastante debilitado e com a perna muito inchada. “O filho dele relatou para gente que ele já estava urinando sangue. Já estava em uma situação bem avançada com a perna inchada, meio que paralisando. Disse que tomou um chá com umas ervas que tinha lá para poder amenizar o avanço do veneno”, relatou.

Cobra venenosa

O professor e biólogo da Universidade Federal do Acre (Ufac) Moisés Souza disse que a cobra é uma das maiores das Américas e segunda maior do mundo. Em relação ao veneno, ela é uma das mais venenosas e que injeta uma maior quantidade de veneno na vítima.

“Ela é letal sim. A pico-de-jaca tem uma ação que destrói o tecido, hemorrágica, coagulante, que pode causar uma morte por entupimento dos vasos, e também tem uma ação de atuar no sistema nervoso central. Quando a pessoa é picada por ela, geralmente leva a uma certa paralisia, inclusive uma cegueira momentânea e perde também a mobilidade”, destacou.

O professor acrescentou que, apesar de ser uma das mais perigosas, o índice de mortalidade é baixo. Ele explicou que existem alguns fatores que podem ter ajudado a evitar a morte do idoso, como: o animal pode ter se alimentado antes, mordido outro animal e desperdiçado parte do veneno.

“Essa pessoa já passou do grupo de risco de morte, tem que ver como está a situação dele, a questão renal. Desde que tenha um acompanhamento no hospital, pode ter problemas de amputação, mas não sei como está. O tratamento tardio leva, geralmente, a um amputação”, finalizou.

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre

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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações (1).jpg

O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac e o programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, realizaram a abertura oficial do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações. O evento começou nesta terça-feira, 24, e termina nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.

Para a reitora Guida Aquino, o simpósio é estratégico para fortalecer a rede acadêmica voltada à segurança das fronteiras. Ela ressaltou ainda a importância da criação da Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras) e a necessidade de políticas específicas, como o adicional de fronteira, para a fixação de pesquisadores. “Essa é uma das pautas que estamos abraçando fortemente. Precisamos desburocratizar relações para garantir maior interação dos nossos pesquisadores com os países vizinhos, especialmente Bolívia e Peru.”

A coordenadora do MGeo, Maria de Jesus Morais, enfatizou a relevância acadêmica e científica do evento. “Estamos inseridos em um projeto que envolve toda a faixa de fronteira brasileira, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Para nós, do Acre, essa discussão é essencial, considerando nossa localização estratégica como corredor de imigração internacional.” Ela informou que mais de 300 pessoas estão inscritas, entre participação presencial e transmissão online, com debates que abrangem desde mudanças climáticas até segurança e migrações.

O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Washington Triani, reforçou a necessidade da integração entre instituições e governos locais para enfrentar desafios nas fronteiras. “Não se resolve questões de fronteira apenas com um ou dois entes. Precisamos ouvir as pessoas diretamente envolvidas nas regiões de fronteira e trabalhar integradamente. A educação leva conhecimento e prosperidade e é fundamental nesse processo.”

Também participaram da solenidade a vice-governadora do Acre, Mailza Assis; o procurador-geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro; o delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Lauro da Veiga Santos; além dos professores Gustavo da Frota Simões e Tássio Franchi, do PPGCM.

Projeto de pesquisa

O evento ocorre no âmbito do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”, cujo coordenador-geral é o professor Gustavo da Frota Simões, do PPGCM.

O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.

O objetivo principal do projeto é analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.

 



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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

A Ufac e o Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizaram o lançamento do curso de educação a distância (EaD) Cuidado Integral à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Atenção Primária à Saúde, que é gratuito, online e autoinstrucional, com carga horária de 60 horas. O evento ocorreu nessa terça-feira, 18, no anfiteatro Garibaldi Brasil.

A programação contou com apresentação cultural, palestra e mesa-redonda com o tema “O Que o Mundo Não Vê”, reunindo profissionais da saúde, estudantes, educadores e familiares. O objetivo foi ampliar o debate sobre o acolhimento e o cuidado humanizado a pessoas com TEA. 

“A proposta é capacitar, de forma acessível, com uma linguagem simples, quem está na ponta do atendimento. Quando conseguimos reconhecer os sinais do TEA cedo, garantimos um caminho mais ágil para o diagnóstico e as intervenções terapêuticas”, destacou a coordenadora do Núcleo de EaD do Telessaúde do Acre, Patrícia Satrapa.

(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)

 



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Vigilância Sanitária de Rio Branco realiza inspeção no RU da Ufac — Universidade Federal do Acre

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O Departamento de Vigilância Sanitária do município de Rio Branco realizou, no sábado, 14, inspeção no Restaurante Universitário (RU) da Ufac, campus-sede. Durante a vistoria, a equipe técnica verificou que o ambiente segue as boas práticas de manipulação de alimentos e os procedimentos adequados de higiene e proteção dos manipuladores.

Segundo o relatório da inspeção, assinado pelo fiscal da Vigilância Sanitária, Félix Araújo da Silva, e pelo responsável técnico do restaurante, Rafael Lima de Oliveira, “não foram observadas no momento da visita inconformidades quaisquer”.

 



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