MUNDO
Indígenas impedem secretário de deixar prédio no PA – 23/01/2025 – Educação

PUBLICADO
2 semanas atrásem

Jorge Abreu
O secretário nacional de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, Uiton Tuxá, foi impedido, nesta quinta-feira (23), por indígenas de deixar o prédio da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) do Pará, em Belém.
Indígenas de 18 povos da amazônia ocupam o espaço em protesto contra a mudança de aulas presenciais para online nas aldeias e pedem a exoneração de Rossielli Soares, chefe da pasta.
Tuxá foi enviado pelo Ministério dos Povos Indígenas para Belém com objetivo de intermediar o conflito entre o governo de Helder barbalho (MDB) e os povos originários. Durante visita à ocupação, ele foi convidado pelas lideranças a ficar no local até uma resposta da ministra Sônia Guajajara (Psol).
“Você chegou naquele dia aqui [na ocupação] e disse que ficaria com a gente até o fim”, relatou Auricélia Arapiun, líder na região conhecida como Baixo Tapajós, em vídeo compartilhado nas redes sociais.
“Você não ficou aqui com a gente. Ficou no primeiro dia e não voltou mais. Se veio para ficar com a gente, a partir de agora você vai ficar aqui. Não vai sair”, continuou. “A ministra Sônia precisa falar com o Helder. Ela não é amiga do Helder? Ela não bate foto por aí com o Helder? Tá na hora do Ministério [dos Povos Indígenas] agir em prol da gente.”
Procurado pela reportagem, o Ministério dos Povos Indígenas não se pronunciou até a publicação deste texto.
Arapiun disse, ainda, que o movimento de protestos tende a crescer em meio aos preparativos da COP 30, a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, que deve acontecer em novembro na capital paraense.
Além da Seduc, os indígenas têm feito bloqueios em rodovias importantes do estado, como a BR-163, para pressionar o governo Helder Barbalho.
Na quarta-feira (22), a Justiça do Pará aceitou o pedido de reintegração de posse feito pelo governo e determinou que os indígenas desocupem o prédio em até 12 horas, sob pena de multa de R$ 2.000 por hora de descumprimento. Contudo, a manifestação continuou e aumentou com a chegada de mais indígenas nesta quinta e o apoio de professores da rede estadual.
A lei estadual 10.820/2024 aprovada em regime de urgência no fim do ano passado também é questionado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pelo MP-PA (Ministério Público do Pará), que entendem que o novo modelo viola as leis e princípios constitucionais que protegem os direitos dos povos indígenas.
A Folha apurou ainda que o MEC (Ministério da Educação) também entende que não há amparo legal no país para a oferta de educação escolar indígena, quilombolas, campo, ribeirinhos e comunidades tradicionais a distância.
A Secretaria da Educação do Pará, comandada por Rossieli Soares, ex-ministro e ex-secretário de Educação de São Paulo, nega que a lei vá resultar na substituição do ensino presencial pela modalidade a distância. A pasta defende que o modelo vai ofertar “educação regular presencial mediada por tecnologia” para estudantes que vivem em regiões remotas.
A lei não esclarece como será o uso desse novo modelo, mas despertou a preocupação dos líderes indígenas e professores por extinguir o texto que regulamenta o Some (Sistema de Ensino Modular) e o Somei (Sistema de Ensino Modular Indígena).
Esses programas existem há mais de 40 anos no Pará e garantem o acesso à educação a milhares de estudantes que vivem em regiões onde o estado não garante uma escola próxima.
O sistema funciona com aulas presenciais modulares, em que um grupo de professores viaja para esses locais e dá aula em locais cedidos pelas prefeituras ou espaços abertos das comunidades por algumas semanas. Depois eles seguem para outra localidade.
O governo paraense não informou quantos estudantes são atendidos pelo Some, mas um levantamento da AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros), seção Belém, mostra que 65% dos 144 municípios do Pará não contam com escolas de ensino médio do campo ou em áreas rurais —ou seja, em 93 cidades há potencial para a necessidade de atender adolescentes que vivem em locais distantes.
Para chegar até esses estudantes, o governo do Pará instituiu em 2024 um modelo em que as aulas serão gravadas e transmitidas em televisores para os alunos dessas áreas remotas. A secretaria diz não se tratar de ensino a distância, porque haverá um professor mediador presencialmente nesses locais.
As manifestações têm sido organizadas por indígenas das etnias munduruku, tembé, xikrim, borari, arapium, kumaruara, sateré mawe, maytapu, tapuia, tupinambá, entre outras.
Ainda no fim do ano passado, o MPF havia recomendado que o governo Barbalho suspendesse a implantação do “ensino mediado por tecnologia” nas comunidades indígenas. Agora, com os protestos dos indígenas, o órgão pediu ao MEC que apresentasse qual é o posicionamento da União sobre o modelo.
A Folha apurou que o MEC analisou que a medida fere uma série de normativas nacionais. Em uma nota técnica, o ministério avaliou que os fundamentos constitucionais e legais da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) não sustentam a oferta de educação a distância, seja com o modelo de “aulas telepresenciais” ou “sistemas interativos”, para comunidades rurais.
Em nota, a Secretaria de Educação do Pará afirmou que, após as manifestações, formou uma comissão para discutir e construiu a Política Estadual de Educação Escolas Indígena, que será composta por membros do governo estadual e por lideranças de 34 povos das oito etnorregionais do Pará.
A comissão deverá apresentar em até 15 dias úteis uma minuta do projeto de lei que cria a política para ser enviada para aprovação na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará).
A secretaria disse ainda que não é verdade que o atendimento do Some será encerrado nem que será substituído pelo Centro de Mídias da Educação Paraense. Questionada, a pasta, no entanto, não informou como serão as aulas do novo modelo ou o motivo pelo qual revogou a lei que regulamentava as aulas modulares.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
MUNDO
Venezuela denuncia um “roubo” dos Estados Unidos, após a apreensão de um avião do governo

PUBLICADO
4 minutos atrásem
7 de fevereiro de 2025

Caracas se classificou na sexta -feira como «Vol» A apreensão, por iniciativa dos Estados Unidos, de um segundo plano venezuelano na República Dominicana e a atribuiu ao chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, detrator feroz do presidente venezuelano, Nicolas Maduro.
“A República Bolivariana da Venezuela denuncia em frente ao mundo inteiro o voo descarado de um avião pertencente à nação venezuelana, executada sob as ordens do Secretário de Estado americano, Marco Rubio”disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuelagem em comunicado. “Seu ódio o torna um agressor internacional, capaz de estuprar qualquer regra para prejudicar nossa terra natal. Marco Rubio entrará na história do que ele é: um ladrão e um inimigo declarado de nosso povo ”conclui o texto.
Quinta-feira, no último dia de uma turnê na América Latina, o chefe da diplomacia americana compareceu à apreensão do aparato pertencente ao governo venezuelano no asfalto do aeroporto de Saint-Domingue, menos de uma semana após a visita bem-sucedida, de acordo com Washington , de um emissário de Donald Trump em Caracas.
“A apreensão deste avião venezuelano, usado para escapar das sanções americanas e da lavagem de dinheiro, é um exemplo poderoso de nossa determinação de manter o regime ilegítimo de Maduro responsável por seus atos ilegais”ele escreve em X.
As autoridades dominicanas já haviam imobilizado o avião, um Dassault Falcon 200, no ano passado, sob as sanções americanas contra a Venezuela. Um primeiro avião, do tipo Dassault Falcon 900, também foi apreendido em setembro de 2024, logo após a reeleição disputada do Sr. Maduro, em julho de 2024, que os Estados Unidos não reconheceram.
“Novo começo”
Altas autoridades venezuelanas o usaram para ir aos Emirados Árabes Unidos, Grécia, Turquia, Rússia, Nicarágua e Cuba, e o levaram à República Dominicana para manutenção, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.
Em 31 de janeiro, Richard Grenell, um emissário especial de Donald Trump, foi a Caracas para conhecer Maduro. Segundo o presidente americano, ele obteve a libertação de seis prisioneiros americanos e a jusante das autoridades venezuelanas à demissão de imigrantes ilegais, em particular membros da gangue venezuelana do Tren de Aragua. O presidente venezuelano aproveitou a oportunidade para oferecer um “Novo começo” em relações bilaterais. “Eu posso dizer que foi positivo. Há perguntas sobre as quais alcançamos acordos iniciais ”ele disse sem mais detalhes. Os Estados Unidos, o que garantem que eles não mudaram de posição em direção a ele, garantiram que não haviam dado nada em troca.
O mundo memorável
Teste sua cultura geral com a escrita do “mundo”
Teste sua cultura geral com a escrita do “mundo”
Descobrir
“A Venezuela é uma questão de segurança nacional, e não apenas a falta de democracia”disse a Rubio para a imprensa na quarta -feira na Guatemala. “Este é um governo – um regime – que prejudicou mais de 7 milhões de venezuelanos e todos os países vizinhos que tiveram que enfrentar a realidade dessa migração maciça”ele continuou.
Observadores observam, no entanto, que o presidente Trump, que tomou muitas medidas espetaculares desde a sua inauguração em 20 de janeiro, não revogou as licenças de operação do petróleo no bruto venezuelano, em particular na Chevron, bem como no espanhol Repsol e no Maurel & Prom Francês e no Prom .
O mundo com AFP
Relacionado
MUNDO
A Itália favorecida Retorno de Faletau, enquanto o País de Gales parecem parar o slide | Seis Nações 2025

PUBLICADO
7 minutos atrásem
7 de fevereiro de 2025
Michael Aylwin
A Itália é o maior favorito do fim de semana para ganhar seu Seis nações corresponder. E é altamente improvável que a frase tenha sido escrita antes.
É certo que apenas não há nada nele. No momento da redação deste artigo, a Itália está amplamente disponível na Evens com uma desvantagem de sete; Para a França e a Irlanda, o handicap é de seis. Todos os três têm um pouco de 2-1 para vencer seus respectivos jogos. Essa é a empresa que a Itália está mantendo.
Se essas chances são um reflexo das proezas crescentes da Itália ou um declínio alarmante nas fortunas de seus oponentes em Roma no sábado, País de Gales, é a próxima pergunta. Para evitar o clichê mais cansado em comentários esportivos (“provavelmente um pouco de ambos”), seria de dizer que a maior parte da equação é o declínio do país de Gales, que tem sido brutal de fato desde a ejeção do Última da geração de ouro Da Copa do Mundo em 2023.
Ainda mais comovente ao ver um dos grandes nomes daquela época, Taulupe Faletau, arrastou -se direto para o lado na primeira oportunidade. Sua presença na base do Scrum tranquilizará treinadores, fãs e colegas de equipe com idade suficiente para se lembrar dele, mas a verdade é que ele jogou pouco mais de três horas de rugby desde que quebrou um braço na partida final da piscina do País de Gales, contra a Geórgia, na França 2023.
Isso também é a última vez que o País de Gales venceu um teste, 13 partidas atrás. Seu retorno a Cardiff, em abril do ano passado, durou meia hora, quando ele quebrou um ombro contra Ulster em Ravenhill. Desde então, seu retorno nesta temporada foi dificultado por problemas no joelho, mas os médicos o passaram para esta partida, o que é crucial para a campanha do País de Gales-de fato, para todo o seu senso de autoestima-e Warren Gatland não perdeu tempo.
Faletau substitui Aaron Wainwright no número 8. Ele deixou o campo em apenas o quarto minuto de drubbing do país de Gales em Paris na rodada de abertura com uma lesão facial, que se curou o suficiente para ele assumir um lugar no banco.
Faletau, com seu transporte de mais de cem bonés e 34 anos, se junta ao zagueiro Liam Williams, com seu transporte de quase cento e 33, como pontos de referência daquela era dourada. Além desses dois, Tomos Williams e Josh Adams estavam envolvidos no último Grand Slam do País de Gales, em 2019, assim como Wainwright, Elliot Dee e Nicky Smith no banco, mas é isso para essa equipe e qualquer conhecido com um passado glorioso.
Outro de 2019, Owen Watkin, deixou o Stade de France ferido no primeiro tempo com uma lesão no joelho que o colocará fora do resto do torneio. Ele é substituído, na única outra mudança, por Eddie James, que faz sua estréia nas Seis Nações. Aos 6 pés e 17, o jovem Scarlet (ele tem 22 anos) trará uma presença física, pelo menos, para o meio -campo.
Uma 14ª derrota consecutiva para o País de Gales não tem pensamento para Gatland e seus pagadores. Onde algum deles viria depois disso? A demissão de Alex King como treinador de costas antes do campeonato parecia mais do que um gesto de bode expiatório, mas o próprio Gatland poderia começar a mudar desconfortável em seu assento foi derrotado no 14 a seguir neste fim de semana.
Para aqueles de nós olhando de fora, o sentimento é que, se Gatland não pode fazer nada da safra atual do País de Gales, quem pode? Os problemas são muito mais profundos no rugby galês, por tanto tempo, por muito tempo, sobre a incoerência estrutural com essa equipe de show excepcional. Agora que o último seguiu o caminho de toda a carne, o primeiro bocejou de maneira assustadora.
Após a promoção do boletim informativo
A Itália pode infligir a última ferida? Questões estruturais próprias tiveram silenciosamente sua equipe de show, apesar de mais do que seu quinhão de grandes jogadores, mas parece ter havido progresso nessa frente, que está percolando até o Azzurri.
Sua Copa do Mundo de 2023, inclusive como horrendo, mas deprimente, thrashings nas mãos da França e da Nova Zelândia, sugeriu a mesma idade, a mesma idade, mas desde então a Itália registrou suas seis nações de maior sucesso, vencendo duas vezes no ano passado (inclusive contra o País de Gales ) e proteger um empate em Paris.
Eles foram de forma abrangente superado pela Escócia no último fim de semanamas havia uma dureza neles, o que os manteve no jogo. Gonzalo Quesada fez apenas uma alteração na equipe inicial, Niccolò Cannone substituindo o Dino Lamb, que cai no banco, na segunda fila. No banco, a última sensação, Simone Gesi, é substituída por Jacopo Trulla, a primeira ferida quando abordada da linha em Edimburgo.
Mas a Itália enfrenta uma nova dinâmica neste fim de semana. Onde os jovens do País de Gales já estão sendo descartados, agora eles devem vencer. Quando até os apostadores concordam, a Itália sabe que eles chegaram.
Relacionado
MUNDO
“A desumanização dos palestinos é tão normalizada”, o poeta Mohammed El Kurd | Programas de TV

PUBLICADO
13 minutos atrásem
7 de fevereiro de 2025
Marc Lamont Hill discute a desumanização dos palestinos com o autor e o poeta Mohammed El-Kurd.
“A morte é tão cotidiana que os jornalistas relatam como se estivessem relatando o clima”, escreveu o poeta e o autor palestino Mohammed El-Kurd em meio à guerra de Israel contra Gaza. E com um cessar -fogo no lugar, o destino dos palestinos permanece incerto.
Então, que papel o olhar ocidental desempenha na perpetuação de uma narrativa que desumaniza os palestinos e como isso molda nossa compreensão de sua luta por justiça e libertação?
Esta semana em AntecipadamenteMarc Lamont Hill discute com o autor e poeta Mohammed El-Kurd a resistência e desumanização dos palestinos.
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
- MUNDO3 dias ago
Tarcísio faz ofensiva na Alesp e negocia até com PT – 03/02/2025 – Poder
- MUNDO6 dias ago
Homem é estuprado em briga de torcidas em Recife (PE) – 01/02/2025 – Cotidiano
- MUNDO6 dias ago
E a Fernanda Torres, hein? – 01/02/2025 – Antonio Prata
- MUNDO5 dias ago
Quatro permanecem internados após briga no Recife – 02/02/2025 – Esporte
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login