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‘Já temos números para mostrar’

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Filho de Luiza Trajano — a quem chama de “chefe” por ela presidir o Conselho de Administração da companhia — tem outros planos saindo do papel, como levar produtos de marcas do grupo (Netshoes, Época Cosméticos e Kabum) e de vendedores do portal de e-commerce do Magalu para a rede de lojas físicas.
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Também quer fazer da Lu, a influenciadora digital da empresa, um canal de vendas, e avançar na parceria com a AliExpress.
Na semana passada, o Magalu divulgou o resultado do terceiro trimestre, com lucro de R$ 70,2 milhões, voltando ao azul depois do prejuízo de R$ 143,3 milhões no mesmo período de 2023.
Para Trajano, o importante é o que está por trás do desempenho: a construção de um ecossistema de negócios complementares, diversificando as receitas da companhia para torná-la mais resiliente às intempéries do ambiente de negócios brasileiro.
O varejo — e o Magalu — têm sofrido principalmente com juros altos. O empresário cobra solução para a questão fiscal do país, mas reconhece que “tem muita coisa funcionando” na economia.
Veja a seguir os principais trechos da entrevista.
Como avalia o resultado do 3º trimestre?
Esse resultado ratifica a evolução de ciclos de estratégia da companhia. No ano que vem, eu e o meu time vamos completar dez anos desde que assumi a companhia, em 2016. Sou o quarto líder dessa empresa em 67 anos, sendo que as duas primeiras foram mulheres. A minha chefe é uma mulher, minha mãe, presidente do conselho.
Eu trabalho com ciclos estratégicos de cinco anos. O primeiro, de 2016 a 2020, que considero absolutamente bem-sucedido, foi o da digitalização do Magalu. Em 2015, a gente tinha R$ 10 bilhões em GMV, faturamento bruto de vendas, considerando as do marketplace, sendo o faturamento do on-line de R$ 2 bilhões. O e-commerce saiu desses 20% para mais de 70%, para R$ 50 bilhões. E o faturamento da loja física cresceu.
É um diferencial, e continua crescendo. Esse ciclo se encerrou em 2020, com a pandemia, o que foi emblemático. Tivemos 1.300 lojas fechadas por cinco dos 12 meses daquele ano e crescemos 50%.
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O segundo foi mais inspirado na China porque eu via empresas que tinham conseguido diversificar suas receitas com um conceito de ecossistema digital, uma diversificação de fontes, algo que tornasse o resultado menos cíclico. Por isso, fizemos várias aquisições, como as de Netshoes, Época, aiqfome, Kabum. Eu queria diversificar categorias, indo para (compras) distintas daquelas de fogão, geladeira, TV e smartphone.
Também compramos cinco empresas de logística e criamos agora a Magalog, operador logístico que já faz negócio com todas as empresas do grupo. No futuro, outro negócio importante é o Magalu Bank. Compramos empresas para ampliar serviços financeiros de crédito, seguro e crescer no on-line.
Temos o Magalu Cloud (plataforma de serviços de computação em nuvem), negócio de mais longo prazo, mas que vai ajudar bastante. E há o Magalu Ads. Compramos uma plataforma e canais de conteúdo para ampliar audiência. É tendência no mundo todo.
Empresas digitais de compras têm abocanhado esse mercado de publicidade. Temos 430 milhões de visitas por mês, nossas redes sociais estão entre as mais seguidas do Brasil. Podemos fazer post patrocinado, monetizamos a Lu, nossa influenciadora digital. Ela está fazendo propaganda para diversas marcas, foi contratada pelo WhatsApp, pelo Burger King. Todos esses serviços estão integrados. O principal objetivo era tornar o negócio menos cíclico.
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O foco é ter resiliência frente a oscilações na economia?
Sim. Especialmente à taxa de juros, que tem um impacto muito grande pra nossa operação. A ideia era, ao final desse segundo ciclo, ter um negócio menos volátil, e esse trimestre mostra que, mesmo num dos piores momentos da História em juro real no Brasil, a gente conseguiu entregar o quarto trimestre de lucro consecutivo.
Talvez seis ou sete anos atrás seria praticamente impossível dar resultado se a gente não tivesse diversificado nossas fontes de receita. Todos esses canais já estão contribuindo para o nosso resultado, com a receita de serviços aumentando muito.
Ads e Cloud ainda incipientes, mas com números promissores. Já temos números para mostrar. A margem operacional foi de 5,7% para 8% este ano. E a despesa financeira caiu 20%.
Chegamos a ter 90% do Ebitda (indicador de geração de caixa) consumido por despesa financeira, o que gerava prejuízo, como aconteceu em 2022 e 2023. E a gente trouxe esse número para abaixo de 50%. Agora o foco é monetizar o GMV. Ele vai ficar entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões este ano. A gente já tem escala e tamanho para dar lucro.
A economia está ajudando?
Fizemos R$ 15 bilhões em vendas no trimestre, e o próximo tende a ser maior por conta da Black Friday. Estamos vivendo um momento macroeconômico muito robusto. Há atividade econômica forte e índice de desemprego muito baixo. O que considero errada é a taxa de juros, que é fruto da questão fiscal e muito fácil de ser endereçada. A gente está “catastrofizando” a situação do ponto de vista fiscal, que é séria, mas acho que é fácil de ser resolvida.
Um pacote de R$ 50 bilhões (de corte de gastos públicos), que é 1% do Orçamento federal, endereça toda a questão que gera o ceticismo do mercado sem uma quebra de promessa desse governo com a plataforma que o elegeu, de distribuição de renda. Essas coisas são compatíveis, e eu acho que precisa de um pouco de boa vontade dos dois lados. Basta um pouco de força do governo para entregar essa economia. Tem muita coisa funcionando no macro.
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Como está a parceria com a AliExpress?
É um acordo estratégico. Assinamos logo que a questão da isonomia tributária (com o imposto de 20% sobre importados de até US$ 50) foi resolvida no Congresso, em junho. Era condição importante para nós. É uma parceria ganha-ganha, o que eu vendo eles não vendem.
Os produtos de tíquetes maiores eles não têm no Brasil. Nós não tínhamos praticamente nenhuma oferta de cross-boarder (produtos vindos de outro país). Vendo meu estoque lá, crescendo em cima de uma agência já reconhecida e superestratégica em tíquetes abaixo de R$ 200. Já há 600 mil itens deles disponíveis no nosso site e 8 mil nossos no deles. Temos progresso positivo.
A AliExpress pode contratar o Magalog?
Num primeiro momento, o que eu vendo lá, eu entrego. E o que a AliExpress vender aqui, ela entrega. Acreditamos que dá para reduzir bastante o custo que cobramos do consumidor se a AliExpress aderir ao Magalog. Hoje, na última milha, ela usa os Correios. Existe uma boa oportunidade, mas seria uma próxima fase. Com o Magalog, o processo fica mais fácil.
Qual é o próximo ciclo?
Vai começar em 2026. Estou há 24 anos no e-commerce e só vi três tecnologias de fato transformadoras. A primeira foi o advento da internet, lá em 2000. Em 2010, veio a popularização dos smartphones e todo esse fenômeno de mobilidade econômica que cria empresas como Uber e food deliveries. E agora estou vendo de novo com IA.
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É um sonho antigo. Criei a Lu em 2004, e houve tentativas de dar inteligência para ela, mas era cedo. Agora, o Magalu tem a faca e o queijo na mão. Temos uma das personagens mais seguidas, um ícone da marca. Há uma oportunidade muito grande de conversational commerce e de como ela vai se tornar não só uma influenciadora digital, mas um canal de vendas.
Outra coisa é que o marketplace avançou em multicanalidade ao entrar no fulfillment (serviço de logística completa para vendedores), mas ainda não chegou na loja física. A loja do Magalu no ponto que era da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo, vai trazer as marcas do digital para o ponto físico: Época, Kabum, Netshoes e também produtos dos sellers (vendedores que usam o marketplace do Magalu).
O que esperar de Black Friday e Natal?
A Black tem uma característica de elasticidade de produtos de tíquetes maiores, porque o consumidor guarda o ano inteiro para gastar lá. E como somos líderes nessas categorias que chamo de FGTS (fogão, geladeira, TV e smartphone), tendem a ser produtos muito buscados.
Tem um desafio que foi a questão de Manaus, com (a entrega de) alguns produtos da linha branca tendo sofrido com a seca na região. Então, este ano, antecipamos bastante o abastecimento de mercadorias para a Black Friday. E vamos ter o AliExpress, então também teremos os itens de tíquete menor deles na nossa oferta. A Black esvaziou um pouquinho o Natal, mas segue uma data importante para dar presentes, quando os itens de tíquetes menores sobressaem.
O varejo sente efeito da inflação?
A inflação dentro do nosso contexto ela se bate através dos juros. Quando a inflação aumenta, o governo tem que aumentar os juros para a contenção dela. E impacta na despesa financeira, no curso de capital investido. É um impacto muito significativo, principalmente em setores ligados a crédito. E como vivemos numa economia indexada, ela impacta nos custos de salários, de contratos. Tem de se trabalhar cortando custo sempre.
No longo prazo, não tem nada que destrua a renda mais que a inflação. Aconteceu nos EUA a vitória de (Donald) Trump nas eleições. Com economia muito robusta, PIB grande, desemprego baixo, falavam que não tinha problema macroeconômico nos EUA que não a inflação. Então, não adianta ter essa economia robusta se não controlar a inflação. Lá, como aqui, essa inflação é componente importante de gasto público. Precisa ter controle.
Como avalia a Reforma Tributária?
A nova proposta é inegavelmente mais simples, traz simplificação brutal, desburocratização. Não dá para não dar mérito ao conceito que está em vias de ser aprovado. Vai tornar mais justo o sistema tributário. Nesse ponto, estou otimista.
Mas no final estamos chegando a uma alíquota de IVA (imposto sobre valor agregado, que vai unificar cinco tributos sobre o consumo) mais próxima de 29%, uma carga alta, das maiores do mundo. Isso é a parte ruim, mas não é que ela é maior do que era antes. A carga já vinha alta. Na nossa cadeia, ela não tende a ter um aumento significativo.
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Ainda tem questões específicas como a da compensação dos créditos tributários. Mas essa guerra ainda não está ganha. Temos de torcer para que entrem num acordo e a reforma seja homologada no ano que vem.
O Magalu segue avançando em diversidade, equidade e inclusão?
Semana passada, representei a companhia num prêmio pela participação de mulheres em conselho de administração. Aqui no Magalu, é de 42%. O Magalu é uma referência, mas uma exceção. Temos metas tanto para mulheres quanto para lideranças negras. Temos nosso programa de trainees negros. Fazemos isso não para servir de exemplo, mas porque acreditamos que é importante para o nosso grupo. A diversidade de opiniões ajuda a tomar melhores decisões, gera uma vantagem competitiva.
Nos EUA vemos ações para frear esse avanço. Isso pode chegar aqui?
Acho que não porque, por exemplo, no nosso programa de trainee para pessoas negras, conseguimos uma vitória (em contestações) no Tribunal Regional do Trabalho de Brasília (em novembro de 2023), e isso criou jurisprudência para todas as empresas poderem fazer (ações afirmativas) com muita segurança. Eu vejo o Supremo (Tribunal Federal), nesse contexto, muito equilibrado. Há ampla segurança jurídica.
Quando a gente lançou o programa de trainees negros, vivemos uma minicrise em redes sociais, com muito mais críticas que elogios. E não relutamos em seguir porque estamos fazendo por convicção. Devemos fazer outras ações, e não mudar a nossa convicção. Inclusive, ter mulheres na proporção que a gente tem no conselho nos ajuda a não desviar a rota.
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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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25 de abril de 2025
Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!
Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.
Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!
Ato de resistência
A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.
Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.
Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.
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Histórico de discriminação
Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.
Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.
A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.
Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”
Internet apoia
Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.
“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.
Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.
“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.
O racismo tem que acabar!
Veja como foi a manifestação dos estudantes:
O recado foi certeiro: não passarão!
Uma verdadeira festa da democracia:
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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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2 horas atrásem
25 de abril de 2025
Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.
Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.
Carros com maiores descontos
Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:
- Renault Kwid: queda de 12,5%
- Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
- Honda HR-V: queda de 8,29%
- Fiat Argo: queda de 7,73%
- Fiat Mobi: queda de 6,06%
- Hyundai Creta: queda de 5,88%
- Volkswagen Polo: queda de 1,27%
- Chevrolet Onix: queda de 0,43%
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Impacto para motoristas
Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.
Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.
Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.
Impacto nos preços
De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.
O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.
A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.
Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.
Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.
O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação
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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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25 de abril de 2025
A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.
Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.
Como vai funcionar
A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.
Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.
Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.
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O que os resultados vão mudar
Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.
A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.
O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Como fazer as inscrições
Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.
A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.
Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).
Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.
O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil
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