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MapBiomas: Cidades crescem mais em áreas de risco – 08/11/2024 – Cotidiano

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Clayton Castelani

Áreas sujeitas a risco de deslizamentos de terra tiveram o maior crescimento da ocupação urbana brasileira das últimas quatro décadas, mostra levantamento do MapBiomas divulgado nesta sexta-feira (8).

Iniciativa de universidades e organizações não governamentais para estudar o uso do solo no país, o MapBiomas diz que o Brasil tem 47,6 mil hectares de encostas ocupadas, sendo que em 33,2 mil hectares (70%) essas moradias surgiram de 1985 e 2023.

O dado indica um avanço 3,3% da mancha urbana sobre encostas, algo significativamente superior ao crescimento médio de 2,4% das áreas urbanizadas em todo o país no mesmo período.

Considerando todo o seu território, o Brasil tem 4,1 milhões de hectares urbanos –0,5% do pais. Mais da metade dessa ocupação –2,4 milhões de hectares– ocorreram nos últimos 38 anos.

Para chegar aos dados sobre habitações em encostas, a iniciativa mapeou terrenos com declividade superior a 30%, característica que torna uma área proibida para a construção de casas, segundo a lei federal de parcelamento do solo de 1979.

É na região Sudeste e, especialmente, na mata atlântica que estão localizadas 93,6% das cidades com esse tipo de ocupação.

Fenômeno observado na cartografia que tem raiz na desigualdade socioeconômica: é justamente na região mais desenvolvida do país que a população de menor renda é forçada a viver nas áreas de risco, segundo o geógrafo Julio Pedrassoli, da equipe de mapeamento de áreas urbanas do MapBiomas.

“As pessoas não vivem em áreas de risco porque querem, elas estão nessa situação porque não têm condições de morar nos locais em que há interesse imobiliário”, diz Pedrassoli. “Terrenos em encostas não têm valor, pois são ilegais, e é por isso que quem não tem acesso ao mercado vai morar nesses locais”, afirma.

O levantamento também aponta para o crescimento da área urbana perto de rios e córregos. A cada quatro hectares de crescimento urbano entre 1985 e 2023, um foi em áreas que ficam a três metros verticais ou menos de rios ou córregos.

Esse dado mostra quanto uma construção está longe de onde a água pode chegar. Foram 648 mil hectares de expansão, ou um pouco mais de 25% do crescimento total no período.

O mapeamento também constatou crescimento das áreas de favelas. Elas representam 4,5% das áreas urbanas no Brasil e cresceram 104,7 mil hectares entre 1985 e 2023.

A expansão no período tem sido de 2.760 hectares ao ano. Isso significa que a cada quatro anos elas crescem o equivalente a uma cidade como Lisboa, em Portugal.

Os picos de expansão proporcional das favelas no Brasil se deram entre 1999 e 2003 e coincidem com picos de maior desigualdade de renda na série histórica avaliada pelo MapBiomas.

O Norte é a região que mais concentra favelas no Brasil, com 24% do total. Os cinco estados líderes em termos de proporção de favelas em relação a área urbana em 2023 são Amazonas, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.



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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.

“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Agosto Lilás



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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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