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Marina Silva não invadiu fazenda, como sugere viral enganoso de redes sociais

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Imagem é, na verdade, de ato contra desmatamento na Fazenda Bordon, em Xapuri (AC), em 1986.

É enganosa uma imagem que afirma que a candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, teria invadido uma fazenda no Acre em 1986 de maneira semelhante aos atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Como verificado projeto Comprova, coalizão de 24 organizações de mídia brasileiras, dentre elas a Folha, que visa identificar, checar e combater rumores, manipulações e notícias falsas sobre as eleições de 2018, a foto que circula em redes sociais como Facebook e WhatsApp mostra um “empate”, manifestação feita por seringueiros para impedir o desmatamento na Fazenda Bordon, em Xapuri.



O Comprova entrou em contato com a assessoria de Marina, que negou que a imagem esteja relacionada à invasão de terras ou ao MST. Segundo a nota da candidata, no “empate” os manifestantes se colocavam em frente às árvores para impedir sua derrubada. A assessoria acrescentou que a coordenador do movimento de seringueiros era o ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988. 

Viral com informações falsas sobre Marina Silva
Reprodução de viral com informações falsas sobre Marina Silva – Reprodução

Em um artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais, o antropólogo Mauro de Almeida descreve o empate liderado por Chico Mendes na fazenda Bordon. Segundo Almeida, o ambientalista coordenou “cerca de cem seringueiros, que caminharam durante três dias pelas coivaras enegrecidas e fumegantes de florestas recém-queimadas”. Entre os participantes do protesto estavam “um fotógrafo, dois agrônomos, um antropólogo e uma jovem professora sindicalizada, Marina Silva”.

Marina recordou o episódio em um discurso no Plenário do Senado, em 14 de novembro de 1996, quando ela representava o Acre na Casa. “Após andarmos seis horas a pé, chegamos onde os fazendeiros iriam derrubar ilegalmente 700 hectares de floresta. Enfrentamos os peões e a polícia —paga com o dinheiro público— que estavam ali de prontidão para defender os interesses dos fazendeiros e percebemos que éramos impotentes para resolver um problema tão grande. Voltamos a pé e foi necessária uma engenharia enorme para permanecermos na luta”.

Em uma reportagem publicada em 2013 pelo portal G1, a zeladora Maria Elvana Pereira relembrou sua participação no mesmo “empate”, quando tinha 15 anos. Assim como nos relatos anteriores, ela indica que os seringueiros não permaneceram ou ocuparam a fazenda. “Foi todo mundo e quando chegou lá tava a peãozada derrubando tudo e o Chico Mendes de frente, para a gente falar com os chefes lá, e eu no meio toda animada. […] Aí voltamos e em seguida o Chico Mendes fez um ato público e disse que estava sendo ameaçado de morte, que sabia que ia morrer e ele não queria que ninguém deixasse. Ele queria que continuasse a luta”.

Outro elemento que atesta que a imagem não retrata uma ocupação do MST é o fato de o movimento não estar organizado no Acre. “Não realizamos, até então, nenhuma ocupação por lá. Ou seja, não temos um nível de organicidade construída, nem assentamentos ou acampamentos”, informou a assessoria do grupo, fundado oficialmente em 1984, no Paraná. Portanto, dois anos antes do protesto do qual Marina participou.

A foto com a informação falsa apareceu como altamente compartilhada, nos últimos dias, no Monitor de WhatsApp, ferramenta desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para acompanhar conteúdos difundidos em grupos abertos. Há uma outra versão do boato. A diferença deste é que o texto é mais assertivo. Indica, também falsamente, que a imagem retrata Marina Silva “liderando a quadrilha do MST” em uma invasão de fazenda.

O site e-farsas também desmentiu a ligação do “empate” de Marina com o MST. Por Folha SP.


MANUAL PARA NÃO PROPAGAR FAKE NEWS

Busque a fonte original;

Faça uma busca na internet: muitos casos já foram desmentidos;

Cheque a data: a “novidade” pode ser antiga;

Leia a notícia inteira;

Cheque o histórico de quem publicou;

Se a notícia não tem fonte, não repasse.

ACRE

“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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ACRE

Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

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Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

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ACRE

Corpo de diarista é encontrado com sinais de violência na Dias Martins; homem faria aniversário neste domingo

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Populares encontraram o corpo de um homem no início da tarde deste sábado, 9, na na estrada Dias Martins, próximo ao Parque Ipê em Rio Branco. Segundo informações, uma mulher identificada como Ana, passava pelo local e se deparou com um saco grande às margens da estrada.

Ao verificar o conteúdo, encontrou um cadáver em estado avançado de decomposição, com mãos amarradas e envolto em um lençol. Assustada, ela acionou a Polícia Militar. Os agentes, ao chegarem ao local, confirmaram que se tratava do corpo de um homem, identificado como Leandro Silva e Silva, 39 anos, que apresentava sinais de violência, além de um tiro na nuca.



O perímetro foi isolado, e a situação foi comunicada ao Centro de Operações da Polícia Militar. O Instituto Médico Legal (IML) realizou os procedimentos periciais e encaminhou o corpo para ser examinado.

A identificação só ocorreu após exames de papiloscopia. Leandro completaria 40 anos no domingo, 10. A esposa, Janaína, compareceu ao IML para a retirada do corpo e relatou que Leandro era usuário de entorpecentes, estava desaparecido desde quinta-feira, 7, quando saiu para trabalhar e não retornou.

A Polícia Civil, representada pela Equipe de Pronto Emprego (EPE), colheu informações para o relatório que foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso.

 

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