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Militares da Coreia do Norte devem atuar na fronteira da Rússia com a Ucrânia; saiba mais sobre essas forças

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8 meses atrásem
- Tensão: Zelensky afirma que 10 mil soldados norte-coreanos estão sendo preparados para se juntar às tropas russas
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Os relatos de que soldados da Coreia do Norte estão sendo treinados pela Rússia circulam desde a assinatura, em junho, de um acordo entre Moscou e Pyongyang, que prevê ações de defesa mútua em caso de ataque aos países — e como aponta a imprensa ucraniana, a decisão de mandá-los para a guerra parece ter sido tomada.
Nesta primeira etapa, cerca de 3 mil militares fariam parte de uma formação especialmente criada pela Rússia, o “Batalhão Especial Buriate” — fisicamente, boa parte da população da Buriátia, região na Sibéria mencionada no nome da unidade, se assemelha aos norte-coreanos. Eles atuarão ao lado da 11ª Brigada de Assalto Aéreo na região de Kursk, onde forças ucranianas ainda controlam parte do território russo. Há operações previstas ainda em Sudja, uma pequena cidade na mesma área que foi tomada por Kiev nos primeiros dias da incursão, em agosto.
— Eles estarão prontos [para lutar na Ucrânia] no dia 1º de novembro — disse, em entrevista ao site militar The War Zone, Kyrylo Budanov, chefe do Serviço de Inteligência Militar do Ministério da Defesa da Ucrânia.
Na mesma entrevista, Budanov disse que há cerca de 11 mil soldados norte-coreanos na Rússia, e os serviços de inteligência da Coreia do Sul dizem que voos de transporte de tropas estão acontecendo de forma regular através da fronteira entre os dois países. O treinamento ocorre nos arredores de Vladivostok, na costa do Pacífico e a cerca de 780 km da fronteira norte-coreana.
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A Coreia do Norte mantém uma estreita parceria militar para fornecer armas e, especialmente, munições para o esforço de guerra russo na Ucrânia, uma parceria que ignora sanções internacionais, e que se intensificou a partir de setembro do ano passado, após uma visita do líder do país, Kim Jong-un, à Rússia.
Peças de artilharia, vitais em um conflito travado ao longo de trincheiras, foguetes de curto alcance e armas leves passaram a ser transportadas dos arsenais norte-coreanos até as linhas de frente, e deram aos russos uma vantagem sobre um rival que enfrenta problemas para se defender das investidas.
O envio de tropas, que também não foi confirmado por Rússia ou Coreia do Norte, eleva a parceria a um novo patamar, mas com efeitos práticos ainda incertos: embora numerosas e supostamente bem-treinadas, essa é a primeira vez em que as forças norte-coreanas são mandadas em grande número para uma guerra no exterior.
Durante a Guerra do Vietnã (1955-1975), Pyongyang enviou pilotos de caça e unidades de guerra psicológica, e na Guerra do Yom Kippur (1973), pilotos e militares de apoio foram empregados no Egito. Conselheiros foram enviados ainda a outros países do Oriente Médio e África.
— Para a Coreia do Norte, que forneceu à Rússia muitos projéteis e mísseis, é crucial aprender a manusear diferentes armas e ganhar experiência de combate no mundo real — disse à AFP Lim Eul-chul, professor do Instituto de Estudos do Extremo Oriente de Seul. — Isso pode até ser um fator determinante por trás do envio de soldados norte-coreanos: para fornecer a eles experiências diversas e treinamento em tempo de guerra.
Para os russos, a presença dos militares pode ser crucial para expulsar os ucranianos de Kursk sem comprometer as operações na Ucrânia, mas a decisão de empregar combatentes estrangeiros também expõe as limitações humanas da Rússia e a pouca vontade do presidente Vladimir Putin de anunciar uma nova e impopular mobilização.
- Assinado em junho: Tratado com Coreia do Norte prevê ‘assistência mútua’ em caso de ‘agressão’, diz Putin
A escolha das tropas enviadas à Rússia não foi por acaso. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, os militares integram uma unidade de elite do Exército, conhecida como Corpo de Assalto, composta por brigadas aérea, de infantaria e de atiradores de elite. Estima-se que a unidade tenha entre 40 mil e 80 mil integrantes.
Os militares atuam em áreas da fronteira com a China, e serviços de inteligência citam sua lealdade ao regime e sua “crueldade” durante as operações — a unidade afirma ter autoridade para “atirar para matar” em qualquer um que se aproxime da divisa do país, seja combatente ou civil. Ela ainda estaria envolvida em ações para conter “comportamentos inapropriados”, como a distribuição de panfletos contra o regime ou o comércio ilegal de músicas e séries da Coreia do Sul. Kim Jong-un, afima a Yonhap, teria inspecionado a unidade ao menos duas vezes desde setembro.
Há alguns dias, informações preliminares já apontavam para a presença de militares da Coreia do Norte em áreas de combate. Citando testemunhas em Mariupol, o jornal Kyiv Post disse que foram observadas pessoas na cidade usando uniformes “que não pareciam russos”.
— Há confirmação de nosso pessoal lá, mas infelizmente sem fotos ou vídeos, apenas testemunhas. Também há relatos dos russos — disse o prefeito pró-Kiev de Mariupol, Petro Andriushchenko, ao Kyiv Post. — E não são apenas soldados, há instrutores também. Pessoas importantes.
No começo do mês, Kiev e Seul afirmaram que seis oficiais norte-coreanos morreram em um ataque com mísseis na região de Donetsk. Como esperado, não houve confirmação por parte de Moscou ou Pyongyang.
- Em visita a Pyongyang: Putin diz a Kim Jong-un que ‘aprecia o apoio norte-coreano’ sobretudo em relação à Ucrânia
Em paralelo, a mídia estatal norte-coreana revelou, na quarta-feira, que “1,4 milhão de jovens sindicalistas e jovens estudantes em todo o país solicitaram veementemente o alistamento ou a entrada no serviço militar do Exército Popular”. Um movimento associado ao aumento das tensões com a Coreia do Sul: nos últimos dias, a Coreia do Norte destruiu estradas que ligavam os dois lados da Península, e Pyongyang acusou Seul de invadir seu espaço aéreo com drones.
“Milhões de jovens estão na vanguarda de uma luta maciça que irá aniquilar o povo coreano, que criou um estado de tensão às vésperas de uma guerra que está a acelerar a autodestruição através de graves violações da soberania contra a capital da nossa nação, e que ainda estão falando contra o inimigo e fazendo comentários ultrajantes”, diz o texto da agência estatal KCNA. “O grande Exército apareceu.”
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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