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Morte do pregador turco Fethullah Gülen, antigo aliado do presidente Erdogan que se tornou o seu pior inimigo
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1 ano atrásem
O líder religioso turco Fethullah Gülen, a fera negra de Ancara, morreu segunda-feira, 21 de outubro, aos 83 anos, nos Estados Unidos, onde se estabeleceu em 1999 e onde permaneceu até a morte sem nunca ter posto os pés na Turquia.. Fundador do movimento que leva seu nome, o pregador viveu as últimas décadas de sua vida em uma vasta propriedade no coração das montanhas Poconos, na Pensilvânia, de onde continuou a exercer sua influência sobre seus milhões de seguidores em todo o mundo. .
A possibilidade de enterro na sua aldeia natal de Pasinler, na região de Erzurum, no leste da Anatólia, está completamente descartada. O imã cheira a enxofre. Acusado pelas autoridades turcas de ter fomentado a tentativa de golpe de 15 de julho de 2016o que sempre negou, é uma figura odiada cujo nome nem vale a pena pronunciar. “O líder desta organização obscura está morto, mas a determinação da nossa nação em combater o terrorismo continuará”declarou Hakan Fidan, chefe da diplomacia turca, ao anunciar a sua morte. Exigida insistentemente pela Turquia, a sua extradição foi sempre recusada por Washington, por falta de documentos comprovativos da sua culpa, o que contribuiu para azedar a relação bilateral.
No entanto, durante vinte anos, Fethullah Gülen foi o melhor aliado do número um turco, Recep Tayyip Erdogan. A ruptura definitiva ocorreu em 2016, após o golpe fracassado, episódio sangrento, que resultou na morte de 252 pessoas e cujos patrocinadores nunca foram realmente identificados. A única certeza é que o golpe serviu de pretexto para o presidente turco desencadear um expurgo sem precedentes nas instituições e na sociedade civil.
Uma nebulosa de associações
Dezenas de milhares de pessoas foram presas pela sua alegada ligação a este golpe planeado, 130.000 funcionários públicos foram despedidos e mais de 23.000 soldados foram despedidos do exército. Centenas de empresas, escolas e organizações de comunicação social ligadas ao movimento foram confiscadas. A caça às bruxas atravessou por vezes as fronteiras da Turquia, com os serviços de segurança turcos a raptar Gülenistas em todo o lado, na Ásia Central, em África e nos Balcãs. Apesar dos processos, milhares de seguidores da irmandade encontraram refúgio na Europa, mas também nos Estados Unidos, onde a sua rede ainda permanece activa.
A sua infiltração discreta no aparelho de Estado tinha começado anos antes, com o total apoio do Primeiro-Ministro Erdogan, cujo recém-formado Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) carecia cruelmente de executivos, de modo que acabara de ganhar as eleições legislativas no Outono de 2002. O objectivo era ter islamistas experientes nas suas mãos, capazes de atingir os objectivos definidos pelo partido, nomeadamente a apreensão das alavancas do Estado que permaneciam nas mãos de altos funcionários kemalistas e dos militares. Somente o movimento Gülen poderia fornecer-lhe tal conhecimento.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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