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Na COP, Acre colabora em painéis sobre bioeconomia e repartição de recursos de créditos de carbono

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11 meses atrásem
Nelson Liano
Foi um dia intenso de debates no espaço do Consórcio da Amazônia Legal na COP 29, em Baku, no Azerbaijão. As principais pautas de quinta, 14 foram a repartição de benefícios de projetos de créditos de carbono, Redd+ e Jurisdicional, e também programas de desenvolvimento de bioeconomia.
Letícia Guimarães líder global de Mercado de Carbono do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mediou o painel sobre os programas de distribuição de recursos originados por serviços ambientais dos estados da Amazônia.

“É preciso discutir os avanços, desafios e mecanismos de repartição de benefícios dos programas já instaurados de redução de carbono como o REM. E também dos projetos em formulação de comercialização de créditos de carbono” afirmou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente Leonardo Carvalho, discorreu sobre a experiência do Acre para os colegas gestores ambientais do Pará, Amapá, Amazonas e Mato Grosso.

“O nosso estado foi o primeiro a acessar os pagamentos de serviços ambientais em vigor desde 2012. Cerca de 70% dos valores recebidos foram direcionados para povos indígenas e agricultores familiares. Essa repartição de benefícios aconteceu baseada em consultas com as populações da floresta,” afirmou.
“Vamos realizar novas consultas que terão início nos dias 2 e 3 de dezembro de 2024. Serão ao todo sete encontros com as lideranças indígenas, ribeirinhos extrativistas e pequenos agricultores em todas as regionais do Acre. Vamos formular metodologias para a repartição de benefícios no momento que estamos também nos preparando para acessar recursos no mercado voluntário,” completou Leonardo.
Bioeconomia na Amazônia
A diretora da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas (SEPI), Nedina Yawanawa, participou de um painel sobre bioeconomia com representantes de Rondônia, Amapá, Mato Grosso, Pará e Maranhão,
Foram apresentados projetos de produção sustentável de diversos setores. Principalmente cadeias de negócios de bioeconomia relacionados ao turismo, extrativismo, pesca, madeira e castanha. As palestras dos gestores mostraram que essas atividades além de gerarem renda para as populações dos estados amazônicos, garantem a preservação ambiental mantendo a floresta em pé.

Nedina Yawanawa, enfatizou a perspectiva dos povos indígenas em relação à sociobioeconomia a partir da garantia do uso fruto dos territórios demarcados.
“O nosso povo planeja uma forma de viver que não separa as atividades produtivas com a ligação e o respeito à natureza. Nos relacionamos e tiramos o nosso sustento da floresta sem destruí-la. Isso está explícito em muitos dos nossos produtos como o artesanato e os cosméticos com base de urucum. Produzimos biojoias num trabalho envolvendo toda a comunidade. Também os nossos festivais culturais e vivências são fontes de renda para as nossas aldeias que mobilizam grande parte dos moradores” argumentou Nedina.
A diretora da SEPI ressaltou que as ações produtivas de bioeconomia nas terras indígenas poderão ter um crescimento se houver apoio técnico.
“A caça, a pesca e a agricultura garantem a segurança alimentar das nossas populações em harmonia com a natureza e o nosso sistema de vida. Mas queremos desenvolver novas potencialidades de produção bioeconômica de acordo com os conhecimentos tradicionais. Para isso precisamos de inovação, tecnologia e apoio técnico para a gente ampliar a nossa produção e gerar mais oportunidades para os indígenas,” concluiu Nedina.
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ACRE
Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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8 horas atrásem
26 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.
A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.
Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”
A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”
Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”
Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.
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publicado:
26/09/2025 14h57,
última modificação:
26/09/2025 14h58
1 a 3 de outubro de 2025
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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3 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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