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Não se preocupe (muito) com a chegada de asteroides à Terra – DW – 04/10/2024

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Imagine a cena: um asteróide está se aproximando da Terra. É do tamanho da Torre Eiffel, tem o formato de um amendoim e é potencialmente perigoso – parece assustador, certo?
E nem está inventado. Mas o asteróide em questão – denominado 2024 ON – já passou pela Terra. Não, não nos acertou – nunca iria acertar.
Desde a sua descoberta em julho de 2024, a mídia e outros criadores de conteúdo ganharam manchetes sobre os detalhes do asteróide: tinha 370 metros (1.240 pés) de diâmetro, viajando a cerca de 40.000 quilômetros por hora (24.000 milhas por hora), considerado “potencialmente perigoso” por autoridades espaciais e indo na direção da Terra.
Mas assim que 2024 ON foi descoberto, os astrónomos calcularam que passaria pelo nosso planeta a uma distância de um milhão de quilómetros. Isso é mais que o dobro da distância até a lua.
“As publicações precisam de ter estes ‘suspenses’ para receberem visitas”, disse Juan Luis Cano, do Gabinete de Defesa Planetária da Agência Espacial Europeia. “Mas diariamente somos visitados por muitos objetos.”
Na verdade, cerca de 100 toneladas de material espacial atingem a Terra todos os dias. Felizmente, a massa está espalhada por muitas rochas minúsculas, em vez de um grande destruidor.
Grandes destruidores: objetos próximos à Terra em poucas palavras
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior define objetos próximos à Terra (NEOs) simplesmente como qualquer asteroide ou cometa que passa perto da órbita da Terra.
Em termos mais técnicos, os NEOs são objetos com um periélio – a distância orbital mais próxima do Sol – inferior a 195 milhões de quilómetros.
Dado que a Terra orbita o Sol a uma distância de cerca de 150 milhões de quilómetros, os NEOs estão bem dentro da nossa vizinhança solar.
Cientistas como Cano conhecem cerca de 34.000 NEOs, mas nenhum dos maiores está atualmente em rota de atingir a Terra.
Qual a probabilidade de um impacto de asteróide na Terra?
Embora os pequenos NEOs atinjam a Terra todos os dias, os maiores atingem com muito menos frequência. Asteróides do tamanho de 2024 ON podem atingir a Terra uma vez a cada 10.000 anos.
Aqueles com mais de um quilômetro de diâmetro, como o asteróide Chicxulub que enviou os dinossaurosem extinção há 66 milhões de anos, poderá ocorrer nos próximos 260 milhões de anos.
“Estimamos que existam cerca de mil objetos maiores que um quilômetro e descobrimos 95% deles”, disse Cano. “Estes são os que poderiam causar um desastre global.”
Mas os menores também têm potencial destrutivo. Dependendo da velocidade e do ângulo de entrada na atmosfera terrestre, uma rocha de 40 metros de largura poderia arrasar uma cidade inteira. Centenas de milhares desses NEOs menores ainda não foram catalogados.
“Descobrimos cerca de 3.000 asteróides próximos da Terra (NEAs) todos os anos”, disse Cano. “(Mas) precisamos (…) encontrá-los mais rápido.”
Encontrar objetos próximos à Terra é um negócio ‘complicado’
Na última década, dois telescópios espaciais foram encarregados de encontrar NEOs.
Primeiro, houve o NEOWISE, que documentou mais de 158.000 NEOs. NEOWISE foi aposentado em 2024 após uma missão de mais de 10 anos.
Em segundo lugar, há uma missão sucessora chamada Near-Earth Object Surveyor.
O NEO Surveyor deverá iniciar a operação em 2027. Seu objetivo será encontrar o restante dos asteróides potencialmente perigosos (PHAs) a 50 milhões de quilômetros da órbita da Terra. Mas encontrar objetos perigosos no espaço é complicado.
“Uma das coisas mais complicadas a fazer na astronomia é saber a que distância algo está”, disse Amy Mainzer, cientista planetária da UCLA que liderou a missão NEOWISE e liderará o NEO Surveyor.
“Você pensaria: ‘Bem, vemos objetos nos limites do espaço, por que não sabemos o que está bem próximo de nós aqui na Terra? Não sabemos tudo?’ e a resposta é: ‘Não, na verdade é muito difícil.'”
É importante acompanhar os objetos que vimos e comunicar essas descobertas, disse Mainzer.
Para fazer isso, os astrônomos também usam telescópios terrestres e espaciais para monitorar NEOs e PHAs. Um dos mais novos é o Observatório Vera Rubin, atualmente em construção no Chile, que passará uma década criando um mapa do universo em lapso de tempo.
“Isto vai revolucionar o número de asteróides que descobrimos”, disse Cano.
A ESA também está a criar quatro pequenos telescópios multi-lentes “Flyeye” para fazer observações de campo amplo do céu nocturno.
Como podemos defender a Terra contra asteróides?
Como o rastreamento NEO ajuda nossa defesa planetária
Nenhum asteróide conhecido deverá atingir a Terra pelo menos no próximo século. Sabemos disso graças aos nossos sistemas de defesa planetários. Rastrear NEOs faz parte disso.
Depois que um objeto é identificado, pesquisadores como Mainzer e Cano fazem observações repetidas para traçar de forma rápida, mas precisa, a trajetória de um NEO. Isto pode ajudar a diminuir as preocupações sobre um NEO e faz parte do que os cientistas chamam de defesa planetária.
Veja Apófis, por exemplo. Quando foi identificado pela primeira vez em 2004, o Apophis, com 340 m de largura, foi considerado um dos objetos potencialmente mais perigosos já descobertos. Pensava-se que poderia atingir a Terra em 2029, 2036 ou 2068.
Cálculos subsequentes descartaram isso. Chegará a 30.000 km do planeta, que está mais próximo que a Lua e ao alcance dos satélites geoestacionários, no final desta década. Mas não atingirá a Terra nas projeções atuais.
Mas o que aconteceria se um novo NEO desonesto fosse avistado em rota de colisão com a Terra? Se receberem aviso suficiente, os engenheiros podem tentar desviá-lo do alvo.
Em 2022, a missão Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA colidiu com sucesso uma espaçonave contra um asteróide chamado Dimorphos. Demonstrou que uma missão baseada em colisão poderia mudar a direção de um corpo celeste e defender nosso planeta.
A ESA está programada para lançar uma missão de reconhecimento chamada Hera em outubro de 2024 para inspecionar as consequências deixadas pelo DART. Espera-se que isto ajude os cientistas a avaliar melhor o sucesso do DART.
Editado por: Zulfikar Abbany
Fontes:
NEOWISE (NASA) https://www.nasa.gov/news-release/nasa-mission-concludes-after-years-of-successful-asteroid-detections/
Pesquisador de Objetos Próximos à Terra (NASA) https://www.jpl.nasa.gov/missions/near-earth-object-surveyor/
Hera (ESA) https://www.esa.int/Space_Safety/Hera
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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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25 de agosto de 2025
A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.
“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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20 de agosto de 2025
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.
O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.
Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”
O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”
A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”
A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”
O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.
Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.
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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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19 de agosto de 2025
A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.
A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.
Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.
O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.
A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.
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