NOSSAS REDES

ACRE

No Acre, Caravana Educativa da Monilíase leva informação para técnicos e agrônomos da Região Norte

PUBLICADO

em

Fabiana Matos

Visando assegurar a defesa vegetal na prevenção, combate e erradicação à monilíase, o governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), iniciou nesta terça-feira, 22, a II Caravana Educativa da Monilíase em Rio Branco para agentes de defesa agropecuária e engenheiros agrônomos da Região Norte.

Ações do governo têm contribuído para o combate da monilíase no Acre. Foto: Neto Lucena/Secom

A caravana integra as ações do Plano de Contingência da Monilíase do Cacaueiro, do Programa Nacional de Educação Sanitária para a Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Proesa/Mapa), com o objetivo de fortalecer a informação nas comunidades rurais, o manejo integrado que inclui estratégias de controle para reduzir a incidência na região e garantir a sustentabilidade da produção de cacau e cupuaçu.

“A caravana é uma grande oportunidade de abordar conceitos da sintomatologia de frutos doentes, como evitar a disseminação da praga e ações executadas pelo Idaf para o controle e erradicação da monilíase no Juruá. Lembrando que o setor produtivo também faz parte deste trabalho de educação sanitária, pois somente desta forma iremos sensibilizar o maior número de pessoas para identificar um fruto doente e notificação precoce junto ao Idaf. Vale lembrar que a missão do órgão é manter um ambiente seguro sanitariamente para o nosso estado e gerar riqueza à sua população”, explica Alexandre Fernandes, diretor técnico do Idaf.

Ações do governo têm contribuído no combate da doença, realizando mapeamento de cultivos e trabalhos de educação sanitária, que incluem alertas em rádios locais e trabalho em campo nas propriedades,  fiscalização em pontos importantes de circulação dos municípios, como barreiras fixas da divisa de Cruzeiro do Sul/Tarauacá (Liberdade) e divisa Acre/Rondônia, além de barreiras volantes.

Durante os treinamentos, os participantes receberam orientações de métodos para evitar a disseminação do fungo, como a limpeza de áreas de cultivo e o uso de variedades resistentes, contribuindo para impedir o avanço da doença no Brasil.

“Hoje, o estado do Pará produz aproximadamente 120 mil toneladas de amêndoas de cacau, um número significativo no âmbito econômico. Mas para que essa produção aconteça de maneira eficaz, nós precisamos nos capacitar e trocar experiências com agentes de outros estados no combate aos focos, porque entendemos que quanto mais divulgarmos, maior a nossa possibilidade de evitar a chegada e a disseminação dessa praga no Pará”, ressalta Rafael Haber, fiscal estadual da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

O treinamento objetivou a conscientização da importância de evitar a dispersão da praga para as áreas que ainda não têm presença da doença. Foto: Neto Lucena/Secom

Os impactos da monilíase na produção de cacau são alarmantes. Em áreas severamente afetadas, as perdas podem chegar a 70% da colheita. Isso não apenas reduz a renda dos agricultores, mas também compromete a cadeia produtiva e a economia local, que depende do cacau e do cupuaçu.

Na região do Juruá, onde ocorreu a primeira confirmação de foco da doença, em julho de 2021, uma parceria entre Mapa, Idaf, agências de defesa, Superintendência Federal de Agricultura (SFA), Universidade Federal do Acre (Ufac) e prefeituras locais, realizou mais 5.000 ações em propriedades com monitoramento e combate, 72.667 frutos descartados e mais de 16.000 plantas podadas, tendo como resultado a não disseminação da doença para outras regiões do estado.

Segundo Gustavo Ferreira, chefe da Divisão da Defesa Agropecuária do Mapa, os combates realizados desde 2021 têm sido exitosos, mostrando resultados promissores, graças ao trabalho do Idaf, que tem se destacado a nível nacional, e isso tem chamado a atenção.

Equipe do Idaf realiza constantemente mapeamentos de cultivos e de educação sanitária. Foto: Neto Lucena/Secom

“As caravanas são umas das estratégias implementadas pelo Mapa nos programas sanitários, tentando socializar o conhecimento. Não é só aprender, mas é saber instruir o setor produtivo, com produtores rurais, com crianças em nível escolar, com técnicos, com instituições, fazendo um grande caldeirão de trocas de informações por meio de dinâmicas, para que possa chegar às diversas camadas da sociedade e que todos possam colaborar efetivamente com a defesa agropecuária”, frisou.

O Idaf alerta que, devido ao potencial de danos às culturas do cacau e cupuaçu, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeita de ocorrência da praga em todas as regiões do estado às autoridades fitossanitárias locais.

Os participantes foram orientados sobre plano de contingência para controle da doença e contarão com aula prática em campo. Foto: Neto Lucena/Secom

A programação da Caravana se estenderá até a sexta-feira, 25, com palestras educativas, capacitação, informações técnicas, discussões, melhoramento produtivo, debates sobre outras temáticas pertinentes à produção e aulas práticas no campo, onde vão observar melhor os métodos de prevenção.

Visualizações: 2



Leia Mais: Agência do Acre

Advertisement
Comentários

Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48

You must be logged in to post a comment Login

Comente aqui

ACRE

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

ACRE

Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

PUBLICADO

em

Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

A Rede Educanorte é composta por universidades da região amazônica que ofertam doutorado em Educação de forma consorciada. A proposta é formar pesquisadores capazes de compreender e enfrentar os desafios educacionais da Amazônia, fortalecendo a pós-graduação na região.

Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”

Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.

Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.

Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.

Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”

A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.

Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.



Leia Mais: UFAC

Continue lendo

MAIS LIDAS