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Novas descobertas destacam o domínio das mulheres – DW – 22/10/2024

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Um sítio arqueológico forneceu mais evidências de que uma matriarca já comandou a antiga civilização Moche em do Peru costa noroeste.

A sala com pilares descoberta no Panamarca sítio arqueológico contém um trono de pedra desgastado e murais elaborados retratando uma mulher poderosa com uma coroa recebendo visitantes. A figura está ainda entrelaçada com uma lua crescente e criaturas marinhas.

Datada de mais de 1.300 anos, a descoberta pode indicar que uma mulher que era “possivelmente uma governante” morava no espaço, disse Jessica Ortiz Zevallos, diretora de pesquisa do projeto arqueológico.

“Uma sala do trono para uma rainha nunca foi vista antes em Panamarca, nem em qualquer outro lugar do antigo Peru”, disse um comunicado da equipe do local em setembro anunciando a descoberta, feita em julho.

Panamarca é o centro mais meridional da sociedade Moche, que viveu nos vales costeiros do norte do Peru entre cerca de 350 e 850 dC.

Uma sociedade matriarcal?

A descoberta faz eco à Senhora de Cao, uma mulher que teria governado Moche há 1.700 anos. Seu rosto foi reconstruído em 2017 usando impressão 3D com base no crânio de uma antiga múmia descoberta há mais de uma década no Vale de Chicama, descrito como o coração da cultura Moche.

A Senhora de Cao foi descrita pelos arqueólogos como a primeira mulher governadora conhecida no Peru.

Esta última descoberta acrescenta evidências crescentes de que as mulheres ocupavam posições de autoridade na sociedade Moche, não apenas devido às representações murais de uma figura semelhante a uma rainha, mas também à presença de cabelo humano e ao desgaste no trono de pedra.

“Panamarca continua a nos surpreender”, disse Lisa Trever, professora de história da arte na Universidade Columbia. “Não só pela criatividade incessante dos seus pintores, mas também porque as suas obras estão a derrubar as nossas expectativas sobre os papéis de género no antigo mundo Moche.”

Uma pessoa usando luvas azuis e um chapéu escava para revelar um pilar pintado
O conservador Rafael Gordillo Mendez revela a superfície pintada do pilar na sala do tronoImagem: Lisa Trever/PRIA Panamarca/REUTERS

Murais detalhados oferecem novos insights culturais

O sítio Panamarca, onde a sala do trono foi descoberta em julho, é conhecido por seus murais coloridos.

Uma sala adjacente com vista para uma praça foi apelidada de Câmara das Serpentes Trançadas devido a um mural de uma figura com pernas entrelaçadas com cobras. Vários outros murais na sala retratam guerreiros e um monstro perseguindo um homem.

“Tudo é pintado e finamente decorado com cenas e personagens mitológicos”, disse o arqueólogo José Ochatoma à Reuters sobre a sala que comparou à Capela Sistina do Vaticano, com seus afrescos bíblicos pintados pelo artista italiano Michelangelo.

Um local de escavação sem árvores cercava fazendas verdes
O sítio arqueológico de Panamarca onde arqueólogos descobriram evidências que podem apontar para uma mulher governando o vale costeiroImagem: Lisa Trever/PRIA Panamarca/REUTERS

As pinturas murais “capturaram cenas pertencentes à ideologia Moche”, disse Ochatoma, e são uma rara visão da cultura da região costeira antes da conquista espanhola da América do Sul.

“Estamos descobrindo uma iconografia que nunca foi vista antes no mundo pré-hispânico”, disse Ochatoma.

Após o declínio da civilização Moche, o império Inca mais tarde surgiu nas terras altas da mesma região.

As pinturas murais de Panamarca não são atualmente acessíveis aos turistas devido à sua fragilidade.

“Cobrimos as escavações para garantir a conservação a longo prazo deste importante património cultural”, disse Ochatoma.

Editado por: Davis VanOpdorp

Conhecimento antigo – a linguagem complicada dos Incas

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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