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Número de PCDs triplica no ensino superior do Brasil

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Em dez anos, o número de pessoas com deficiências (PcDs) no ensino superior brasileiro quase triplicou. Os dados mostram um salto de pouco mais de 10 mil, em 2013, para mais de 39 mil, em 2023.
O número de concluintes também cresceu: foram 12.659 formados no último ano, contra 3.795 uma década antes. Os avanços mostram que a educação inclusiva começou a se tornar realidade para mais brasileiros, com iniciativas como a Lei de Cotas.
Mas apesar dos números animadores, o cenário ainda é desafiador. A participação de PcDs na universidade ainda representa menos de 1% do total de estudantes.
Impacto das políticas
O salto no número de PcDs no ensino superior está diretamente ligado à Lei de Cotas, que passou a reservar vagas específicas para essa população com base no censo do IBGE.
Em cursos de pós-graduação, os dados também são expressivos: houve um crescimento de mais de 200% no número de matriculados com deficiência e de quase 380% nos formandos, segundo a Capes.
Os números mostram que, quando as políticas públicas são bem aplicadas, a inclusão se torna possível.
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Mais acolhimento
Mais do que obras ou tecnologias, é a atitude das pessoas que muitas vezes define se o ambiente é, de fato, inclusivo.
Para Diego Veiga, que é cadeirante e estudou em uma universidade particular de Brasília, o carinho de colegas e professores compensou as falhas estruturais.
“Durante o meu período acadêmico, tive aulas em dois prédios que não seguiam as normas de acessibilidade arquitetônica. Meus colegas de turma tinham que me subir por escadas longas para chegar nas salas de aula destes prédios, pois não havia elevador. Mas fora isso, a universidade tinha uma boa acessibilidade arquitetônica no geral”, destacou em entrevista ao R7.
Barreiras a serem superadas
Apesar dos bons resultados, a falta de acessibilidade estrutural é ainda um obstáculo.
Beatriz Fernandes, estudante cega de Ciência da Computação na Universidade Federal do Ceará, passou por situações parecidas com as do Diego.
“Assim que eu entrei eles adaptaram muitas coisas para mim. Mudaram a sala de aula para um único local, para eu ter um acesso melhor. E o meu secretário de curso, apesar de não ser da responsabilidade dele, faz comigo uma espécie de orientação de mobilidade pelos prédios que eu tenho mais acesso. Ele vai me ensinando a caminhar por ali, me mostrando algumas diferenças e eu vou caminhando com a bengala e tentando memorizar os caminhos para poder me locomover sozinha nas áreas comuns”, pontuou.
Muito o que fazer
Já para Flávia Roldan Viana, professora e especialista em educação especial, o crescimento é importante, mas ainda insuficiente.
Para ela, é necessário pensar além do acesso, e sim na permanência.
“Apesar do aumento no número de estudantes PcD ingressando no Ensino Superior, o que considero um índice ainda aquém do esperado, a baixa taxa de conclusão indica que o acesso não se traduz em permanência e sucesso”, finalizou.
Apesar do número ter aumento, ainda há desafios a serem superados. – Foto: Arquivo pessoal
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Ufac sediará 57º Fórum Nacional dos Juizados Especiais — Universidade Federal do Acre

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8 de outubro de 2025
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, representou a reitora Guida Aquino ao receber a visita da juíza de Direito Evelin Bueno, coordenadora da comissão organizadora do Fórum Nacional dos Juizados Especiais (Fonaje) e representante do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). O encontro ocorreu nesta terça-feira, 7, no gabinete da Reitoria, campus-sede.
A reunião teve como objetivo discutir uma possível parceria entre o TJ-AC e a Ufac para a realização do 57º Fonaje, previsto para ocorrer entre os dias 27 e 29 de maio de 2026, em Rio Branco. O evento é um dos maiores do Poder Judiciário brasileiro e reúne magistrados, professores e profissionais do direito de todo o país para debater e aperfeiçoar o sistema dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
Carlos Paula de Moraes manifestou apoio à proposta e ressaltou que a universidade busca fortalecer parcerias institucionais em eventos de relevância nacional. “A Ufac tem compromisso social e coloca sua estrutura à disposição para iniciativas que promovam conhecimento e integração. Essa parceria reforça o papel da universidade como espaço de cultura, ciência e diálogo com a sociedade.”
Durante a conversa, a juíza Evelin Bueno destacou a importância de o Acre sediar, pela primeira vez, um evento dessa dimensão. “Em 30 anos de existência, o Fonaje nunca foi realizado no Acre. Será uma oportunidade para mostrar a competência dos profissionais do Estado e a qualidade do nosso sistema jurídico.”
Ela explicou que a comissão organizadora pretende realizar o encontro no campus-sede, utilizando o Teatro Universitário e o Centro de Convenções, pela estrutura e localização adequadas. “A Ufac é o espaço mais apropriado para um evento dessa natureza. Além da parte científica, queremos agregar uma programação cultural e gastronômica que valorize as potencialidades do Acre e proporcione uma experiência completa aos visitantes.”
Ao final da visita, ficou definido que o TJ-AC encaminhará, nos próximos dias, o pedido formal de reserva dos espaços da Ufac para a realização do evento em 2026. Neste ano, o 56º Fonaje ocorrerá de 12 a 14 de novembro, em Porto Alegre, sediado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). O tema do evento será “Resgate dos Ritos dos Juizados Especiais e os Desafios Atuais”.
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PET-Educação Física resgata jogos e brincadeiras no Taquari — Universidade Federal do Acre

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7 de outubro de 2025
O Programa de Educação Tutorial (PET) de Educação Física da Ufac realiza o projeto de extensão Resgatando Jogos e Brincadeiras Tradicionais, no Taquari, em Rio Branco, em parceria com a Igreja Batista do bairro, a qual cede o espaço e materiais para as atividades, que iniciaram em julho deste ano.
Estudantes de Educação Física trabalham com crianças e adolescentes no bairro, visando resgatar jogos e brincadeiras que fazem parte da memória cultural de diferentes gerações, proporcionando momentos de lazer, socialização e desenvolvimento motor, além de favorecer a convivência coletiva e a transmissão de saberes populares e tradicionais.
“Ao unir esforços entre universidade, comunidade e instituições locais, o PET-Educação Física desempenha um papel importante na extensão universitária ao promover a valorização cultural e o bem-estar social de crianças e adolescentes, ao mesmo tempo em que contribui para a formação cidadã dos acadêmicos envolvidos”, comentou a tutora do PET-Educação Física, professora Eliane Elicker.
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Hospital Sírio-Libanês faz encontro na Ufac sobre melhoria do SUS — Universidade Federal do Acre

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1 dia atrásem
7 de outubro de 2025
A Ufac sediou a cerimônia de abertura do Encontro Regional para Apresentação dos Projetos de Intervenção, promovido pelo Hospital Sírio-Libanês em parceria com o Ministério da Saúde, no âmbito do Programa de Desenvolvimento da Gestão do Sistema Único de Saúde (DGPSUS). O evento ocorreu na quinta-feira, 2, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.
O encontro reuniu especialistas dos cursos de preceptoria do SUS e de gestores de programas de residência, oferecidos pelo Hospital Sírio-Libanês em todo o país. Em Rio Branco, participam 40 profissionais que atuam diretamente no fortalecimento dos programas de residência médica e multiprofissional no Acre.
Para a reitora Guida Aquino, a atuação com o Hospital Sírio-Libanês representa um avanço significativo na formação e gestão dos programas de residência. “É uma parceria muito importante entre universidade, Estado e o Sírio-Libanês, que certamente trará uma melhor gestão e qualificação para nossos profissionais de saúde e docentes”, afirmou.
Para Kássia Veras Lima, facilitadora de aprendizagem, e Célia Márcia Birchler, facilitadora do curso de especialização em Preceptoria do SUS e representantes do Hospital Sírio-Libanês, o diferencial do DGPSUS está em unir a formação individual dos especialistas com a entrega social dos projetos de intervenção. Esses projetos são concebidos e implementados pelos participantes a partir das necessidades vividas e sentidas no território.
Também participaram da mesa de abertura o professor Osvaldo Leal; o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, George Eduardo Carneiro Macedo; e a presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), Sóron Angélica Steiner.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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