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OPINIÃO

O abestado do interior agora é o queridinho de Rio Branco

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Por Ailton Oliveira*

“Se eu soubesse que esse abestado tinha tanto voto no Vale do Acre e em Rio Branco, eu tinha feito uma campanhazinha para ele aqui no Juruá e ele teria ganhado” essa frase dita pelo ex prefeito de Cruzeiro do Sul, Wagner Sales, logo após Tião Bocalom perder as eleições em 2010 para o Governo do Estado, revelou que Wagner, igualmente a outras liderânças, não encampamparam a campanha de Bocalom e que começava a se destacar um político que mesmo sem dinheiro, enfrentava a máquina pública em campanhas eleitorais e a cada votação fazia história.

Depois de perder duas eleições por apenas meio pontos percentuais (2010 para governo e 2012 para prefeito), Tião Bocalom em sua sexta eleição Majoritária, desta vez para prefeito de Rio Branco, não venceu no primeiro turno por falta de meio pontos percentuais de votos. Mas uma coisa ficou bem clara este ano, o “Abestado do interior” se tornou o queridinho da Capital do Acre.

Acompanhando muitas campanhas como profissional de imprensa, vi alegria na campanha de Edmundo Pinto para o governo em 1990. Acompanhado de um músico com um tambor, Edmundo, fazia a festa aonde chegava. Na campanha de Jorge Viana para prefeito em 1992, quando o novato político caiu nas graças do povo como o rapazinho bonito de boas ideias e promessas de geração de emprego, também tinha muita alegia. Mas foi neste ano de 2020 que vivi a mais empolgante de todas as campanhas. Era contagiante a energia de Bocalom nas ruas nos bandeiraços e carreatas e, a manifestação popular em favor de seu nome para prefeitito de Rio Branco. “Bocalom, essa é a sua vez” era a frase mais dita. Desde um Senador da República às pessoas mais simples da cidade, o sentimento era um só, Bocalom tem que ser prefeito, ele merece, Rio a Branco precisa produzir para empregar.

Depois de se apresentar ao eleitor com os números 45 (PSDB), 25 (DEM), 17 (PSL), legenda pela qual foi candidato a deputado Federal e obteve 22 mil votos, mas não se elegeu, Tião Bocalom se elege prefeito da Capital do Acre com o número 11 (PP), partido pelo qual foi eleito para seu primeiro mandato de prefeito em Acrelândia.

Tião Bocalom, com 67 anos de idade, chega como o novo da política, ou a nova política. Antes mesmo de assumir já começa fazendo história. Foi o quinto mais votado das capitais do Brasil, e o único a ser prefeito no interior do Estado e na Capital e, em reunião com os vereadores eleitos e reeleitos disse que quer ser fiscalizado. Não vai intervir na eleição da Mesa Diretora e quer como base na Câmara Municipal os 17 vereadores.

Esta semana o prefeito eleito já esteve em Brasília para reunião com o Governador Gladson Cameli, que manifestou apoio à sua gestão na prefeitura de Rio Branco, e esteve com o Senador Márcio Bittar (MDB), que é o relator do orçamento da União. As promessas de apoio são muitas, para aquele que se tornou a esperança política na gestão pública para o povo de Rio Branco.

Ailton Oliveira é repórter. 

CRISE

OPINIÃO: Xenofobia no Parlamento veste terno e gravata

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https://camara.joinville.br/noticias/comissao-especial-propoe-modelo-inspirado-em-chapeco-para-reduzir-populacao-em-situacao-de-rua/
Foto de capa [https://camara.joinville.br/noticias/comissao-especial-propoe-modelo-inspirado-em-chapeco-para-reduzir-populacao-em-situacao-de-rua/]
Recentemente, o vereador Mateus Batista, da cidade de Joinville–SC, proferiu declarações que ultrapassam todos os limites do aceitável em uma democracia. 
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O vereador criticou a migração de pessoas do Norte e Nordeste para Joinville, chamando o Pará de “lixo” e defendeu um controle rígido sobre a entrada de novos moradores para a cidade não se transformar num “favelão”.
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Esse tipo de discurso não é apenas moralmente repulsivo. É ilegal. A Constituição de 1988, em seu artigo 5º, garante a todos os brasileiros o direito de ir e vir livremente pelo território nacional. O artigo 3º estabelece como objetivo fundamental da República promover o bem de todos, “sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. E o artigo 19 proíbe qualquer ente federativo de criar distinções entre brasileiros.
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A fala do vereador configura xenofobia — preconceito contra pessoas de outras regiões do país — e pode ser enquadrada na Lei n.º 7.716/1989, que trata dos crimes de racismo e preconceito de procedência nacional. Com as atualizações recentes, a injúria racial coletiva passou a ser considerada crime de racismo, imprescritível e inafiançável. 
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Mais grave ainda é que essas declarações foram feitas por um agente público, eleito para representar todos os cidadãos de sua cidade. Quando um parlamentar utiliza seu cargo para disseminar preconceito, ele quebra o decoro exigido pela função. E isso, segundo o Decreto-Lei n.º 201/1967, é motivo legítimo para cassação de mandato. 
Há precedentes. Vereadores em outras cidades brasileiras já foram cassados por declarações racistas e xenofóbicas. A democracia exige limites claros: liberdade de expressão não é liberdade para discriminar. 
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O Brasil é uma nação plural, formada por povos de todas as regiões, culturas e histórias. O Norte e o Nordeste são berços de resistência, arte, saberes ancestrais e contribuições fundamentais para a identidade nacional. Reduzir essas regiões a estereótipos ofensivos é não apenas ignorância — é um ataque direto à dignidade de milhões de brasileiros. 
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Diante disso, é urgente que o Ministério Público, a Câmara Municipal de Joinville e os órgãos de controle legislativo tomem providências. A impunidade institucionaliza o preconceito. E a democracia não pode tolerar isso. Santa Catarina é terra de diversidade. O Brasil é um país de todos. E o Parlamento — seja municipal, estadual ou federal — deve ser espaço de respeito, não de segregação.
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Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

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OPINIÃO

OPINIÃO: Taxação dos super-ricos

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Foto de capa [internet]

O novo slogan do governo é malicioso, pois dá a impressão aos incautos cidadãos de que os super-ricos não pagam impostos no país, quando isso não é verdade.

Os super-ricos sempre pagaram impostos – banqueiros, grandes empresários, donos de conglomerados, etc. Essas pessoas estão no topo de estruturas que empregam milhares ou até milhões de pessoas. Mas o ponto mais debatido é quanto pagam e como pagam.

Muitos têm acesso a estratégias legais de planejamento tributário, como:

– Offshores e paraísos fiscais para reduzir o imposto sobre lucros e patrimônios.

– Investimentos em incentivos fiscais, como imóveis ou ações que têm tratamento especial.

– Uso de fundos exclusivos e trusts que diferem ou minimizam a incidência de tributos.

A honestidade política recomenda jogar limpo e não mostrar à sociedade uma mentira travestida de verdade.

Quando o governo não faz o dever de casa, ajustando as suas despesas para sobrar dinheiro para cumprir os seus compromissos, não é justo convocar a sociedade para pagar essa conta por meio da cobrança de IOF.

A engenharia do governo é muito hábil para criar impostos e incompetente para encontrar soluções factíveis sem onerar o cidadão.

Os esquerdistas/socialistas/comunistas pregam que os ricaços pagam menos impostos, o que é uma falácia, e que o país precisa fazer justiça tributária. Essa é uma narrativa de quem só quer receber de quem tem mais.

Ora, se a riqueza dos que têm mais foi construída honestamente, não faz sentido o governo pretender onerar mais essa faixa social.

O que o governo brasileiro tem de fazer, e não faz, é corrigir os seus gastos públicos perdulários, por exemplo, com a ilha da fantasia Brasília, em que o Executivo, Legislativo e Judiciário estão montados em privilégios e benesses públicas.

Por outro lado, pelo que dispõe o princípio constitucional da igualdade de tratamento, todos, pobres e ricos, deveriam pagar a mesma taxa de imposto, pois é o que diz a CF.

Vale aqui, para reflexão, dois pensamentos:1.”A pior forma de igualdade é tentar tornar iguais duas coisas diferentes” (Aristóteles, momentos de filosofia). 2.”Sociologia é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja, e o seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria” (Winston Churchill)”.

Outra mentira divulgada pelos esquerdistas, que adoram viver no mundo capitalista, é que no Brasil quem ganha mais paga menos impostos. Pelo art. 5º da CF, todos devem ser tratados da mesma forma, ou seja, as alíquotas de impostos deveriam ser iguais para todos. Assim, quem ganha menos paga menos (2% sobre 100 reais é igual a 2 reais) e quem ganha mais paga mais (2% sobre 1000 reais é igual a 20 reais).

Júlio César Cardoso

Servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC

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OPINIÃO

OPINIÃO: Aos ditadores de Donald Trump no Brasil

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Donald Trump confirma o aumento das tarefas aduaneiras sobre as importações da China, México e Canadá
Foto de capa [internet]

Independentemente de ideologia político-partidária, somos brasileiros e devemos reagir contra qualquer nação que queira se intrometer em nosso país, desrespeitando a nossa Justiça e o nosso governo, eleito democraticamente.

Não tem sentido nem autoridade um governo estrangeiro se posicionar do lado de um ex-presidente rebelde, derrotado nas urnas legalmente, que pretendia dar um golpe no Brasil e está sendo processado, de forma transparente, pela Justiça brasileira.
Somente impatriotas, que fingem ser brasileiros, mas têm coração americano e batem continência à bandeira dos EUA, podem se render e aceitar a ingerência americana no país.
Aos falsos brasileiros, principalmente à ala política bolsonarista no Congresso Nacional e ao governador de São Paulo – os ditadores de Trump, no Brasil: por que não arrumam as malas e vão fazer as cortes do governo americano?O “bananinha”, deputado fujão e traidor igual ao pai, já foi para os Estados Unidos. E vocês, ditadores tupiniquins de Trump, também não vão se mandar? Podem vazar, porque já estão perdendo tempo.

A recíproca será verdadeira sem nenhum medo. A taxação às mercadorias brasileiras será respondida na mesma proporção.

Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC

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