POLÍTICA
O exemplo do Brasil que Trump quer evitar, e que e…

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Matheus Leitão
A prisão da juíza Hannah Dugan, em Wisconsin, nos EUA, na semana passada, por supostamente impedir a detenção de um imigrante, marca um ponto de virada na política norte-americana: ao tornar a magistrada alvo de retaliações, o presidente Donald Trump investe diretamente contra a independência do Poder Judiciário – agora, sem vergonha de deixar transparecer seu projeto autoritário.
Desde o início do segundo mandato, Trump intensificou ataques a juízes que barraram suas ordens executivas, especialmente nas áreas de imigração e direitos civis. A retórica presidencial, que inclui ameaças de impeachment e deslegitimação pública, é acompanhada de ações que desrespeitam decisões judiciais, como o uso do Alien Enemies Act para deportações sumárias, em ofensa ao devido processo legal.
Antes disso, a administração Trump lançara decretos para determinar à procuradora-geral dos EUA (DOJ), Pamela Bondi, que buscasse sanções contra escritórios de advocacia que teriam se envolvido em litígios “frívolos, irracionais e vexatórios” contra os EUA. Trata-se de uma tentativa escancarada de intimidar os profissionais do Direito – e, mais do que isso, de minar os freios e contrapesos da república.
A iniciativa de Trump tem uma intencionalidade clara: evitar que se repita nos EUA o que sucedeu em outras partes do globo, em que aventuras ditatoriais foram barradas pelo Poder Judiciário, como é o caso do Brasil. Aqui, o STF, não obstante alguns exageros, impediu a intentona golpista que buscava reeditar o trevoso período militar.
Trump conhece bem a situação do Brasil, não apenas pela proximidade com a família Bolsonaro, que manipula sem dificuldade, conforme a conveniência, mas também por se envolver em uma briga com o ministro Alexandre de Moraes – processado nos EUA por uma de suas empresas.
O presidente norte-americano tem a certeza de que o regime democrático só não sucumbiu no Brasil porque, entre outros motivos, há juízes em Brasília. Daí a sua pretensão de calar, na América do Norte, toda e qualquer caneta que se levante contra seus desígnios.
Na realidade, democracias podem até sobreviver a presidentes com vocações despóticas, todavia, não duram muito quando seus juízes estão atados por interesses políticos e econômicos. A história demonstra que não há Estado de Direito possível onde os tribunais se ajoelham – e é exatamente isso que Trump tenta impor, com métodos cada vez mais explícitos.
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POLÍTICA
CPMI do INSS deve causar estrago ainda maior ao go…

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2 semanas atrásem
5 de maio de 2025
Marcela Rahal
Como se não bastasse a ideia de uma CPI na Câmara, ainda a depender do aval do presidente Hugo Motta (o que parece que não deve acontecer), o governo pode enfrentar uma investigação para apurar os desvios bilionários do INSS nas duas Casas.
Já são 211 assinaturas de parlamentares a favor da CPMI, 182 deputados e 29 senadores, o suficiente para o início dos trabalhos. A deputada Coronel Fernanda, autora do pedido na Câmara, vai protocolar o requerimento nesta terça-feira, 6. Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, convocar o plenário para a leitura da proposta e, consequentemente, a criação da Comissão.
Segundo a parlamentar, que convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 14h30, agora o processo deve andar. O governo ficará muito mais exposto com um escândalo que tem tudo para ficar cada vez maior, segundo as investigações ainda em andamento.
O desgaste será inevitável. O apelo do caso é forte e de fácil entendimento para a população. O assalto bilionário aos aposentados e pensionistas do INSS.
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POLÍTICA
Com fortes dores, Antonio Rueda passará por cirurg…

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2 semanas atrásem
5 de maio de 2025
Ludmilla de Lima
Presidente da Federação União Progressista, Antonio Rueda passará por uma cirurgia nesta segunda-feira, 05, devido a um cálculo renal. Por causa de fortes dores, o procedimento, que estava marcado para amanhã, terá que ser antecipado. Antes do anúncio da federação, na terça da semana passada, ele já havia sido operado por causa do problema, colocando um cateter.
Do União Brasil, Rueda divide a presidência da federação com Ciro Nogueira, do PP. Os dois partidos juntos agora têm a maior bancada do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores. O PP defendia que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ficasse no comando do bloco, mas o União insistia no nome de Rueda. A solução foi estabelecer um sistema de copresidentes, que funcionará ao menos até o fim deste ano.
A “superfederação” ultrapassa o PL na Câmara – o partido de Jair Bolsonaro tem 92 deputados – e se iguala ao PSD e ao PL no Senado. O poder do grupo, que seguirá unido nos próximos quatro anos, também é medido pelo fundo partidário, de R$ 954 milhões.
A intensificação das agendas políticas nos últimos dias agravou o quadro de saúde de Rueda, que precisou também cancelar uma viagem ao Rio.
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POLÍTICA
Os dois bolsonaristas unidos contra Moraes para pu…

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5 de maio de 2025
Matheus Leitão
A mais nova dobradinha contra Alexandre de Moraes tem gerado frisson nas redes bolsonaristas, mas parece mesmo uma novela de mau gosto. Protagonizada por Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três licenciado da Câmara, e Paulo Figueiredo, neto do último general ditador do Brasil, os dois se uniram para tentar punir o ministro do Supremo Tribunal Federal nos EUA.
Em uma insistente tentativa de se portarem com alguma relevância perante o governo Donald Trump, os dois agora somam posts misteriosos de Eduardo com promessas vazias de Figueiredo após uma viagem por alguns dias a Washington.
Um aparece mostrando, por exemplo, a lateral da Casa Branca em um ângulo no qual parece, pelo menos nas redes sociais, a parte interna da residência oficial do presidente dos Estados Unidos. O outro promete que as sanções ao ministro do STF estão 70% construídas e pede mais “72 horas” aos seus seguidores.
“Aliás, hoje aqui de manhã, eu tive um [inaudível] com eles, no caso o Departamento de Estado especificamente, e o termo que usaram para mim foi: olha, nós não queremos criar excesso de expectativa, mas nós estamos muito otimistas que algo vai acontecer e a gente vai poder fazer num curto prazo”, disse Paulo Figueiredo.
A ideia dos dois é que, primeiro, Alexandre de Moraes, tenha seu visto cancelado e não possa mais entrar nos Estados Unidos. Depois, que ele tenha algumas sanções econômicas, caso tenha bens nos Estados Unidos, como o bloqueio financeiro a instituições do país, como empresas de cartão de crédito.
“O que eu posso dizer para você é que a gente nunca esteve tão perto. Eu não posso dizer quando e nem garantir que vão acontecer”, prometeu ainda Paulo Figueiredo. A novela ainda vai ganhar novos ares nesta semana com a chegada de David Gamble, coordenador para Sanções do governo de Trump, ao Brasil nesta semana.
A seguir as cenas dos próximos capítulos…
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