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O genocídio negro que se aprofunda no Brasil desde…

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Matheus Leitão

Músicos brasileiros como Edi Rock, cuja obra tem raízes na periferia, já afirmaram há alguns anos que foram vitimas de discriminação. Edi, todavia, foi mais enfático na letra de uma música: “a polícia é racista mais do que ninguém”.

Nos últimos dias, a Polícia Militar do estado de São Paulo provou que essa é uma verdade que tem raízes profundas nas mazelas da história do Brasil.

A política de não reparação ao povo negro após a escravidão, como já dito aqui em algumas colunas, e a falta de uma justiça de transição após a ditadura militar são as forças motrizes da desigualdade social e da violência policial.

A questão é que o povo negro é o principal alvo desse pacto histórico da branquitude brasileira, entre dois períodos de horrores da História.

As cenas chocantes da PM no estado de São Paulo, seja com policiais dando 11 tiros pelas costas, tacando um homem de uma ponte, espancando uma vítima após a perseguição de uma moto ou mesmo com os tiros a esmo, mas na direção de crianças negras, são o retrato cínico da pior face da sociedade brasileira.

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O secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, ao comentar as violências policiais dos últimos dias, usou uma palavra racista. “Ações isoladas como essa não podem denigrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bom serviço no estado”.  

O país parece estar piorando.

Não é possível que, a cada 12 minutos, uma pessoa negra seja assassinada no país nos últimos 11 anos, de acordo com o Atlas da Violência de 2024, sem que haja uma reação.

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No ano passado uma pessoa negra foi assassinada a cada quatro horas no Brasil, segundo redes de observatórios de segurança. A Bahia, governada pelo PT, lidera o ranking dos assassinatos em 2023: 1702 pessoas, sendo 94% pessoas negras.

É um genocídio.

Quando lideranças do movimento negro falam essa palavra não é exagero. Ainda assim o que colhem como resposta é apenas o desconforto, quando não acontece o pior: as reações racistas.

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Mas é essa a verdade. Eles estão certos.

A política do estado depois da abolição foi a de extermínio do povo negro – e isso está registrado em documentos, jornais, discursos de parlamento e etc.

Até quando viveremos essa realidade sem de fato mudarmos o que nos cerca?



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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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