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O linguista nigeriano que aproximou a Europa e a África – DW – 18/03/2025

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O linguista nigeriano que aproximou a Europa e a África - DW - 18/03/2025

A comunidade acadêmica está de luto pela perda do professor emérito Norbert Cyffer, que é conhecido por sua extensa pesquisa sobre idiomas africanos, particularmente Kanuri.

Linguista há muito estudou Kanuri, falado por aproximadamente 10 milhões de pessoas NigériaAssim, CamarõesAssim, Níger e Chademas pequenos trabalhos acadêmicos foram publicados no idioma. As contribuições de Cyffer enriqueceram a bolsa linguística e levantaram questões importantes sobre o futuro dos estudos de idiomas africanos na Europa.

Línguas africanas: um campo negligenciado na academia?

Quando ele encontrou Kanuri pela primeira vez, Cyffer ficou impressionado com seu vasto número de falantes e sua falta de atenção acadêmica. Em um relatório de 2015 intitulado “Em nome da gramática”, que ele co-autor de outros estudiosos, Cyffer apontou que, apesar de ter um número comparável de falantes com o finlandês, Kanuri “permanece negligenciado na pesquisa acadêmica”.

Determinado a mudar isso, ele passou mais de quatro décadas estudando a gramática de Kanuri, a documentação do idioma e seu papel como segunda língua. A partir do final da década de 1960, Cyffer passou um tempo com comunidades de língua Kanuri, gravou seu idioma e música em um momento em que muito poucos acadêmicos o aventuraram nessas regiões. Suas gravações também lançaram luz sobre a diversidade cultural das regiões de fronteira da Nigéria com o Níger e o Chade. Os esforços de Cyffer também contribuíram para o desenvolvimento do dicionário de Kanuri, consolidando ainda mais seu papel no avanço da visibilidade do idioma.

Refletindo sobre as contribuições de Cyffer, Tukur Abba, professor sênior de lingüística da Universidade Bayero de Kano e ex -aluno de Cyffer, lembrou -se de um momento decisivo no campo. Durante o tempo de Cyffer na Nigéria, ele desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da primeira ortografia padrão de Kanuri (SKO), um sistema de ortografia amplamente usado que continua a servir como uma referência linguística. Antes disso, não havia ortografia ou ortografia padrão de Kanuri.

Foto de arquivo mostra Norbert Cyffer, que colaborou com as universidades de Viena, Praga e Maiduguri em sua pesquisa com base na Nigéria
Cyffer colaborou com as universidades de Viena, Praga e Maiduguri em sua pesquisa baseada na NigériaImagem: Clemens Gütl

Preencher a lacuna entre a lingüística africana e européia

Além de sua pesquisa, Cyffer era amplamente considerado um mentor e uma figura-chave na promoção da colaboração entre continentais. Sua orientação, de acordo com estudiosos como o ABBA, moldou as carreiras de muitos linguistas africanos emergentes, fortalecendo os laços acadêmicos entre a África e a Europa.

“Norbert Cyffer era uma ponte. Ele foi a razão pela qual Kanuri ficou conhecido pelos estudiosos europeus”, disse Abba.

Sua influência se estendeu além da África, inspirando estudiosos da Europa a estudar Kanuri e outras línguas africanas.

“Hoje, seus alunos estão espalhados pela Europa”, observou Abba. “E nós, na África, mantemos laços estreitos com eles, garantindo uma sensação de continuidade em seu trabalho”.

As publicações de Cyffer, incluindo “A Sketch of Kanuri” e “The Kanuri Language: A Reference Grammar” continuam sendo textos fundamentais no campo dos estudos de Kanuri.

O que está por vir?

A morte de Cyffer é uma perda profunda, mas não sinaliza o fim dos estudos da língua kanuri.

“Sua partida marca um novo começo”, argumenta Abba, enfatizando a responsabilidade da comunidade linguística global de levar adiante seu trabalho.

O desafio agora está em garantir que o estudo das línguas africanas continue sendo uma prioridade acadêmica. As contribuições de Cyffer abriram o caminho, mas também permitiram futuros estudiosos na África e além de sustentar e expandir esse conhecimento, mantendo intacta a ponte entre os continentes.

Norbert Cyffer com os professores nigerianos Andrew Haruna e Umara Bulakarima
Norbert Cyffer com os professores nigerianos Andrew Haruna (à esquerda) e Umara Bulakarima da Universidade de Maiduguri. Quando a situação de segurança no norte da Nigéria se tornou perigosa em 2013, os pesquisadores tiveram que se encontrar em Viena Imagem: Privat



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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

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A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

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Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



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China lança banda larga 10G; a primeira e mais rápida do mundo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Na vanguarda sempre, os chineses surpreendem mais uma vez. A China lança a primeira banda larga 10G do mundo. A expectativa é oferecer velocidades de download de até 9.834 Mbps, velocidades de upload de 1.008 Mbps e latência de 3 milissegundos, muito maiores do que as usadas atualmente.

Com o 10G vai ser possível baixar em apenas 20 segundos um filme completo em 4K (com cerca de 20 GB), que normalmente leva de 7 a 10 minutos em uma conexão de 1 Gbps.

A tecnologia de Rede Óptica Passiva (PON) 50G, que abastece a rede 10G, melhora a transmissão de dados pela infraestrutura – de fibra óptica atual.

Trabalho em parceria

A inovação foi anunciada, no Condado de Sunan, província de Hebei. O lançamento é resultado de um trabalho colaborativo da Huawei e da China Unicom.

Essa tecnologia permitirá, por exemplo, o uso de nuvem, realidade virtual e aumentada, streaming de vídeo 8K e integração de dispositivos domésticos inteligentes, tudo de uma só vez.

Com essa iniciativa, a China supera a banda larga comercial em países, como Emirados Árabes e Catar, de acordo com o Times of India.

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Expectativas de aplicações sociais

A implementação da banda larga 10G deve facilitar avanços em setores sociais, como saúde, educação e agricultura por intermédio da transmissão de dados mais rápida e confiável.

De acordo com os engenheiros e pesquisadores envolvidos, essa tecnologia será usada em aplicados “exigentes” de alta velocidade.

Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik Com a banda larga 10G, a China se coloca à frente dos Emirados Árabes e do Catar em tecnologia comercial. Foto: Freepik



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