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O Museu Cernuschi conta a história do nascimento da arte indochinesa em Hanói
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1 ano atrásem
Em 27 de outubro de 1924, enquanto o Vietnã estava sob o protetorado francês, foi criado em Hanói um estabelecimento de formação artística, a Escola Superior de Belas Artes da Indochina (EBAI). Para o seu fundador, o pintor Victor Tardieu (1870-1937), representante da administração colonial, tratava-se de fazer surgir uma geração de artistas plásticos – e futuros professores – num país onde não existe a noção de artista n, onde a criação permanece considerada como artesanato.
Vencedor do Prêmio Indochina, Victor Tardieu, ele próprio formado nas Belas Artes de Lyon, depois em Paris, descobriu Hanói graças à bolsa que obteve em 1920. Seu encontro com um jovem vietnamita, Nguyen Van Tho, disse Nam Son (1890 -1973), um artista autodidata curioso em descobrir a arte ocidental, convenceu-o a abrir um estabelecimento onde os alunos, selecionados através de concurso – dez no máximo por turma – pudessem adquirir, ao longo de um curso de cinco anos, conhecimentos técnicos e culturais formação equivalente à das Beaux-Arts de Paris.
Dupla cultura
Além dos cursos de história da arte, os alunos seriam treinados nos fundamentos da educação artística ocidental: desenho acadêmico, perspectiva, modelagem, composição. Isto sem romper com a sua arte tradicional – laca, pintura em seda… O estabelecimento, inaugurado em 1925, tem como lema este pensamento de Auguste Rodin: “Uma arte que tem vida não reproduz o passado, ela o dá continuidade. »
Como aponta o historiador Pierre Paliard em seu livro Uma arte vietnamita: pensando em outras modernidades (L’Harmattan, 2014, 2021), a iniciativa não é excepcional, “faz parte de um movimento muito geral de difusão de uma cultura europeia moderna”. No entanto, não deixará de suscitar oposição entre aqueles para quem a “missão civilizadora” da França justifica indevidamente a supervisão política e económica do país.
Para assinalar o 100º aniversário da criação da escola Charlotte Aguttes-Reynier diretora associada da casa de leilões Aguttes publica um livro ricamente ilustrado Arte Moderna na Indochina (In Fine, 432 p., 75 €), que relembra a criação do estabelecimento, a sua pedagogia, e centra-se em alguns dos artistas que por lá passaram. Entre os quais Lê Phô (1907-2001), Mai-Thu (1906-1980) e Vu Cao Dam (1908-2000), os mais ilustres, que têm a particularidade de terem feito carreira em França, à qual pertence o Museu Cernuschi, em Paris, dedica uma exposição, no âmbito deste aniversário. Isto esclarece, em 150 obras e documentos de arquivo, o papel da escola de Hanói no surgimento de uma arte que sintetiza a herança vietnamita e as influências ocidentais.
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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