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O naufrágio de um cargueiro russo no Mediterrâneo deve-se a um “ataque terrorista”, afirma a empresa proprietária, sem apoiar os seus comentários

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O cargueiro russo “Ursa Major” durante uma operação de vigilância levada a cabo pela Marinha Portuguesa ao longo da zona económica exclusiva continental ao largo da costa de Portugal. Foto divulgada pela Marinha Portuguesa em 22 de dezembro de 2024.

O naufrágio do cargueiro russo Ursa Maior no Mediterrâneo é devido a uma “ataque terrorista”afirmou, quarta-feira, 25 de dezembro, a empresa Oboronlogistika, proprietária do navio, sem dizer quem o teria perpetrado, nem porquê. “Três explosões consecutivas” soou, o que fez o navio rolar e “entrada de água”acrescentou ela, citando os testemunhos dos sobreviventes.

De acordo com o resgate marítimo espanhol, Ursa Maior “emiti uma chamada de alerta” na noite de segunda-feira, 23, para terça-feira, 24 de dezembro, a cerca de 105 quilómetros da costa de Almería, num cenário de “más condições climáticas”. O navio cargueiro, com 16 tripulantes a bordo, todos cidadãos russos, acabou “naufragado após uma explosão em sua casa de máquinas”anunciou a unidade de crise do Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado de imprensa publicado na manhã de terça-feira.

Quatorze marinheiros foram resgatados e levados ao porto espanhol de Cartagena e “faltam dois”adicionou esta mesma fonte.

Um navio com destino a Vladivostok

De acordo com o resgate marítimo espanhol, o navio de resgate Draco e o navio polivalente Clara Campoamorbem como um helicóptero foram enviados ao local para resgatar os marinheiros. Um navio de guerra russo chegou à zona e encarregou-se das operações de resgate, que lhe foram transferidas pelas autoridades espanholas, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, segundo a mesma fonte.

O cargueiro partiu da cidade de São Petersburgo (noroeste da Rússia) em 11 de dezembro e deveria chegar a Vladivostok (Extremo Oriente russo) em 22 de janeiro. de acordo com o site MarineTraffic.com.

Segundo a empresa Oboronlogistika, Ursa Maior carregava guindastes portuários e tampas de escotilhas para quebra-gelos. “Para garantir a estabilidade do barco (…)os contêineres foram colocados em seu convés inferior como peso morto adicional”afirmou num comunicado de imprensa esta empresa, que depende do Ministério da Defesa russo, mas também fornece serviços civis de transporte e logística.

A “Ursa Maior” sob sanções americanas

Este cargueiro e a empresa Oboronlogistika foram colocados sob sanções americanas em maio de 2022, após o início da invasão russa na Ucrânia, de acordo com um comunicado do Departamento de Estado.

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Oboronlogistika afirmou no dia 20 de dezembro que a viagem de seu navio participou do desenvolvimento do “Rota do Mar do Norte”. Esta rota marítima no Árctico tem sido desenvolvida há anos pela Rússia, que espera utilizá-la como um novo circuito comercial que ligue a Europa e a Ásia, em particular para entregar os seus hidrocarbonetos.

O mundo com AFP

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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