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O novo plano de exploração de Marte da Nasa – 12/01/2025 – Mensageiro Sideral

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A Nasa apresentou no fim do ano passado sua estratégia para a futura exploração robótica de Marte, e o novo plano é ter muitas missões de baixo custo, voando sempre que possível.

É verdade que o planeta vermelho anda meio esquecido, com a priorização do retorno à Lua e a confusão toda com a missão de retorno de amostras marcianas, mas a agência espacial americana ainda tem o quarto mundo a contar do Sol como um de seus focos mais importantes de estudo.

O documento de 154 páginas tenta projetar o que serão os próximos 20 anos de exploração de Marte, concentrado em três temas. O primeiro seria, segundo Becky McCauley Rench, cientista da divisão de ciência planetária da agência e uma das líderes do trabalho, “explorar o potencial para vida marciana”, ou seja, procurar evidências de vida, passada ou presente, no planeta vermelho.

O segundo tema é “suporte à exploração humana de Marte” –um campo que deve ganhar prioridade dentro da agência, sobretudo com a perspectiva de uma influência grande de Elon Musk (que tem por objetivo declarado promover a colonização marciana) na nova gestão de Donald Trump. O programa robótico da Nasa buscaria tarefas a serem realizadas como forma de otimizar uma futura viagem tripulada.

O terceiro, por fim, é “revelar Marte como um sistema planetário dinâmico”, ou seja, entender de forma minuciosa a origem, evolução e estado atual do planeta, com uma ênfase no nascente campo da planetologia comparada, que contrasta as diferentes rotas tomadas por cada mundo, no Sistema Solar e além dele, ao longo de seus bilhões de anos de existência. “Queremos aprender tanto sobre Marte quanto sabemos sobre a Terra”, diz Rench.

Como fazer isso? Com muitas missões de pequeno porte e baixo custo, lançadas em todas as ocasiões possíveis –uma janela para voos da Terra a Marte se abre a cada 26 meses, em razão do movimento constante dos dois planetas ao redor do Sol. As mais baratas sairiam entre US$ 100 milhões e 300 milhões –bem mais modestas que os bilionários rovers Curiosity e Perseverance, que hoje perambulam pelo solo marciano.

A agência também espera aproveitar oportunidades para lançar instrumentos em missões de países parceiros, e há a ideia de engajar a iniciativa privada, sobretudo para desenvolver infraestrutura para futura exploração. Hoje, as telecomunicações e o sensoriamento remoto do planeta dependem essencialmente do Mars Reconnaissance Orbiter, um orbitador que já opera por lá há 20 anos.

Reparem que, no momento, tudo se trata de noção estratégica. Não há missões específicas com prazos determinados, e todo esse planejamento passa ao largo do esforço internacional para o retorno de amostras, que a Nasa está tocando em parceria com a ESA (Agência Espacial Europeia) e que corre em uma trilha paralela (no momento, o programa está suspenso, em busca de soluções mais baratas e rápidas).

Com o planejamento rascunhado, caberá à nova administração definir como será conduzida a exploração marciana nas próximas duas décadas e que papel a iniciativa privada –em particular o veículo Starship, da SpaceX– terá nessa empreitada, pensando não só em missões robóticas mas também no envio de astronautas.

Esta coluna é publicada às segundas-feiras na versão impressa, em Ciência.

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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