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O que Joe Rogan e os dramas do Washington Post dizem sobre as eleições e a mídia nos EUA | Notícias da mídia

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Duas histórias sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos esta semana destacam a transformação total do negócio noticioso.

Um deles envolve Joe Rogan, o podcaster mais popular do mundo.

A outra diz respeito ao The Washington Post, um dos jornais mais célebres do jornalismo norte-americano.

À sua maneira, cada um deles sublinha a influência decrescente dos meios de comunicação tradicionais.

Na segunda-feira, Rogan disse que recusou uma oferta para entrevistar a vice-presidente Kamala Harris nos termos estabelecidos por sua campanha, ao mesmo tempo que expressou esperança de ainda poder recebê-la em seu estúdio no Texas antes da eleição.

“Eles ofereceram um encontro para terça-feira, mas eu teria que viajar até ela e eles só queriam fazer uma hora”, disse Rogan em um post no X.

“Acredito fortemente que a melhor maneira de fazer isso é no estúdio em Austin. Meu desejo sincero é apenas ter uma boa conversa e conhecê-la como ser humano.”

O anúncio de Rogan ocorreu em meio a especulações sobre se Harris faria uma aparição depois que o ex-presidente Donald Trump se juntou ao podcaster na semana anterior para uma discussão incoerente que durou três horas.

O companheiro de chapa de Trump, JD Vance, deve se juntar a Rogan para uma entrevista na quarta-feira.

Rogan, que fez seu nome como comediante e comentarista de artes marciais mistas antes de recorrer ao podcasting, está recebendo muita atenção dos candidatos porque possui um alcance que causaria inveja a praticamente qualquer meio de comunicação.

Sua entrevista com Trump obteve mais de 41 milhões de visualizações no YouTube desde sexta-feira – um número que não inclui os presumivelmente milhões de outras pessoas que sintonizaram outras plataformas, como Spotify e Apple Music.

Em comparação, a prefeitura de Harris na CNN atraiu na semana passada 3,3 milhões de telespectadores para a rede a cabo (uma versão editada do evento no YouTube acumulou menos de 1,2 milhão de visualizações).

Para Harris, que também gravitou em torno da mídia não tradicional com aparições nos podcasts Call Her Daddy e Club Shay Shay, entre outros, Rogan oferece uma chance de se conectar com homens jovens, um grupo demográfico que ela está lutando para conquistar.

De acordo com uma média de pesquisas recentes publicadas pelo The New York Times e pelo Siena College Research Institute, Trump lidera Harris por 58% a 37% entre os homens de 18 a 29 anos (o quadro é invertido entre as mulheres jovens, com Harris liderando Trump por 67 a 28 anos). por cento).

Joe Rogan durante o UFC 300 na T-Mobile Arena em Las Vegas, Nevada (Mark J Rebilas/USA Today Sports)

A outra história mediática ilustrativa dos últimos dias envolve a decisão do The Washington Post de não oferecer um endosso presidencial pela primeira vez desde 1988, na sequência de um movimento semelhante do The Los Angeles Times.

O editor e CEO Will Lewis classificou a decisão como um retorno à tradição de não endosso do Post antes da década de 1970 e “uma declaração em apoio à capacidade de nossos leitores de tomarem suas próprias decisões”.

Mas com os críticos de Trump a considerarem a própria democracia dos EUA como estando em risco, a decisão de não apoiar Harris provocou uma reacção furiosa tanto dentro como fora do jornal.

Vários membros do conselho editorial do jornal demitiram-se e uma onda de leitores cancelou as suas assinaturas em protesto (a NPR, citando fontes anónimas, informou que o cabeçalho perdeu mais de 250.000 assinantes pagos ou cerca de 10 por cento do total).

Os críticos temem que o proprietário bilionário do Post, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, esteja tentando obter favores de Trump, antecipando sua possível reentrada na Casa Branca.

Num artigo de opinião publicado no The Post na segunda-feira, Bezos negou qualquer contrapartida com a equipa de Trump e insistiu que a decisão foi inteiramente motivada pelo desejo de conter o declínio da confiança pública nos meios de comunicação social.

Ele disse que a medida foi um “passo significativo” para restaurar a confiança, uma vez que os endossos presidenciais criam uma percepção de preconceito, mesmo quando “não fazem nada para inclinar a balança”.

“A maioria das pessoas acredita que os meios de comunicação social são tendenciosos”, disse Bezos, apontando para uma sondagem recente da Gallup que revelou que apenas 31% dos americanos têm “grande” ou “razoável” confiança nos meios de comunicação para divulgarem as notícias de forma justa e precisa.

“Quem não vê isso está prestando pouca atenção à realidade, e quem luta contra a realidade perde. A realidade é uma campeã invicta.”

Bezos disse que não poderia permitir que o jornal “caísse na irrelevância” e fosse ultrapassado por “podcasts não pesquisados ​​e farpas nas redes sociais” sem lutar.

Quer se acredite que Bezos agiu por princípio ou por preocupação com os seus interesses comerciais, é difícil contestar a sua afirmação de que os meios de comunicação tradicionais estão a lutar para permanecerem relevantes.

É revelador que, embora Trump e Harris tenham arranjado tempo para uma série de podcasts de alto nível, nenhum deles se sentou para uma entrevista com o The Post.



Leia Mais: Aljazeera

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe 3 micro-ônibus por emenda do deputado Roberto Duarte — Universidade Federal do Acre

A Ufac recebeu três micro-ônibus provenientes de emenda parlamentar no valor de R$ 8 milhões, alocadas pelo deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) em 2024. A entrega ocorreu nessa quinta-feira, 13, no estacionamento A do campus-sede. Os veículos foram estacionados em frente ao bloco da Reitoria, dois ficarão no campus-sede e um irá para o campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

“É sem dúvida o melhor momento para a gestão, entregar melhorias para a universidade”, disse a reitora Guida Aquino. “Quero agradecer imensamente ao deputado Roberto Duarte.” Ela ressaltou outros investimentos provindos dessa emenda. “Serão três cursos de graduação na interiorização.”

Duarte disse que este ano alocou mais R$ 2 milhões para a universidade e enfatizou que os micro-ônibus contribuirão para mobilidade dos alunos e professores da instituição. “Também virá uma van, mais cursos que vamos fazer no interior do Estado do Acre, o que vai ajudar muito a população acreana. Estamos muitos felizes, satisfeitos e honrados em poder contribuir e ajudar cada vez mais no desenvolvimento da Universidade Federal do Acre, que só nos dá orgulho.”

 



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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