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O que o Brasil pode aprender com a Índia e a Indonésia? – DW – 13/11/2024
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Os líderes mundiais, incluindo Presidente dos EUA, Joe BidenXi Jinping da China e Primeiro-ministro indiano, Narendra Modiestará presente o Grupo dos 20 (G20) cúpula no Rio de Janeiro, que acontecerá de 18 a 19 de novembro.
O G20 é um conjunto de nações económicas líderes que representam cerca de dois terços da população mundial e 80% do comércio mundial. O grupo foi fundado em 1999 para lidar com crises financeiras e perturbações económicas, reunindo as maiores economias do mundo.
Ganhou destaque durante a crise financeira global de 2008, quando começou a realizar cimeiras anuais de líderes nacionais.
Desde então, o fórum evoluiu para uma espécie de “mini ONU”, que também lida com questões como as alterações climáticas e as tensões geopolíticas – embora os Estados-membros nem sempre concordem sobre o que deve estar na agenda.
Em que o Brasil está focando?
Brasil assumiu a presidência rotativa anual do órgão da Índia em dezembro passado e a África do Sul assumirá a presidência no próximo ano.
Ao longo do ano, o Brasil sediou e presidiu diversas reuniões ministeriais do G20.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva colocou questões que preocupam o mundo em desenvolvimento no centro da presidência do G20 do paísincluindo a redução das desigualdades, a reforma das instituições de governação mundial, como o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio, bem como a necessidade de combater as alterações climáticas e de promover o desenvolvimento económico ambientalmente sustentável.
M. Habib Abiyan Dzakwan, pesquisador com foco em política econômica internacional no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) da Indonésia, um think tank com sede em Jacarta, disse que o Brasil deve fortalecer a abordagem dos países do G20 para questões cruciais como mudanças climáticas e desafios globais de saúde.
“A consolidação entre as economias emergentes é muito importante porque os países em desenvolvimento não podem esperar muito dos Estados Unidos, especialmente sob a próxima administração Trump”, disse ele à DW, acrescentando: “O mesmo se aplica à Europa; também não podemos confiar muito neles. “
Mas não está claro o que o Brasil será capaz de alcançar em termos concretos.
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Como a Índia administrou no ano passado?
A cimeira também oferecerá provavelmente uma oportunidade para os líderes discutirem questões controversas, como A guerra da Rússia na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.
Uma análise das cimeiras do G20 nos últimos dois anos – organizadas pela Índia no ano passado e pela Indonésia em 2022 – mostra o desafio enfrentado pelo Brasil para alcançar um consenso sobre uma declaração conjunta dos líderes.
A Índia conseguiu uma vitória diplomática ao negociar um consenso no ano passadocom a declaração conjunta final a abordar a guerra na Ucrânia, mas evitando condenar especificamente a Rússia.
Em vez disso, categorizou o “sofrimento humano e os impactos negativos adicionais” da guerra num contexto económico “no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, cadeias de abastecimento, estabilidade macrofinanceira, inflação e crescimento”.
Ajay Bisaria, um ex-diplomata indiano, disse que a cimeira era “indicativa da capacidade da Índia de equilibrar a sua parceria historicamente estável com a Rússia, ao mesmo tempo que nutre a sua relação com os países ocidentais”.
“Mais do que apenas equilibrar relações-chave, o que a Índia tentou na geopolítica foi colmatar divisões. Isto aplica-se tanto à divisão Leste-Oeste como à divisão Norte-Sul”, acrescentou.
No evento do ano passado, a União Africana também se tornou membro permanente do G20.
A medida foi vista como uma forma de destacar a importância da inclusão do “Sul Global” nos fóruns multilaterais.
Observadores na Índia dizem que a cimeira em Nova Deli reforçou a imagem do seu país como uma força diplomática e económica crescente no cenário global, especialmente numa altura em que o mundo enfrentava múltiplas crises geopolíticas e económicas.
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Uma presidência amarga
Durante a presidência da Indonésia, um ano antes, os líderes do G20 reuniram-se na idílica ilha de Bali.
Foi uma das presidências mais amargas da história do grupo.
A cimeira teve lugar numa altura em que surgiram dúvidas sobre a própria eficácia e utilidade do G20, tendo como pano de fundo a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022o que causou divisões sem precedentes dentro do clube.
O Presidente indonésio, Joko Widodo, estava interessado em ter a liderança do G20 como a pedra angular da sua presidência.
E no final o resultado da cimeira superou as expectativas, marcando um golpe diplomático para Jacarta.
Os participantes conseguiram chegar a acordo sobre uma declaração final cuidadosamente redigida, observando que “a maioria dos membros condenou veementemente a guerra na Ucrânia e sublinhou que esta está a causar imenso sofrimento humano e a exacerbar as fragilidades existentes na economia global”.
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Desafios únicos e complexos
Dzakwan, investigador do CSIS, disse que cada presidência do G20 enfrenta os seus próprios desafios únicos e cada vez mais complexos.
Ele observou que a presidência da Indonésia em 2022 foi significativamente ofuscada pela guerra Rússia-Ucrânia, enquanto a Índia no ano passado teve de lidar com a escalada das tensões no Médio Oriente, além do conflito na Ucrânia.
Dzakwan argumentou que estes desafios continuarão a intensificar-se, particularmente com Donald Trump pronto para retornar à Casa Branca depois de marcar um vitória esmagadora nas eleições presidenciais dos EUA.
“Nunca foi fácil, especialmente desde a primeira presidência de Donald Trump. Demonstra que o multilateralismo não é muito eficaz, mas sim mais transacional”, disse ele à DW.
Arti Ekawati, do serviço indonésio da DW, e Murali Krishnan, de Nova Delhi, contribuíram para este artigo.
Editado por: Shamil Shams
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4 de dezembro de 2025A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), promove nesta quinta-feira, 4, a confraternização de fim de ano destinada aos estudantes do campus-sede, em Rio Branco. A atividade ocorre no Restaurante Universitário (RU) durante o almoço, a partir das 11h, e no jantar, a partir das 17h30.
Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Isaac Dayan Bastos da Silva, a confraternização já se tornou uma tradição institucional, reforçando o vínculo entre a universidade e sua comunidade acadêmica. “Esse acolhimento faz parte da política estudantil da gestão. No final do ano, realizamos essa confraternização tanto no almoço quanto no jantar, algo que já se tornou cultural para nós”, afirmou.
Como parte da programação, o RU oferece almoço e jantar especiais, incluindo a entrega de panetone como sobremesa. O ambiente também recebe decoração temática e contará com música ao vivo, realizada pelos bolsistas do projeto Pró-Cultura Estudantil, responsáveis pela tradicional cantata de Natal.
“Tudo isso é pensado para fortalecer esse acolhimento. Buscamos criar um ambiente festivo, com decoração e música ao vivo, para que os estudantes se sintam parte desse momento de encerramento das atividades do ano”, destacou o pró-reitor.
A confraternização permanece aberta aos estudantes regularmente atendidos pelo RU durante os horários habituais de funcionamento.
(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)
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2 de dezembro de 2025A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.
A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.
Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.
“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”, afirma a reitora Guida Aquino.
O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.
Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.
Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.
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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre
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29 de novembro de 2025As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.
A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”
A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”
Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”
A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.
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