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O que o impeachment de Yoon significará para a Coreia do Sul? – DW – 16/12/2024

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7 meses atrásem
A política sul-coreana deverá ser conflituosa e caótica no futuro próximo, depois do Tribunal Constitucional do país ter realizado na segunda-feira a sua primeira reunião sobre o impeachment do Presidente Yoon Suk Yeol.
A Assembleia Nacional no sábado aprovou a moção de impeachment de Yoon11 dias depois que ele declarou lei marcial apenas para ser derrubado horas depois. No entanto, cabe ao tribunal decidir se destituirá Yoon do cargo ou restaurará seus poderes.
Entretanto, Yoon foi suspenso das suas funções e Han Duck-soo, que anteriormente foi primeiro-ministro, é agora Coréia do Sulé o presidente interino.
Han Dong-hoon, líder do Partido do Poder Popular (PPP), no poder, renunciou na segunda-feira ao cargo “devido ao colapso do Conselho Supremo do partido”.
Ele prometeu “dedicar toda a minha energia e esforços para garantir a estabilidade” – embora analistas digam que o Partido Democrata, da oposição, sabe que tem o governo nas cordas e não se contentará com nada menos do que eleições gerais.
Partido Democrata favorecido
Com mais de 70% do público sul-coreano a exigir o impeachment de Yoon, há poucas dúvidas de que o Partido Democrata, da oposição, chegaria ao poder sob Lee Jae-myungembora ele também tenha questões legais pairando sobre sua cabeça.
“O impeachment de Yoon não é o fim da turbulência política na Coreia do Sul. Não é nem mesmo o começo do fim, que acabará por envolver a eleição de um novo presidente”, disse Leif-Eric Easley, professor de estudos internacionais na Ewha Womans University. em Seul.
E embora tenha aplaudido os “protestos de rua pacíficos” que surgiram quando a democracia do país estava sob ameaça, Easley advertiu, no entanto, que a profunda polarização que existe hoje na sociedade sul-coreana continua a ser uma ameaça.
“Embora seja de esperar que uma oposição legislativa utilize os seus poderes de investigação e orçamentais na luta entre agendas partidárias, deveria haver mecanismos de responsabilização contra causar disfunção e paralisia prolongada do governo”, disse ele à DW.
O que acontece a seguir?
Por lei, o Tribunal Constitucional tem seis meses para emitir a sua decisão, embora as reclamações anteriores contra presidentes tenham sido proferidas com muito mais celeridade, permitindo um regresso mais rápido à normalidade política.
Se o impeachment de Yoon for confirmado, uma eleição geral deverá ser realizada dentro de dois meses. E mesmo que o caso contra Yoon pareça forte, há complicações.
O tribunal normalmente tem nove juízes, sendo sete juízes necessários para tomar uma decisão final. No entanto, o tribunal tem actualmente apenas seis juízes, uma vez que o Partido Democrata tem estado em disputa com o governo nos últimos meses e exigindo que lhe seja permitido nomear juízes adicionais.
Deputados sul-coreanos votam pelo impeachment do presidente
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Tribunal deliberará impeachment
O tribunal disse que tem autoridade para chegar a uma conclusão sobre o impeachment de Yoon, embora fosse necessário apenas um juiz para votar contra a moção para que ela fosse derrotada. Yoon já nomeou três dos juízes para o tribunal.
“É muito provável que haja muita confusão daqui para frente”, concordou Kim Sang-woo, um ex-político do Congresso Sul-Coreano para Novas Políticas, de tendência esquerdista, e agora membro do conselho do Partido Kim. Fundação para a Paz Dae-jung.
Por enquanto, o Partido Democrata disse que não exigirá processos de impeachment contra Han e outros membros do Gabinete, no interesse de garantir que o governo continue a funcionar. No entanto, Kim diz que isso pode mudar.
“Lee disse que não prosseguirá com mais investigações, mas poderá mudar de ideia se o presidente em exercício não conduzir os assuntos de acordo com os desejos do seu partido”, disse ele à DW. “Se isso acontecer, o funcionamento do governo poderá ficar paralisado, pois as decisões não poderão ser tomadas ou executadas.
“Se a administração é tão frágil, quem tem a responsabilidade de conduzir as relações exteriores?” ele perguntou. “Está claro que por algum tempo haverá alguma confusão.”
Lee e a oposição já estão a agitar a favor de eleições gerais, em parte porque o líder do Partido Democrata foi indiciado por suborno, corrupção, quebra de confiança e acusações de conflito de interesses, inclusive em conexão com o fornecimento de 8 milhões de dólares (7,6 milhões de euros) ao Norte. Coréia. Lee negou todas as acusações.
Líder da oposição condenado
Em novembro, Lee foi condenado por fazer declarações falsas durante sua campanha presidencial de 2022 e recebeu pena de prisão suspensa de um ano. Ele está recorrendo dessa decisão, mas, se for confirmada, ele não será elegível para servir como presidente. Se, no entanto, ele for eleito antes de ser proferida uma decisão, então, segundo a lei coreana, os casos serão suspensos.
Já existem sinais de atrito entre os dois partidos, com o PPP a rejeitar uma proposta do Partido Democrata para formar um órgão governamental consultivo conjunto para estabilizar os assuntos do Estado, alegando que ainda é o partido no poder. No entanto, o PPP – criado apenas em 2020 através da fusão de uma série de partidos conservadores – está dilacerado por lutas internas sobre o impeachment de Yoon e, alguns sugerem, à beira do colapso.
“A situação é muito difícil e só posso esperar que as coisas comecem a se acalmar à medida que o tribunal faz o seu trabalho”, disse Kim.
“O bom é que, para o cidadão médio da Coreia do Sul, a vida continua normalmente, quase como se nada tivesse acontecido”, disse ele. “Nossas vidas não foram afetadas e não sentimos nenhum perigo. As pessoas só querem que o processo continue e, esperançosamente, a situação permaneça pacífica”.
Na Coreia do Sul, uma história de abusos de poder
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Editado por: Keith Walker
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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