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O que o perfil dos vereadores eleitos diz sobre o…

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O que o perfil dos vereadores eleitos diz sobre o...

Matheus Leitão

Dias atrás, Fernando Haddad deu uma declaração em que falou sobre rever as finanças globais. A ideia, diz o ministro, é de que as contas sejam equilibradas, a fim de promover com mais rapidez as mudanças ecológicas. A fala de Haddad é, por óbvio, excepcional. É mais do que necessário e urgente que se leve em conta as condições climáticas do planeta em paralelo aos investimentos e gastos. Não há dúvidas de que este é o caminho em um mundo cujas mudanças ambientais se avolumam com catástrofes que não pedem licença para entrar. Há inúmeros problemas estruturais e complexos que merecem igual atenção. Do alto, ao menos de um dos ministérios mais importantes da Esplanada, parece perfeito, mas e o resto do time? E indo mais além: e o Brasil profundo pensa desse jeito?

Não é novidade que o debate eleitoral se mostrou completamente alheio às crises climáticas e aos problemas urbanos e sociais que estão aí. Do Norte ao Sul do país, dos lugares de secas e queimadas até os rincões onde a enchente levou tudo, tirando poucos espaços aqui e ali, não vimos qualquer debate acerca do futuro do planeta e das condições climáticas urgentes. Já é quase redundância dizer que passa pelas cidades algum tipo de solução para as transformações do clima

O dado sobre para onde foram as câmaras municipais – empurrados mais à direita, claro, porque na maioria dos casos é lá mesmo que sempre estiveram – é estarrecedor. Obviamente não se está aqui a colocar um juízo de valor sobre qual espectro político é melhor ou pior. Fato é que no campo da centro-esquerda e em parte da centro-direita é que os debates sobre as mudanças climáticas tem se pautado. As câmaras municipais, contudo, estão no lado oposto. Um estudo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (Redem), da UFPR, prova isso.

Comandado pelo professor Fábio Vasconcelos da UERJ, o trabalho busca estabelecer  uma Taxa de Hegemonia Política nas câmaras de vereadores. A ideia é simples e consiste na proporção de vereadores eleitos por partidos, considerando a posição da legenda no espectro ideológico. A medida varia de 0 (hegemonia da esquerda) a 1 (hegemonia da direita). Dessa forma, taxas próximas de 0,5 indicam legislativos locais mais equilibrados entre os dois campos ideológicos. (Ver pesquisa completa aqui).

Quando são analisadas as regiões, o Centro-Oeste – local onde se contram boa parte dos focos e queimadas – a taxa de hegemonia alcança 1, portanto, totalmente dominada por vereadores de direita. Ou seja, na esmagadora maioria das câmaras dessa região, nenhum vereador de partido de esquerda foi eleito.

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Em seguida está o Sudeste, com taxa mediana de 0,91 e o Norte, com 0,91. Na sequência vem o Sul, com mediana de 0,89 e, por último, o Nordeste com 0,78. O autor da pesquisa salienta que mesmo que o Nordeste seja onde o campo da direita menos elegeu vereadores, mesmo assim, a direita é – na média –  majoritária nas câmaras municipais da região.

Chamei atenção para o meio ambiente, mas a lista poderia ser preenchida com diversas questões urbanas e sociais que as cidades brasileiras estão submetidas. Não bastasse isso, o que temos no cenário internacional é a vitória de Trump, que, todos sabemos, é um negacionista do clima e deve, mais uma vez, tirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris. Para onde se olha, fica difícil ter esperança.

* Rodrigo Vicente Silva é mestre e doutorando em Ciência Política (UFPR-PR). Cursou História (PUC-PR) e Jornalismo (Cásper Líbero). É editor-adjunto da Revista de Sociologia e Política. Está vinculado ao grupo de pesquisa Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem). Contribui semanalmente com esta coluna.  

 



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Senador Rogério Carvalho fala sobre pacote de cort…

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Senador Rogério Carvalho fala sobre pacote de cort...

Da Redação

O pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal pode ser votado pelo Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, previsto para 22 de dezembro.

O projeto enfrenta dificuldades para avançar nas Casas por conta de pontos específicos. Sobre esse tema, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) é entrevistado do Ponto de Vista, de Veja, nesta quinta-feira, 12.

O pacote de corte de gastos foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mês de novembro. Segundo o ministro, as medidas devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos

Sobre o programa

O Ponto de Vista é apresentado por Marcela Rahal, transmitido ao vivo às 12h, e também trata das principais notícias do dia.

Você pode participar mandando sua pergunta em nossas redes sociais ou pelo chat.

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A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na homepage da VEJA, e para os inscritos no canal da VEJA no WhatsApp.

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Novo procedimento foi realizado com sucesso e Lula…

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Da Redação

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O novo procedimento realizado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou e foi realizado com sucesso na manhã desta quinta-feira, 12. A informação foi dada pelo médico Roberto Kalil Filho, que falou rapidamente com jornalistas.

“O procedimento acabou de terminar. Foi com sucesso, conseguiu embolizar aquela artéria”, disse Kalil. “O presidente está acordado e conversando”, completou o médico.

Lula foi submetido a um procedimento de embolização de artéria meníngea média para evitar sangramentos no cérebro, depois da operação feita na madrugada de terça que drenou um hematoma intracraniano. Os problemas são decorrentes da queda que o petista sofreu em outubro.

A embolização não deve afetar a previsão de alta de Lula, que deve ocorrer na próxima semana.


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Charge do JCaesar: 12 de dezembro

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José Casado

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