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Obesidade deve afetar um terço dos adolescentes em 2050 – 06/03/2025 – Equilíbrio e Saúde

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3 meses atrásem

Samuel Fernandes
A obesidade em crianças e adolescentes mais do que triplicou em todo o mundo entre 1990 e 2021, e a tendência é que esses números continuem a crescer. Estimativas de novos estudos publicados na segunda-feira (3) apontam que, até 2050, cerca de um terço dos adolescentes e crianças terão obesidade ou sobrepeso.
Isso significa que, em 25 anos, o mundo terá 746 milhões de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Desse total, basicamente metade apresentará um quadro de obesidade. Norte da África, Oriente Médio e América Latina e Caribe devem ser regiões especialmente afetadas.
Entre adultos, cerca de 60% da população acima de 25 anos estará com o peso acima do ideal em 2050, algo em torno de 3,8 bilhões de pessoas.
Os números foram apresentados em dois artigos publicados na revista Lancet: um que focou dados de obesidade e sobrepeso em adultos; e uma segunda pesquisa sobre crianças e adolescentes.
Nesse segundo artigo, os autores partiram da percepção de que poucos estudos prestavam atenção ao problema da obesidade e sobrepeso em crianças e adolescentes. Segundo eles, publicações anteriores não traziam dados específicos para essas faixas etárias e faltavam informações de países e regiões.
Os dois artigos foram baseados na metodologia do Global Burden of Diseases (GBD), que compila dados de saúde global estratificados por regiões e faixas etárias. A partir do modelo do GBD e de dados de cerca de 1.300 fontes biográficas, os autores estimaram a prevalência de obesidade e sobrepeso em crianças, adolescentes e adultos entre 1990 e 2021 em 204 países e extrapolaram esses valores com previsões para até 2050.
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O sobrepeso é quando o IMC (Índice de Massa Corporal) está acima de 25 kg/m2. Quando supera a faixa de 30 kg/m2, considera-se um quadro de obesidade.
Até 2021, África e Oriente Médio eram as duas regiões que apresentaram maior prevalência de crianças e adolescentes com obesidade ou sobrepeso. Por outro lado, foi o sudeste e leste da Ásia, além da Oceania, que performaram o maior aumento de prevalência entre 1990 e 2021.
A América Latina teve uma desaceleração no número de crianças e adolescentes com essas condições por volta de 2021. Antes disso, no entanto, a região também foi um importante vetor para os altos índices globais de obesidade e sobrepeso em jovens, sendo o Brasil e outros países tropicais especialmente importantes para impulsionar tal aumento.
Entre a população com mais de 25 anos, os dados foram igualmente alarmantes. De 1990 a 2021, estima-se que 1 bilhão de homens tenham apresentado obesidade ou sobrepeso, enquanto entre mulheres essa taxa foi de 1,1 bilhão.
Desse total, oito países contemplavam mais da metade de toda essa população adulta acima do peso ideal. O Brasil figurou na quarta posição, com 88 milhões de adultos com obesidade ou sobrepeso, abaixo apenas da China, com 402 milhões, Índia, com 180 milhões, e Estados Unidos, com 172 milhões.
Para o futuro, o índice de sobrepeso entre crianças e adolescentes deve entrar em um platô. Mas isso deve acontecer não por uma queda no IMC médio na faixa etária, mas sim devido à transição daqueles com sobrepeso para obesidade. No total, a obesidade deve mais que dobrar entre esses jovens ao redor do mundo entre 2021 e 2050.
“Não há indicação de qualquer platô na prevalência da obesidade, que não deve se estabilizar em nenhuma região antes de 2050”, escreveram os autores no estudo.
Os dados alertam para a necessidade de que sejam tomadas medidas para barrar o aumento vertiginoso da obesidade e sobrepeso.
Os autores apontam que medidas individuais, como melhora na alimentação e prática de exercícios físicos, são relevantes. O desenvolvimento de políticas públicas para proporcionar um ambiente adequado para a manutenção do peso da população, contudo, é especialmente importante. Mas não existem fórmulas prontas, lembram os pesquisadores, cada população e região guardam suas particularidades que precisam ser consideradas no planejamento das ações públicas.
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 semana atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 semana atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 semana atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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