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Onde estamos nas contribuições climáticas dos países? – DW – 15/11/2024

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A primeira semana do Cimeira climática da ONU COP29 em Baku, Azerbaijãoestá chegando ao fim num cenário de apelos à ação urgente por parte de Secretário-geral da ONU, António Guterres e alertas de cientistas climáticos.

À medida que o mundo enfrenta uma crise climática crescente com tempestades, inundações, secas e incêndios florestais sem precedentesa ação climática do governo tem estado em um nível “paralisação de três anos” de acordo com cientistas do Climate Action Tracker. O projecto científico independente acompanha as políticas governamentais e mede-as em relação ao objectivo globalmente acordado do Acordo de Paris de manter o aquecimento bem abaixo dos 2 graus Celsius (3,6 Fahrenheit) e prosseguir esforços para limitar o aquecimento a 1,5 graus Celsius.

Argentina sai da COP29

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump está se preparando para retirar-se do acordo climático de Paris pela segunda vez. E o presidente argentino e cético em relação ao clima Javier Mileyque se reuniu com Trump na quinta-feira, ordenou que seus delegados deixassem a conferência da ONU no início desta semana.

O presidente da Argentina, Javier Milei, no palco diante do presidente eleito Donald Trump durante uma gala do America First Policy Institute em sua propriedade em Mar-a-Lago
O presidente argentino, Javier Milei, se reuniu com o presidente eleito, Donald Trump, depois que ele convocou seus delegados da COPImagem: Alex Brandon/AP/imagem aliança

Maria Victoria Emanuelli, diretora de campanha para a América Latina da ONG ambiental 350.org, com sede em Buenos Aires, chamou esta decisão de “errática e imprevisível”, acrescentando que poderia custar ao país uma soma financeira considerável necessária para a ação climática.

“É difícil compreender como é que um país vulnerável ao clima como a Argentina se afastaria do apoio crítico”, disse Anabella Rosemberg, uma argentina que trabalha como conselheira sénior na Rede Internacional de Acção Climática.

Novas metas climáticas para 2035 anunciadas

Muitos chefes de estado e de governo, incluindo dos EUA, França e Alemanha, não participam na conferência, que oferece uma plataforma para as nações anunciarem objectivos climáticos mais ambiciosos. Estas incluem metas de redução de emissões e medidas para alcançá-las.

Os países têm até Fevereiro para apresentarem as suas metas nacionais. Até agora, apenas alguns aproveitaram a oportunidade.

COP29: Quão sério é o anfitrião Azerbaijão em relação à ação climática?

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Reino Unido elimina gradualmente a energia do carvão

Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer disse que seu país terá como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 81% em relação aos níveis de 1990 até 2035.

“Estamos a construir a nossa reputação como líderes climáticos”, disse ele na COP29, instando as outras partes “a apresentarem as suas próprias metas ambiciosas, como todos acordámos na última COP”.

Starmer, que assumiu o cargo em julho depois que seu Partido Trabalhista, de centro-esquerda, venceu as eleições gerais, prometeu transformar o país em “uma superpotência de energia limpa”. Falando em Baku, ele disse que o Reino Unido fechou sua última usina a carvão em setembro, tornando-a a primeira G7 país a eliminar gradualmente a energia proveniente de combustíveis fósseis.

A promessa de Starmer para 2035 foi “um passo na direção certa, mas deve ser vista como um piso para o nível de ambição e não como um teto”, disse Rosie Downes, chefe de campanhas do grupo ambientalista Friends of the Earth, em um comunicado. Ela acrescentou que eram necessários cortes mais profundos e rápidos.

“Com os sinais de alerta piscando em vermelho, um planeta atingido por enchentes, tempestades e ondas de calor cada vez mais severas, e a eleição do presidente Trump, negador do clima, a necessidade de liderança climática por parte do Reino Unido nunca foi tão urgente”, disse ela.

No entanto, os compromissos existentes do Reino Unido para 2030 ainda estavam muito longe do rumo, acrescentou ela.

Brasil continua aumentando a produção de petróleo e gás

Brasilque acolherá a COP30 do próximo ano, também revelou as suas metas climáticas. O objetivo é reduzir as emissões entre 59% e 67% em relação aos níveis de 2005 até 2035. Isso equivale a um corte de 39% a 50% em relação aos níveis de 2019, disse a ONG ambiental 350.org. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas, é necessária uma diminuição de 60% até 2035 em comparação com os níveis de 2019 para permanecer abaixo do limiar de 1,5 Celsius.

A decisão do Brasil de fornecer um intervalo em vez de um valor percentual fixo atraiu críticas, pois cria incerteza e enfraquece a responsabilização, disse Andreas Sieber, diretor associado de políticas e campanhas da 350.org. “A faixa inferior é inaceitavelmente baixa, enquanto o limite superior, embora seja um passo positivo, deve ser visto apenas como o ponto de partida.”

Especialmente no seu papel de anfitrião da COP no próximo ano, o Brasil deveria liderar pelo exemplo, disse Sieber.

Será tarde demais para cumprir os objetivos do Acordo de Paris?

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Embora o país afirme que o seu investimento no setor energético com foco em fontes renováveis ​​está colocando o Brasil “na vanguarda da transição energética global”, analistas afirmam que o país está no caminho certo para aumentar a produção de petróleo e gás em 36% até 2035. Suíça A ONG de pesquisa e defesa Oil Change International analisou o desempenho das “nações da troika da COP” Brasil, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão – que sediarão, sediarão ou estão sediando as negociações climáticas – em termos de ação climática.

“Os Emirados Árabes Unidos e o Brasil ocupam o primeiro e o terceiro lugar no mundo em termos de expansão de petróleo e gás aprovada desde a decisão da COP28 de abandonar os combustíveis fósseis”, concluiu a Oil Change International.

Emirados Árabes Unidos lideram expansão de petróleo e gás

Nas suas metas atualizadas publicadas na semana passada, o Emirados Árabes Unidos disse que se comprometeu a alcançar uma redução de 47% nas emissões de gases com efeito de estufa até 2023, em comparação com 2019. Embora isso representasse uma ligeira melhoria em relação à meta anterior de 40% do estado do Golfo, o movimento global da sociedade civil Rede de Acção Climática considerou-a “insuficiente”.

“O plano não inclui qualquer compromisso de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis ou de parar a expansão da infra-estrutura de combustíveis fósseis”, disse Mohamed Kamal, membro da Rede de Acção Climática do Mundo Árabe.

A 350.org chamou isso de “exercício de lavagem verde”, acrescentando que “decidiu enterrar suas más notícias no dia dos resultados das eleições nos EUA”. A ONG aponta para a flagrante omissão das emissões exportadas – o país exporta a maior parte do seu petróleo.

“Os EAU lideram agora o mundo na expansão do petróleo e do gás, mesmo depois de assumirem o papel de presidente da COP com um mandato para abandonar os combustíveis fósseis”, disse Sieber. “Este ‘compromisso climático’ mina descaradamente a sua própria credibilidade e o legado presidencial da COP.”

“Não pode haver planos climáticos ‘alinhados a 1,5 graus Celsius’ sem compromissos explícitos para parar a produção de combustíveis fósseis e parar de gerar energia a partir deles”, disse David Knecht, co-coordenador do Grupo de Trabalho de Ambição da Rede de Acção Climática.

Editado por: Tamsin Walker



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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