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SAÚDE

Perda de peso acelerado no pós-bariátrica: pontos a considerar

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Perder peso e ter um corpo saudável é desejado por diversas pessoas e em muitos casos somente a cirurgia pode ajudar, mas é preciso ficar atento a alguns pontos. Saiba mais aqui!

Na sociedade contemporânea a organização do tempo tem sido cada vez mais difícil e com tantas tarefas para serem realizadas, a alimentação mais saudável acaba sendo comprometida em detrimento de outras atividades. Uma das consequências da má alimentação é o excessivo ganho de peso, resultando em casos de sobrepeso e obesidade. 



Segundo a Organização Mundial da Saúde, o sobrepeso é definido quando o indivíduo possui seu Índice de Massa Corpórea, o IMC, entre 25 e 29,9 kg/m2 e a obesidade é definida quando o IMC está igual ou superior a 30 kg/m2. Para efeito de comparação, o peso ideal considerado normal é calculado com o IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2.

No caso do Brasil, a ABESO, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, calcula que o número de pessoas com sobrepeso no país é de aproximadamente 55,4%, já o de obesidade fica em cerca de 19,8% da população.

Em muitos casos, seja por questões de saúde ou de estética, as pessoas buscam realizar algum procedimento cirúrgico para perder peso. Um dos procedimentos recorrentes é a cirurgia bariátrica, pois ela proporciona a perda de peso significativa em pouco tempo após a operação.

Mas antes de realizar esta intervenção clínica, reunimos alguns pontos importantes para você conhecer sobre a cirurgia bariátrica.

Realizando a bariátrica e pós-operatório

Em primeiro lugar, é importante saber que a bariátrica só é recomendado para pessoas que possuem o IMC acima de 40 kg/m2, por exemplo, uma pessoa de 1,70 de altura e 116 kg. Ou apresentem IMC de 35 kg/m2, por exemplo, uma pessoa de 1,70 de altura e 102 kg, associada com algum tipo de comorbidade, hipertensão, colesterol alto, entre outras.

A cirurgia bariátrica é uma das manobras clínicas mais buscadas por quem não consegue emagrecer naturalmente. Nesta operação existem diferentes técnicas que podem ser empregadas, sendo a mais comum a técnica do bypass gástrico em Y de Roux.

Esta técnica, também conhecida por Fobi-Capella, consiste na separação do estômago em duas partes. A maior parte dele é desligada do sistema digestório e para de receber alimentos, já a parte menor recebe uma nova ligação com o intestino.

A partir de então, o novo estômago tem a sua capacidade reduzida, ficando entre 30 e 50ml. Este volume menor, impede a pessoa de ingerir grandes quantidades de alimentos e também impacta na produção hormonal, produzindo saciedade mais rápido. Deste modo, a pessoa diminui drasticamente a quantidade de comida ingerida.

No pós-operatório, o paciente fica restrito a alimentação líquida por 30 dias, somente depois desse período começa a introdução de alimentos pastosos e posteriormente alimentos sólidos. Essa dieta é necessária, pois é preciso que o corpo se ajuste à redução estomacal.

Resultados obtidos

Realizada a cirurgia, a perda de peso já é clara. No primeiro mês, com a dieta líquida, a redução é em torno de 10% do peso inicial e seguindo os cuidados, no segundo e terceiro mês, perde-se cerca de 6% e 4%, respectivamente. Em um indivíduo de 120kg, isso representa a perda de 24 kg em apenas três meses.

Prosseguindo com a dieta e os cuidados básicos, é projetado que a pessoa perda aproximadamente mais 20% do peso inicial ao longo dos próximos 12 meses. Com isso, obtém-se a perda total de cerca de 40% do peso inicial com a bariátrica.

Um efeito comum à perda de peso acelerada pela bariátrica é o excesso de pele. Isso ocorre devido à perda de peso ser mais rápida do que a capacidade de retração da pele, gerando excedente de pele e flacidez, sobretudo na região do abdômen. Contudo, este problema pode ser resolvido com a abdominoplastia pós-bariátrica.

Eliminando o excesso de pele

O excesso de pele gerado no pós-bariátrica além de impactar na autoestima e satisfação pessoal, também pode se tornar um problema de saúde, pois entre as dobras de pele podem surgir dermatites, coceiras ou mesmo infecções de pele mais graves.

Diante disso, é importante fazer o procedimento para retirada desse excesso. 

Em que momento devo fazer a retirada da pele excedente?

Apesar do incômodo gerado pela pele remanescente, é indicado que o procedimento seja feito após cerca de dois anos após a bariátrica. Este tempo é importante para que o corpo se recupere da redução estomacal, mas também para que o peso já esteja estável. 

Podem existir casos onde a retirada seja feita antes por questões de saúde, mas somente com acompanhamento médico.

Como é feita a abdominoplastia?

A abdominoplastia é a cirurgia plástica que tem por objetivo a retirada da pele e gordura na região do abdômen. Na operação, o cirurgião plástico remove todo o excesso indesejado, fazendo com que a musculatura do abdômen fique mais próxima da pele, proporcionando um visual mais esbelto.

É comum que os pacientes fiquem preocupados com a presença de cicatrizes, porém as cicatrizes da operação são bastante discretas e tendem a sumir com o passar do tempo. A escolha de um bom profissional também é central para não haver cicatrizes além do que for devido.

Cuidados pós-operatórios

Seja após a abdominoplastia, uma série de cuidados devem ser seguidos para garantir o sucesso das operações. No caso da retirada de pele, é necessário manter cuidados básicos de higienização e hidratação, sobretudo na área das cicatrizes. 

Em relação à bariátrica, para que a melhora de vida e a perda de peso sejam permanentes, a pessoa não pode voltar a velhos hábitos, descuidando da alimentação e de outras práticas saudáveis. 

O mais indicado é que o paciente encare este momento como o nascimento de um novo estilo de vida, em que alimentos saudáveis e a prática de atividades físicas são parte fundamentais no seu dia-a-dia.

ACRE

Ufac debate com governo conversão da Fundhacre no HU

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, reuniu-se com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, com o governador do Estado do Acre, Gladson Cameli (PP), e com a deputada federal Socorro Neri (PP-AC) para debater a possibilidade de transformar a Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) em Hospital Universitário (HU), sob a gerência do governo federal. O encontro ocorreu nessa terça-feira, 30, em Brasília. 

A proposta foi apresentada com base no resultado do relatório produzido pela equipe da Ebserh, quando da visita ao Acre, e em dados do Ministério da Saúde. Com a mudança que o governo federal propõe, a população do Estado poderá ter os benefícios de um hospital federal gerenciado pela Ebserh, o qual abrigará, além de atendimento especializado, pesquisas na área de saúde e uma rede interligada de informações com todo o Brasil que abrange 41 hospitais universitários.  



Além disso, serão investidos R$ 50 milhões, garantidos com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na compra de equipamentos novos e modernos, além da readequação do espaço físico da Fundhacre. “Com essa nova proposta, a população não vai esperar a construção de um novo hospital para usufruir dos benefícios de um hospital universitário, que estará alinhado com os principais hospitais do país, que são os da rede gerenciada pela Ebserh”, disse a reitora.

Arthur Chioro disse que, nesta fase inicial de análise, a Ebserh faz um diagnóstico técnico. “E das necessidades em termos de atenção hospitalar de média e alta complexidade para toda a população do Acre, observando os recursos já existentes e tentando definir, em conjunto com a Ufac e o governo do Estado, quais as melhores estratégias a serem adotadas.”

Gladson Cameli defendeu o fortalecimento da rede pública de saúde e agradeceu o empenho do governo federal em favor da população acreana. “Esse investimento será muito importante para melhorarmos o atendimento na Fundação Hospitalar e vai nos ajudar a salvar muitas vidas. Essa proposta será analisada com prioridade pelo governo.”

(Com informações da Agência de Notícias do Acre)

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SAÚDE

Paciente consegue na Justiça fornecimento de medicamento não disponível no SUS

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O fármaco é de utilização continua, em decorrência de possível agravamento das condições de saúde e risco de óbito

Um paciente de Rio Branco conseguiu na Justiça o fornecimento de quatro caixas de um medicamento por mês até o julgamento do processo. Portanto, o ente público deve cumprir a decisão no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, limitada a 30 dias.



O autor do processo foi diagnosticado com asma alérgica eosinofílica. De acordo com os autos, o paciente teve recente piora do quadro clínico, com episódios de hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue), o que segundo laudo emitido por especialista indica risco de morte iminente em razão da perda precoce da função pulmonar.

Deste modo, o requerente explicou que o tratamento atual não tem gerado melhora. Ele usa anti-histamínicos, corticoides inalatórios, associados com beta-agonistas em altas doses, antileucotrienos e antagonistas anti-muscarínicos de longa duração. O medicamento pleiteado foi prescrito em caráter de urgência em virtude da não eficácia dos tratamentos convencionais anteriormente utilizados.

Em resposta, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) alegou a impossibilidade de fornecimento por não integrar a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, logo não sendo disponibilizado pelo SUS, assim impossibilitando o atendimento da solicitação do impetrante. Em contraponto, a Sesacre apontou a existência de alternativas terapêuticas, previstas na Tabela de Situações Clínicas/2020 do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

O deferimento da liminar está disponível na edição n° 7.463 do Diário da Justiça (pág. 3), desta segunda-feira, 22. O desembargador Nonato Maia, relator do processo, considerou a necessidade efetiva do medicamento para a manutenção da saúde do paciente e o risco da demora da prestação do atendimento público.

(Processo n° 1000067-07.2024.8.01.0000)

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CRISE

Acre chega a 60 casos confirmados de infecções por Oropouche e Mayaro em dez municípios

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Primeiro levantamento divulgado pela Sesacre havia mostrado que eram seis municípios com casos confirmados, que somavam 48 registros. Saiba os sintomas e a diferença entre as doenças.

Capa: Febre do Mayaro é transmitida pelo mosquito do gênero Haemagogus, mas já houve comprovação em laboratório da possiblidade de infecção do Aedes aegypti pelo MAYV — Foto: Pixabay/Divulgação.

O Acre chegou a 60 casos confirmados de infecções por Oropouche e Mayaro, detectados em dez municípios no último mês de 2023. De acordo com dados repassados ao g1 pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o estado chegou a 60 casos até o dia 21 de dezembro.

Com isso, o Acre registrou um aumento em relação ao primeiro balanço divulgado pela Sesacre em novembro do ano passado. Até então, eram seis cidades com casos confirmados, com 48 registros ao todo.

Os primeiros registros das infecções ocorreram em abril deste ano. Conforme o levantamento, os casos foram detectados nas seguintes cidades:

Casos de Oropouche

 

Casos de Mayaro:

 

Os dois vírus causam sintomas parecidos com os da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. O Mayaro, inclusive, é chamado de “primo” da chikungunya. (Veja os sintomas abaixo).

Veja a diferença entre as doenças:

  • febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, virose transmitida por mosquitos, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, embora com risco bem menor de complicações hemorrágicas e de morte. Raramente, os casos podem ser complicados por meningite de padrão viral (benigna). O principal mosquito transmissor da doença entre os seres humanos é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”. As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos, à semelhança dos cuidados contra a dengue.
  • mayaro é endêmico (tem presença contínua) na Amazônia e é normalmente transmitido pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que vive nas matas e também é conhecido por propagar a febre amarela silvestre. É um perfil diferente do Aedes aegypti, vetor da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela urbana – já que este vive nas cidades.

“São síndromes febris e se aproximam muito dos sintomas da dengue, com febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e estamos percebendo que estão tendo casos com sintomas na pele. As pessoas estão aparecendo com manchas na pele também. O exame só dava negativo para dengue e resolvemos testar o diagnóstico diferencial, como chamamos”, explicou o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Edvan Meneses, à época da divulgação do primeiro balanço.

Arbovírus

O coordenador destacou que há muito tempo o Acre não registrava casos dos vírus na área urbana. Ele destacou que os casos eram encontramos mais no meio rural, e explicou os possíveis motivos para os registros das infecções.

“Pode ser pelo fato da cidade estar adentro mais na mata, mas também por mudanças no ciclo de vida do mosquito. Agora, estamos percebendo que tem mais casas, a gente via muito em gente que ia caçar, assim como a febre amarela. Isso está nos surpreendendo por perceber no meio urbano, onde encontramos mais dengue, zika e chikungunya”, confirmou.

Pela falta de confirmação em áreas urbanas, o coordenador disse que o Ministério da Saúde não enviava testes para os exames. “A gente não conseguia saber em amplo aspecto porque a gente não testava por não ser uma doença endêmica aqui. Pode ser que a gente tivesse casos, mas eram subnotificados por falta de testagem”, disse.

Com os novos registros, o especialista disse que será feita uma reorganização na rede de saúde com capacitação dos profissionais, palestras e alertas sobre os vírus para começar o trabalho de conscientização e combate às infecções.

“Eram casos isolados, não tínhamos esse número de casos na área urbana. Não é uma doença nova, mas não era do nosso meio.Vamos capacitar toda rede sobre Mayaro e Oropouche, até os nomes são difícieis, então, é todo um movimento para capacitar nossa rede, reorganização, deixar o diagnóstico nas unidades, a medicação e era algo que não estávamos esperando. Entrou mais dois arbovírus para a gente trabalhar nesse período epidemiológico”, falou.

Sintomas do vírus Oropouche:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo e nas articulações.
  • Em alguns casos, o paciente pode apresentar vômitos

 

Sintomas do vírus Mayaro:

Infecção gera sintomas semelhantes à causada por chikungunya, como febre alta e dores articulares, o que dificulta o diagnóstico.

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