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SAÚDE

Perigos da cultura fitness

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Procurar ajuda profissional é essencial para superar a obsessão com a cultura fitness e encontrar um equilíbrio saudável entre corpo e mente

A cultura fitness ganha cada vez mais popularidade nos últimos anos, com uma ênfase crescente na saúde, boa forma e bem-estar. É inegável que adotar um estilo de vida saudável traz benefícios físicos e inspiradores. No entanto, é importante estar ciente dos perigos potenciais que podem surgir quando essa busca pela saúde se transforma em uma obsessão desenfreada. 



Neste artigo, exploraremos alguns dos perigos da cultura fitness e discutiremos a importância de encontrar um equilíbrio saudável.

Os sinais de que a busca pela saúde se tornou uma obsessão

A busca pela saúde é uma meta louvável, mas é importante estar atento aos sinais de que essa busca se transformou em uma obsessão prejudicial. Aqui estão alguns sinais de que a busca pela saúde pode ter se tornado uma obsessão:

Restrições alimentares extremas

Quando a alimentação se torna uma fonte de preocupação constante, e há uma restrição extrema de grupos alimentares inteiros, calorias ou nutrientes essenciais, pode ser um sinal de obsessão. Uma pessoa pode sentir medo ou culpa ao comer certos alimentos e seguir uma dieta rígida, mesmo quando não há necessidade médica.

Contagem excessiva de calorias e macros

Se uma pessoa se torna obcecada em contar cada caloria consumida e monitorar meticulosamente a ingestão de macronutrientes, como carboidratos, proteínas e proteínas, isso pode indicar uma obsessão pela alimentação saudável. 

Essa contagem obsessiva pode levar a comportamentos extremos, como evitar socializar ou participar de eventos sociais que envolvam comida, e pode causar ansiedade e estresse constante em torno da alimentação.

Autoimagem baseada apenas na aparência

Uma obsessão pela saúde pode levar a uma autoimagem que se baseia exclusivamente na aparência física. A pessoa pode se definir exclusivamente pela forma do corpo, pelo peso ou pela aparência, e pode sentir-se constantemente insatisfeita ou desejada, independentemente dos progressos alcançados.

Rigidez e falta de flexibilidade

A obsessão pela saúde pode levar a uma mentalidade extremamente rígida em relação à alimentação, exercício e estilo de vida. A pessoa pode se recusar a fazer concessões ou adaptar sua rotina quando necessário, levando a uma falta de flexibilidade e dificuldade em lidar com situações imprevistas ou eventos sociais que envolvem comida.

Transtornos alimentares relacionados à cultura fitness obsessiva

Os transtornos alimentares relacionados à cultura obsessiva são uma preocupação ansiosa e cada vez mais comum. À medida que a busca por um corpo considerado ideal se intensifica, muitas pessoas se envolvem em comportamentos extremos e insalubres em relação à alimentação e ao exercício físico. Esses transtornos afetam tanto homens quanto mulheres, embora as mulheres sejam mais emocionais a desenvolvê-los.

Um dos transtornos alimentares mais comuns relacionados à cultura fitness obsessiva é a vigorexia ou dismorfia muscular. Nesse caso, a pessoa tem uma percepção distorcida do próprio corpo, acreditando que está sempre abaixo do peso ou pouco musculosa, mesmo quando já está fisicamente em forma ou até mesmo musculosa. 

Outro transtorno alimentar comum é a ortorexia, que se caracteriza por uma obsessão extrema por comer apenas alimentos considerados “saudáveis” e evitar qualquer coisa que seja percebida como não saudável. 

As pessoas com ortorexia podem passar horas pesquisando e planejando suas refeições, evitando alimentos processados, gordurosos ou que contenham ingredientes considerados “ruins”. Isso pode levar a uma dieta restritiva e desequilibrada, com a exclusão de grupos alimentares importantes, resultando em deficiências nutricionais.

Além disso, uma cultura fitness obsessiva também pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares mais conhecidos, como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa. 

Os riscos da pressão estética e seus efeitos psicológicos

A pressão estética é uma questão significativa na sociedade atual e pode ter diversos riscos e efeitos psicológicos adversos. A ênfase excessiva na aparência física e nos padrões de beleza irreais pode levar a problemas de saúde mental e emocional em indivíduos de todas as idades e gêneros. Aqui estão alguns dos riscos e efeitos psicológicos associados à pressão estética:

  • Baixa autoestima: A pressão para se adequar aos padrões de beleza pode levar a uma baixa autoestima. As pessoas que não se sentem confiantes em relação à sua aparência física podem experimentar sentimentos de inadequação e insatisfação com o próprio corpo, o que pode afetar sua qualidade de vida e bem-estar emocional.

  • Ansiedade e depressão: A pressão estética pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade e depressão. A comparação constante com os padrões de beleza e a preocupação com a aparência podem gerar altos níveis de estresse e ansiedade. Além disso, a insatisfação com o próprio corpo e a baixa autoestima podem desenvolver ou agravar sintomas de depressão.

  • Isolamento social: A pressão estética também pode levar ao isolamento social. Indivíduos que não se sentem satisfeitos com sua aparência física podem evitar permanecer socialmente, temendo o julgamento dos outros. Isso pode levar a um distanciamento dos relacionamentos e sentimentos de solidão e exclusão.

  • Obsessão com a aparência: A busca pela perfeição física pode se tornar uma obsessão. As pessoas podem dedicar grande parte do seu tempo, energia e recursos para alcançar um determinado ideal de beleza, negligenciando outras áreas importantes de suas vidas, como relacionamentos, carreira e hobbies.

É importante reconhecer que a beleza vem em diferentes formas, tamanhos e características. Promover a diversidade e aceitar a variedade de corpos e aparências é fundamental para mitigar os riscos associados à pressão estética. 

Importância de procurar ajuda profissional 

É fundamental buscar a ajuda de um profissional no caso de obsessão com a cultura fitness, especialmente se essa obsessão está afetando a sua saúde física e mental ou se você está pensando em realizar algum procedimento, como colocação do balão gástrico.

Aqui estão algumas razões pelas quais procurar assistência profissional é importante nesses casos:

  • Avaliação abrangente;

  • Tratamento especializado;

  • Identificação de causas subjacentes;

  • Monitoramento da saúde física.

Buscar ajuda de um profissional qualificado é fundamental quando se lida com obsessão com a cultura fitness. Eles fornecerão a orientação, o suporte emocional e as estratégias de tratamento necessárias para promover uma relação saudável com a alimentação, o exercício físico e a imagem corporal.

ACRE

Ufac debate com governo conversão da Fundhacre no HU

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, reuniu-se com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, com o governador do Estado do Acre, Gladson Cameli (PP), e com a deputada federal Socorro Neri (PP-AC) para debater a possibilidade de transformar a Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) em Hospital Universitário (HU), sob a gerência do governo federal. O encontro ocorreu nessa terça-feira, 30, em Brasília. 

A proposta foi apresentada com base no resultado do relatório produzido pela equipe da Ebserh, quando da visita ao Acre, e em dados do Ministério da Saúde. Com a mudança que o governo federal propõe, a população do Estado poderá ter os benefícios de um hospital federal gerenciado pela Ebserh, o qual abrigará, além de atendimento especializado, pesquisas na área de saúde e uma rede interligada de informações com todo o Brasil que abrange 41 hospitais universitários.  



Além disso, serão investidos R$ 50 milhões, garantidos com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na compra de equipamentos novos e modernos, além da readequação do espaço físico da Fundhacre. “Com essa nova proposta, a população não vai esperar a construção de um novo hospital para usufruir dos benefícios de um hospital universitário, que estará alinhado com os principais hospitais do país, que são os da rede gerenciada pela Ebserh”, disse a reitora.

Arthur Chioro disse que, nesta fase inicial de análise, a Ebserh faz um diagnóstico técnico. “E das necessidades em termos de atenção hospitalar de média e alta complexidade para toda a população do Acre, observando os recursos já existentes e tentando definir, em conjunto com a Ufac e o governo do Estado, quais as melhores estratégias a serem adotadas.”

Gladson Cameli defendeu o fortalecimento da rede pública de saúde e agradeceu o empenho do governo federal em favor da população acreana. “Esse investimento será muito importante para melhorarmos o atendimento na Fundação Hospitalar e vai nos ajudar a salvar muitas vidas. Essa proposta será analisada com prioridade pelo governo.”

(Com informações da Agência de Notícias do Acre)

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SAÚDE

Paciente consegue na Justiça fornecimento de medicamento não disponível no SUS

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O fármaco é de utilização continua, em decorrência de possível agravamento das condições de saúde e risco de óbito

Um paciente de Rio Branco conseguiu na Justiça o fornecimento de quatro caixas de um medicamento por mês até o julgamento do processo. Portanto, o ente público deve cumprir a decisão no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, limitada a 30 dias.



O autor do processo foi diagnosticado com asma alérgica eosinofílica. De acordo com os autos, o paciente teve recente piora do quadro clínico, com episódios de hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue), o que segundo laudo emitido por especialista indica risco de morte iminente em razão da perda precoce da função pulmonar.

Deste modo, o requerente explicou que o tratamento atual não tem gerado melhora. Ele usa anti-histamínicos, corticoides inalatórios, associados com beta-agonistas em altas doses, antileucotrienos e antagonistas anti-muscarínicos de longa duração. O medicamento pleiteado foi prescrito em caráter de urgência em virtude da não eficácia dos tratamentos convencionais anteriormente utilizados.

Em resposta, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) alegou a impossibilidade de fornecimento por não integrar a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, logo não sendo disponibilizado pelo SUS, assim impossibilitando o atendimento da solicitação do impetrante. Em contraponto, a Sesacre apontou a existência de alternativas terapêuticas, previstas na Tabela de Situações Clínicas/2020 do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

O deferimento da liminar está disponível na edição n° 7.463 do Diário da Justiça (pág. 3), desta segunda-feira, 22. O desembargador Nonato Maia, relator do processo, considerou a necessidade efetiva do medicamento para a manutenção da saúde do paciente e o risco da demora da prestação do atendimento público.

(Processo n° 1000067-07.2024.8.01.0000)

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CRISE

Acre chega a 60 casos confirmados de infecções por Oropouche e Mayaro em dez municípios

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Primeiro levantamento divulgado pela Sesacre havia mostrado que eram seis municípios com casos confirmados, que somavam 48 registros. Saiba os sintomas e a diferença entre as doenças.

Capa: Febre do Mayaro é transmitida pelo mosquito do gênero Haemagogus, mas já houve comprovação em laboratório da possiblidade de infecção do Aedes aegypti pelo MAYV — Foto: Pixabay/Divulgação.

O Acre chegou a 60 casos confirmados de infecções por Oropouche e Mayaro, detectados em dez municípios no último mês de 2023. De acordo com dados repassados ao g1 pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), o estado chegou a 60 casos até o dia 21 de dezembro.

Com isso, o Acre registrou um aumento em relação ao primeiro balanço divulgado pela Sesacre em novembro do ano passado. Até então, eram seis cidades com casos confirmados, com 48 registros ao todo.

Os primeiros registros das infecções ocorreram em abril deste ano. Conforme o levantamento, os casos foram detectados nas seguintes cidades:

Casos de Oropouche

 

Casos de Mayaro:

 

Os dois vírus causam sintomas parecidos com os da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. O Mayaro, inclusive, é chamado de “primo” da chikungunya. (Veja os sintomas abaixo).

Veja a diferença entre as doenças:

  • febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, virose transmitida por mosquitos, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, embora com risco bem menor de complicações hemorrágicas e de morte. Raramente, os casos podem ser complicados por meningite de padrão viral (benigna). O principal mosquito transmissor da doença entre os seres humanos é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”. As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos, à semelhança dos cuidados contra a dengue.
  • mayaro é endêmico (tem presença contínua) na Amazônia e é normalmente transmitido pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que vive nas matas e também é conhecido por propagar a febre amarela silvestre. É um perfil diferente do Aedes aegypti, vetor da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela urbana – já que este vive nas cidades.

“São síndromes febris e se aproximam muito dos sintomas da dengue, com febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e estamos percebendo que estão tendo casos com sintomas na pele. As pessoas estão aparecendo com manchas na pele também. O exame só dava negativo para dengue e resolvemos testar o diagnóstico diferencial, como chamamos”, explicou o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Edvan Meneses, à época da divulgação do primeiro balanço.

Arbovírus

O coordenador destacou que há muito tempo o Acre não registrava casos dos vírus na área urbana. Ele destacou que os casos eram encontramos mais no meio rural, e explicou os possíveis motivos para os registros das infecções.

“Pode ser pelo fato da cidade estar adentro mais na mata, mas também por mudanças no ciclo de vida do mosquito. Agora, estamos percebendo que tem mais casas, a gente via muito em gente que ia caçar, assim como a febre amarela. Isso está nos surpreendendo por perceber no meio urbano, onde encontramos mais dengue, zika e chikungunya”, confirmou.

Pela falta de confirmação em áreas urbanas, o coordenador disse que o Ministério da Saúde não enviava testes para os exames. “A gente não conseguia saber em amplo aspecto porque a gente não testava por não ser uma doença endêmica aqui. Pode ser que a gente tivesse casos, mas eram subnotificados por falta de testagem”, disse.

Com os novos registros, o especialista disse que será feita uma reorganização na rede de saúde com capacitação dos profissionais, palestras e alertas sobre os vírus para começar o trabalho de conscientização e combate às infecções.

“Eram casos isolados, não tínhamos esse número de casos na área urbana. Não é uma doença nova, mas não era do nosso meio.Vamos capacitar toda rede sobre Mayaro e Oropouche, até os nomes são difícieis, então, é todo um movimento para capacitar nossa rede, reorganização, deixar o diagnóstico nas unidades, a medicação e era algo que não estávamos esperando. Entrou mais dois arbovírus para a gente trabalhar nesse período epidemiológico”, falou.

Sintomas do vírus Oropouche:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo e nas articulações.
  • Em alguns casos, o paciente pode apresentar vômitos

 

Sintomas do vírus Mayaro:

Infecção gera sintomas semelhantes à causada por chikungunya, como febre alta e dores articulares, o que dificulta o diagnóstico.

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