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Poderia Marco Rubio defender os direitos humanos no Sudeste Asiático? – DW – 18/11/2024

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8 meses atrásem
O nomeado para Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, é um dos chamados falcões da China, que Donald Trump foi escolhido para cargos senioresincluindo Mike Waltz, que será nomeado conselheiro de segurança nacional de Trump, e Elise Stefanik, nomeada embaixadora nas Nações Unidas.
Em 2018, Rubio co-patrocinou a Lei de Acesso Recíproco ao Tibete, que visa negar a entrada no Estados Unidos a quaisquer autoridades chinesas que proíbam cidadãos americanos de entrar no Tibete, um território reivindicado pela China.
Ele também introduziu legislação que sanciona China pela sua alegada limpeza étnica da minoria População uigur e A repressão de Pequim a Hong Kong. Pequim respondeu colocando Rubio na lista negra.
Quem é Marco Rubio, o suposto secretário de Estado escolhido por Trump?
Um falcão da democracia
“Ele será um forte defensor da nossa nação, um verdadeiro amigo dos nossos aliados e um guerreiro destemido que nunca recuará perante os nossos adversários”, escreveu Trump sobre Rubio na sua plataforma de redes sociais, Truth Social.
Rubio, que concorreu à nomeação presidencial republicana em 2016 e chamou Trump de “homem forte do terceiro mundo” durante essa campanha, também tem um longo histórico de promoção da democracia e dos direitos humanos no Sudeste Asiático.
Em 2022, afirmou que “a ditadura Hun Sen destruiu a democracia em Camboja e permitiu que a nação fosse explorada pelo Partido Comunista Chinês”, em referência ao antigo primeiro-ministro do Camboja, que é agora presidente do Senado.
Rubio co-patrocinou várias Leis de Democracia do Camboja no Senado – que visavam promover a democracia e impor sanções ao “círculo interno” de Sen – nenhuma das quais foi aprovada no Congresso.
Também co-patrocinou legislação que teria punido o Partido Comunista Vietnamita, no poder, pelo uso crescente de tácticas draconianas para silenciar a dissidência e pressionou o Departamento de Estado a impor sanções mais duras à junta que assumiu o poder em Myanmar após um golpe de 2021.
“Enquanto esteve no Congresso, o Senador Rubio falou continuamente sobre os direitos humanos na Ásia e no Pacífico, reflectindo o seu interesse genuíno em promover e proteger os direitos na região, e espera-se que isso continue se ele se tornar Secretário de Estado”, disse Phil Robertson, o diretor da Asia Human Rights and Labor Advocates, disse à DW.
Resistindo a Trump?
Rubio também compreende a necessidade de alianças dos EUA, contrastando com o estilo diplomático transacional de Trump, dizem os analistas.
Trump tem ameaçou impor tarifas de 60% sobre as importações chinesas e 10 a 20% em bens importados de outros lugares.
Rubio, por exemplo, disse que é do interesse dos EUA ajudar a defender as Filipinas no Mar da China Meridional contra a agressão chinesa. No ano passado, ele escreveu um artigo para a National Interest intitulado “Por que as Filipinas são importantes para a América”.
“Uma frente unida no Indo-Pacífico”, escreveu Rubio, “não se unirá sem o apoio firme dos EUA. Deveríamos fornecer esse apoio, não porque queiramos nos envolver em controvérsias extensas, mas porque dissuadir Pequim é o melhor maneira de evitar que esta ampla controvérsia afete nosso modo de vida.”
No entanto, a maior questão é quanta independência Rubio terá dentro do gabinete de Trump se for nomeado, disse Robertson à DW.
“O que vimos da primeira vez foi que Trump não considera os direitos humanos intrínsecos à política externa dos EUA na Ásia ou em qualquer outro lugar do mundo, em vez disso vê as questões de direitos como algo que os EUA podem negociar num acordo por algo outra coisa que Trump quer”, acrescentou.
Na verdade, outros especialistas levantaram dúvidas sobre se Rubio será deixado sozinho para esboçar a sua própria política como principal diplomata da América.
Kenneth Roth, diretor executivo da Vigilância dos Direitos Humanostuitou no fim de semana que Rubio e Waltz têm sido fortes críticos das violações dos direitos humanos na China, mas questionaram se serão capazes de “se importar com alguém que não seja ele mesmo?”
De acordo com um Washington Post editorial de 12 de novembro: “O sucesso – ou fracasso – da próxima administração Trump pode depender de vozes como a do Sr. Rubio serem incluídas – e ouvidas.”
Aliados dos EUA no Leste Asiático se preparam para presidência de Trump
O histórico de direitos humanos de Rubio
A nomeação de Rubio também absolveu alguns receios na Europa sobre a próxima administração Trump – ou, pelo menos, não exacerbou as preocupações europeias.
Em fevereiro de 2022, imediatamente após A invasão da Ucrânia pela Rússiaele co-patrocinou a Lei Never Yielding Europe’s Territory (NYET), que visava “reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia” e impor sanções à Rússia.
Também ajudou a elaborar legislação que impede agora qualquer presidente de retirar os Estados Unidos da NATO sem a aprovação do Senado.
“A UE trabalhará no sentido de uma agenda transatlântica forte com a próxima administração norte-americana de Donald J. Trump”, disse Peter Stano, porta-voz da UE, à DW.
“Temos um interesse comum num sistema global funcional. Precisamos trabalhar juntos para defender a ordem que construímos e, ao mesmo tempo, reformá-la para torná-la mais inclusiva e cumprir os compromissos globais”, acrescentou.
“A cooperação UE-EUA e a liderança partilhada são fundamentais para resistir à tentativa de alterar o funcionamento eficaz das estruturas multilaterais capazes de enfrentar os desafios globais”, continuou Stano.
“Se não conseguirmos, prevalecerão modelos alternativos, em detrimento dos interesses da UE e dos EUA.”
Xi e Biden realizam última reunião antes do retorno de Trump
A administração cessante de Biden enfrentou críticas de alguns analistas por não ter falado abertamente sobre as violações dos direitos humanos em países como o Vietname e a Indonésia, que se tornaram parceiros importantes dos EUA nos últimos anos.
Dos 11 países do Sudeste Asiático, apenas Timor-Leste, o mais pequeno e mais novo estado da região, foi classificado como “livre” pelo último índice da Freedom House. Laos, Camboja, Brunei e Vietname foram classificados como “não livres”.
A câmara alta do poder legislativo dos EUA, o Senado, é responsável por confirmar ou rejeitar os nomeados para o Gabinete de Trump quando o mandato do presidente começar em janeiro.
Editado por: Keith Walker
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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