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Polícia em Moçambique dispersa protesto da oposição após eleições contestadas | Notícias

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A polícia de choque na capital de Moçambique, Maputo, disparou gás lacrimogéneo para dispersar uma multidão que protestava contra uma alegada fraude eleitoral dias depois de dois aliados da oposição terem sido mortos a tiro.

Várias centenas de pessoas, incluindo jornalistas, dispersaram-se enquanto a polícia fortemente armada marchava por uma rua principal na segunda-feira. A agência de notícias Reuters relatou que alguns policiais dispararam revólveres enquanto dispersavam a multidão.

Adriano Nuvunga, diretor do Centro para a Democracia e Direitos Humanos de Moçambique, disse que as balas atingiram dois jornalistas e um guarda de segurança, mas não ficaram gravemente feridos.

O líder da oposição Venâncio Mondlane, que concorreu à presidência nas eleições de 9 de Outubro, convocou uma greve geral para contestar os primeiros resultados que mostravam o partido no poder, Frelimo, à frente.

As lojas em Maputo foram fechadas e helicópteros sobrevoavam a cidade de cerca de um milhão de habitantes.

Pessoas seguram um cartaz e a sua bandeira nacional durante uma greve nacional convocada pelo candidato presidencial de Moçambique, Venâncio Mondlane (Siphiwe Sibeko/Reuters)

“Venâncio”, como é popularmente conhecido, estava entre os dispersos e posteriormente publicou um vídeo no Facebook que o mostra a fugir do gás lacrimogéneo, rodeado de apoiantes. Ele disse aos repórteres que a polícia tentou impedi-lo de comparecer à manifestação.

“Esta manhã não consegui sair de casa. Tinha pessoas à minha porta, incluindo a polícia. Levei uma hora para sair”, disse o homem de 50 anos.

As tensões aumentaram no fim de semana depois dois associados de Mondlane foram mortos a tiro em Maputo.

O advogado Elvino Dias e Paulo Guambe, candidato do pequeno partido Podemos que apoia Mondlane, estavam num carro quando foram cercados por outros veículos e mortos a tiro no sábado, disseram testemunhas.

O líder do Podemos, Albino Forquilha, confirmou os assassinatos à agência de notícias AFP, enquanto a polícia afirmou que foi iniciada uma investigação, mas não confirmou as identidades dos dois homens.

País ‘paralisado’

A União Europeia, a União Africana e as Nações Unidas condenaram o incidente e apelaram às autoridades para identificarem os perpetradores.

Numa declaração, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a “todos os moçambicanos, incluindo os líderes políticos e os seus apoiantes, para permanecerem calmos, exercerem contenção e rejeitarem todas as formas de violência”.

O chefe da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, disse estar “profunda preocupação” com “casos relatados de violência pós-eleitoral e, em particular, com os recentes assassinatos”.

No ano passado, várias pessoas foram mortas em confrontos depois da Frelimo, o partido no poder desde a independência, há 49 anos, ter vencido as eleições autárquicas.

Os resultados oficiais das eleições presidenciais e legislativas ainda estão pendentes.

A comissão eleitoral de Moçambique recusou-se a comentar as acusações de fraude.

Observadores baseados nos EUA disseram que a votação não cumpriu os padrões internacionais para eleições democráticas, notando relatos de compra de votos, intimidação, listas eleitorais inflacionadas e outras questões.

As indicações iniciais de uma baixa participação no país costeiro, de cerca de 33 milhões de pessoas, poderão minar a legitimidade da votação.

O Presidente Filipe Nyusi, de 65 anos, vai demitir-se após dois mandatos, mas espera-se que o candidato do seu partido, Daniel Chapo, de 47 anos, vença.

Outros candidatos presidenciais incluíram Ossufo Momade, 63 anos, do principal partido da oposição, a Renamo, e Lutero Simango, 64 anos, do Movimento Democrático de Moçambique.

Mondlane, que já reivindicou vitória, disse que o seu apelo a um protesto geral na Segunda-feira foi um “grande sucesso”.

“O país ficou paralisado… 95 por cento dos serviços públicos e privados em todo o país ficaram paralisados”, escreveu ele no Facebook. Disse que a greve foi seguida nas cidades de Chimoio, Nampula, Beira e Maputo, entre outras.



Leia Mais: Aljazeera

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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