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Por que há 10 mil aranhas gigantes à solta no Reino Unido? | Notícias sobre vida selvagem

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Esta semana, vários jornais e tablóides do Reino Unido publicaram alegações de que 10.000 aranhas gigantescas, que alguns diziam serem do tamanho de ratos, tinham sido soltas por todo o país.

Uma reportagem do tablóide Daily Mail dizia: “Milhares de aranhas gigantes ‘do tamanho de uma mão humana’ estão à solta no Reino Unido depois que um zoológico decidiu deixá-las correr livremente.”

No entanto, os cientistas esclareceram desde então que, embora milhares de aranhas tenham sido criadas e libertadas intencionalmente anos atrás, elas não “correm livremente” e não são tão grandes quanto se afirma.

Aqui está o que sabemos sobre como essa história foi contada e a verdadeira história por trás dela:

O que realmente aconteceu?

Em agosto, o Sociedade Real para a Proteção das Aves (RSPB) e uma série de outras sociedades conservacionistas anunciaram que as grandes aranhas de jangadas (também conhecidas como aranhas de jangadas), que são classificadas como “vulneráveis” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e como “Nacionalmente Raras” no Reino Unido, estavam de volta em algumas partes do país.

Essas áreas incluem The Broads, uma rede de lagos, rios e as maiores zonas húmidas protegidas da Grã-Bretanha que atravessam os condados do nordeste de Norfolk e Suffolk.

A recuperação populacional da aranha se deve a anos de intensa conservação por parte dos cientistas. Antes destes esforços, havia apenas um “punhado” de grandes aranhas de jangadas, afirmam os jornais do Reino Unido. O Zoológico de Chester estima que em todo o Reino Unido possa haver agora até 10.000 aracnídeos. De acordo com a RSPB, uma pesquisa recente descobriu que a população de fêmeas de aranhas-jangada atingiu bem a casa dos milhares, com uma estimativa de 3.750 somente em Norfolk com o número de seus locais populacionais aumentando de três para 12.

É “um número impressionante para uma espécie que estava anteriormente em risco de extinção apenas em 2010”, dizia o comunicado de agosto da RSPB. A espécie, acrescentou a organização, permanece vulnerável, mas não corre mais risco de extinção.

A IUCN ainda lista a aranha como vulnerável na sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, uma designação dada em 1996. Os cientistas dizem que é provável que, pré-historicamente, as aranhas fossem “extremamente” abundantes em toda a Europa.

A reprodução geralmente ocorre em julho e setembro. Os especialistas da RSPB previram que o ano passado foi o “melhor ano já registrado” para a reprodução das aranhas e provavelmente aumentará a população.

A grande aranha de jangada ou aranha de jangada (Floreira Dolomedes) close-up (VitaSerendipity/Getty Images)

Que tipo de aranhas são elas?

Grandes aranhas de jangada (Floreira Dolomedes) são uma espécie europeia conhecida por seu grande tamanho e listras brancas ou creme ao longo das laterais de seus corpos pretos ou marrons. As aranhas, que têm uma vida útil de dois anos, são inofensivas para os seres humanos e, como vivem normalmente em ambientes húmidos, é pouco provável que sejam encontradas dentro de edifícios residenciais.

As fêmeas são maiores que os machos. No comprimento total, incluindo a envergadura das pernas abertas, as fêmeas podem medir até 70 milímetros (2,8 polegadas). Se você colocar uma na palma da mão de um ser humano adulto, que tem cerca de 75 milímetros (3 polegadas) em média, a aranha cobriria a superfície interna.

“Isso é facilmente relatado como ‘o tamanho da mão de um homem’ ou talvez ‘o comprimento de um rato recém-nascido’… (e em uma extensão) expandido para ‘tamanho de rato’”, Dave Clarke, conservacionista do Zoológico de Londres, escreveu em um blog em setembro.

No entanto, o Zoológico de Chester, em uma postagem no X na semana passada, usou a frase “elas crescem até ficarem do tamanho de suas mãos” para descrever as aranhas.

As grandes aranhas de jangadas caçam ativamente, em vez de construir teias para pegar comida. Eles são semi-aquáticos, capazes de voar pela superfície dos corpos d’água para capturar suas presas. Os minúsculos pelos das pernas os ajudam a detectar vibrações na superfície da água. Os machos também usam esse sistema sensorial baseado no cabelo para se comunicar com as fêmeas durante o namoro, testando sua recepção batendo na superfície da água. As grandes aranhas de jangada comem larvas de libélulas, libelinhas, girinos e peixes pequenos, bem como de outras aranhas.

As fêmeas protegem ferozmente seus ovos. Durante a reprodução, a mãe constrói um saco de ovos para carregar centenas de bebês – normalmente por cerca de três semanas – enquanto ela também procura comida. Pouco antes de os bebês nascerem, a mamãe aranha tece uma teia sedosa de “berçário” do tamanho de uma pizza, suspensa acima da água, para manter os recém-nascidos e a si mesma seguros.

Na Grã-Bretanha, as aranhas das jangadas vivem em canais e pântanos não poluídos ou alcalinos ou em pântanos de turfeiras pantanosas ricas em juncos e juncos.

Os conservacionistas dizem que é altamente improvável que os humanos encontrem uma aranha-jangada, já que elas habitam apenas um punhado de áreas úmidas protegidas no Reino Unido. Em outras partes da Europa, como a Escandinávia, as aranhas são encontradas nas margens de lagos naturais.

O que aconteceu com as aranhas?

As aranhas-jangada quase foram extintas no Reino Unido devido à destruição de seu habitat natural. Os cientistas descobriram que em East Anglia, por exemplo, um abastecimento reduzido de água durante todo o ano a alguns pântanos – muita água escoada estava a ser cada vez mais desviada para fontes de água públicas – ajudou a levar ao declínio das aranhas.

A intensificação das secas de verão no Reino Unido – resultado das alterações climáticas – agravou significativamente o problema, dizem os cientistas.

Partes da Europa continental também registaram declínios nas populações de aranhas-jangada. Nos Países Baixos, as evidências sugerem que os pântanos e as massas de água com escoamento acumulado de produtos agrícolas ou de fertilizantes também registaram números mais baixos. No entanto, as populações estão bem estabelecidas nos países bálticos e na Escandinávia.

Como eles foram conservados?

Entre 2011 e 2013, em esforços liderados pela RSPB, cientistas de jardins zoológicos e instituições de conservação do Reino Unido colaboraram para criar centenas de bebés aranhas em tubos de ensaio individuais (para que não se comessem uns aos outros).

“Nossa equipe alimentou delicadamente minúsculas moscas à mão para cada uma das centenas de filhotes usando uma pinça, dia após dia, durante semanas a fio em nosso criadouro biosseguro”, disse um comunicado do Zoológico de Chester, que fazia parte do projeto. o projeto de conservação. “Eventualmente, as jovens aranhas cresceram fortes o suficiente para serem devolvidas ao seu habitat natural, que nossos parceiros trabalharam para restaurar, e nós as liberamos às centenas.”

Clarke, do Zoológico de Londres, que também participou do projeto, escreveu em um blog que os filhotes de aranha foram apresentados a “ambientes novos e adequados”, que incluíam áreas úmidas protegidas. Isto é contrário às alegações de que as aranhas estão soltas por todo o país.

Clarke escreveu que não há razão para temer o aumento do número de aranhas, pois é improvável que elas se espalhem para áreas residenciais, observando “Este é um enorme sucesso de conservação, tanto para as aranhas quanto para a restauração mais ampla do habitat que impulsiona o sucesso… Desinformação como esta apenas alimenta a aracnofobia (medo de aranhas) das pessoas.”





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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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