POLÍTICA
Por que o telefonema de Lula a Fernanda Torres dei…
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12 meses atrásem
Matheus Leitão
A ligação de Lula para a atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz, foi bonita em vários aspectos – exemplar sobre como um presidente deve se portar -, mas deixou uma decepção latente para aqueles que esperavam mais do esquerdista em 2024, especialmente pelo marco de 60 anos do Golpe.
Na conversa, entre muitas falas bonitas de lado a lado, Lula afirmou: “Quero ver se a gente consegue transformar 2025 em um ano de defesa da democracia, contra a extrema-direita e contra os fascistas. Para a gente fazer nossa juventude aprender o que é democracia e a entender o valor da democracia”!
O presidente deveria ter pensado assim também em 2024, quando cancelou todas as programações de sua própria gestão na semana do 31 de março, alegando não querer “remoer” o passado para”tocar o país para a frente”.
Naquele momento, auxiliares palacianos afirmaram à coluna que o presidente sabia o que estava fazendo e tinha mais informações nas mãos que qualquer outro brasileiro. Mas era óbvio que o petista queria evitar nova aresta com os militares.
A cautela soou como medo.
O país precisa que seus presidentes enfrentem o golpismo que existem nas Forças Armadas. Lula viveu uma tentativa de golpe no 8 de Janeiro, com oficias militares do Exército, Marinha e Aeronáutica envolvidos, e tinha todas as justificativas para fazer um grande ato ano passado. Errou.
Na conversa com Fernanda Torres o presidente lembrou que o prêmio chega ao Brasil quando se prepara o ato em defesa da democracia por ocasião dos dois anos do 8 de Janeiro. Sim, é muito importante. É correto que se lembre sempre do dia da infâmia gerado pelo bolsonarismo golpista.
Mas atos em memória dos 60 anos do golpe militar seriam ainda mais importante para ensinar a valorizar a democracia. Até porque é muito óbvio, e Lula sabe disso: 8 de Janeiro está intrinsicamente ligado ao 31 de março de 1964.
O que o governo não fez, a arte fez de forma magnífica através desse filme. Mas 2025 também é um ano importante nesse calendário. Há 40 anos saía do Planalto o último general presidente. Comemora-se portanto 40 anos de democracia. Que ela seja comemorada como uma conquista, que custou vidas, como a de Rubens Paiva e de Vladimir Herzog, e exigiu uma luta constante de resistência de suas viúvas, Eunice e Clarice. Não foi uma concessão de generais enfadados com o poder, mas o resultado de uma luta que espalhou lutos e dores por famílias brasileiras.
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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social)
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…
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8 meses atrásem
5 de maio de 2025Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.


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