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por que os franceses se opõem ao acordo de livre comércio

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Agricultores que ameaçam manifestar-se por toda a França, um primeiro-ministro francês, Michel Barnier, que vem defender a sua causa em Bruxelas: a perspectiva de uma assinatura iminente do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul cria turbulência política em França e Europa.
O que é esse acordo UE-Mercosul?
Trata-se de uma proposta de acordo de comércio livre entre a UE e os países do “Mercado Comun del Sur” (Mercosul), um bloco comercial que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
Se vir a luz do dia, o acordo será o mais importante tratado de comércio livre celebrado pela UE, tanto em termos de população envolvida (780 milhões de pessoas) como de volumes comerciais (entre 40 mil milhões e 45 mil milhões de euros de importações e exportações). .
O texto visa facilitar o comércio entre a Europa e a América do Sul, eliminando gradualmente quase todos os direitos aduaneiros aplicados ao comércio entre os dois blocos. A UE espera impulsionar a exportação de produtos europeus sobre os quais os países do Mercosul aplicam elevados direitos aduaneiros, como automóveis, vestuário ou vinho. O acordo também prevê uma quota significativa de importação de carne bovina, um reconhecimento de quase 400 indicações geográficas protegidas e diversas outras medidas destinadas a facilitar o acesso mútuo de empresas europeias e sul-americanas aos mercados públicos.
No final de um longo processo de negociação iniciado no início dos anos 2000, o tratado foi formalmente concluído em 28 de junho de 2019. Mas as hesitações expressadas por vários países envolvidos em ambos os lados do Atlântico impediram a sua assinatura oficial.
A eleição do presidente brasileiro Lula em 2022 relançou a questão: a Comissão Europeia e o Mercosul retomaram então as discussões para negociar um texto anexo que deveria esclarecer o tratado e neutralizar as principais críticas.
A Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, pretende agora chegar a um compromisso antes do final do ano. Duas ocasiões poderiam servir para a assinatura oficial do tratado: a reunião do G20, que será realizada de 18 a 19 de novembro no Brasil, ou a cúpula do Mercosul, marcada para 6 a 8 de dezembro no Uruguai.
Por que os agricultores franceses estão infelizes?
Durante vários anos, este projecto suscitou sérias preocupações entre os agricultores, que denunciam a ameaça que a chegada massiva de produtos alimentares sul-americanos ao mercado francês poderia representar. O acordo prevê assim a eliminação de direitos aduaneiros na importação de 45.000 toneladas de mel, 60.000 toneladas de arroz ou 180.000 toneladas de açúcar.
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Mas o ponto que cristaliza as tensões diz respeito à quota de 99 mil toneladas de carne bovina tributadas em 7,5 %, aos quais são adicionados 60.000 toneladas de outro tipo de carne bovina e 180 mil toneladas de aves isentas de direitos aduaneiros. Os criadores denunciam a concorrência desleal contra as grandes explorações agrícolas sul-americanas, mais numerosas, sujeitas a normas sanitárias e ambientais menos exigentes e onde a remuneração do trabalho é mais baixa.
Um ano depois de um vasto movimento social europeu de agricultores, e enquanto as eleições profissionais nas câmaras da agricultura estão planeadas para Janeiro de 2025, os sindicatos franceses estão a mobilizar-se fortemente contra o acordo UE-Mercosul.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores (FNSEA) e os Jovens Agricultores (JA) convocam ações em todos os departamentos a partir de 18 de novembro: as manifestações serão organizadas segunda e terça-feira em frente às prefeituras ou nas rotatórias chamadas “rondas-pontos de Europa”.
Coordenação Rural, segundo sindicato agrícola do país, alguns executivos dos quais estão próximos da extrema direitatráfego “uma revolta agrícola” a partir de 19 de novembro, com um “bloqueio de frete de alimentos”.
A Confédération paysanne, terceira força sindical que defende um modelo de agricultura camponesa, também contrária aos acordos de comércio livre, não se juntará à mobilização lançada pela aliança FNSEA-JA, mas pretende mobilizar ” com (se) próprios modos de ação ». As associações interprofissionais de carne bovina (Interbev), aves (Anvol), cereais (Intercéales) e açúcar (AIBS) também manifestaram apoio à mobilização.
Por que a classe política francesa se opõe ao acordo?
Em França, a hostilidade a este acordo transcende as divisões partidárias. Mais de 600 parlamentares de diversas origens políticas expressaram recentemente a sua oposição em um estande em Mundoconsiderando que o texto não respeita “os critérios democráticos, económicos, ambientais e sociais estabelecidos pela Assembleia Nacional e pelo Senado”. Uma unanimidade que encontramos na sociedade civil, onde o acordo UE-Mercosul reúne contra si uma frente sem precedentes de agricultores, ecologistas e detratores do livre comércio.
Em 2020, uma comissão de especialistas liderada pelo economista ambiental Stefan Ambecencarregado pelo governo de avaliar os efeitos potenciais do tratado, já havia concluído que o acordo “representar(ait) uma oportunidade perdida para a UE utilizar o seu poder de negociação para obter garantias sólidas que satisfaçam as expectativas ambientais, de saúde e, de um modo mais geral, sociais dos seus concidadãos”. Ele citou, por exemplo, os riscos de desmatamento nos países do Mercosul, que poderiam ser acelerados em 5% ao ano durante os seis anos seguintes à ratificação, devido ao aumento esperado na produção de carne bovina.
Uma auditoria recente da Comissão Europeia, publicado em outubroreforçou os temores de saúde dos adversários. Conclui que o Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, não pode garantir que a carne vermelha que exporta para a UE não tenha sido dopada com estradiol 17-β, um hormônio de crescimento proibido na Europa há décadas, mas amplamente utilizado no Brasil.
Se inicialmente tivesse defendido o acordo, Emmanuel Macron rapidamente mudou de ideiaapresentando a sua mudança de atitude como uma medida de retaliação à política “anti-climática” de Jair Bolsonaro, então presidente do Brasil. Embora este último tenha deixado o poder, o Sr. Macron permanece no seu cargo até hoje: em Fevereiro, ele se parabenizou – aliás, erradamente – que as negociações foram interrompidas.
informou Ursula von der Leyen da sua oposição ao acordo, denunciando, em 13 de novembro, “o impacto desastroso que teria em sectores inteiros, particularmente na agricultura e na pecuária”.
Embora rejeite o projeto “tal como está”, o casal executivo continua aberto a uma versão revista. O governo apela, portanto, à Comissão Europeia para que renegocie o texto de forma mais aprofundada, em particular para integrar “cláusulas espelho”, que imporiam padrões idênticos aos produtos comercializados entre os dois blocos.
O governo francês defende também a introdução de medidas vinculativas a favor da proteção ambiental, para tornar o tratado compatível com os objetivos do acordo climático de Paris. São tantos pedidos que a Comissão Europeia não parece disposta a aceitar hoje.
Quais são as chances de o negócio ser concretizado?
A possibilidade de assinatura do acordo UE-Mercosul até ao final do ano depende do equilíbrio de poder entre a Comissão Europeia e os Estados-membros. Mas mesmo depois de assinado, o tratado ainda terá de ser devidamente ratificado pela UE antes de entrar em vigor.
No entanto, a presença no acordo de disposições não estritamente comerciais, usurpando as competências dos Estados-Membros, imporia um procedimento de ratificação “XXL”, que exigiria a luz verde unânime dos Vinte e Sete e, em seguida, a aprovação do Parlamento Europeu e de todos os parlamentos nacionais dos países membros. A França teria, portanto, a possibilidade de vetar.
Para contornar esta dificuldade, a Comissão Europeia está tentado a cortar o acordo em doisseparando o aspecto da cooperação, que poderia ser sacrificado, do aspecto comercial, que seria então da competência exclusiva da UE: a sua ratificação exigiria, portanto, apenas uma votação por maioria qualificada (pelo menos quinze países, representando 65% do população europeia), privando Paris do seu direito de veto.
Neste cenário, a França teria, portanto, de, para bloquear o acordo, reunir uma minoria bloqueadora, reunindo pelo menos quatro Estados-membros que representassem mais de 35% da população europeia. No entanto, Paris permanece geralmente isolada por enquanto. Porque mesmo que a Polónia, a Áustria, os Países Baixos e a Irlanda tenham manifestado regularmente as suas preocupações sobre o acordo, o seu peso não seria suficiente para impedir a votação.
Por outro lado, pesos pesados como a Alemanha e a Espanha estão a pressionar a Comissão Europeia para finalizar o acordo até ao final do ano, na esperança de relançar o crescimento europeu. Itália e Portugal também apoiam esta ideia. Berlim vê novas oportunidades para os seus fabricantes de automóveis no Mercosul. Ao aproximar-se desta zona do mundo rica em lítio, cobre, ferro ou cobalto, a Europa procura também garantir o seu abastecimento de matérias-primas necessárias ao sucesso da sua transição ecológica.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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