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Povo sudanês vive ‘pesadelo de violência e fome’: chefe da ONU | Notícias da guerra no Sudão

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8 meses atrásem
O sudanês Muitas pessoas estão a viver um “pesadelo de violência, fome e deslocamento”, e inúmeras outras enfrentam “atrocidades indescritíveis”, incluindo violações generalizadas, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira.
Ele destacou “relatórios chocantes de assassinatos em massa e violência sexual” em aldeias da província centro-leste de Gezira. A ONU e um grupo de médicos observaram que os combatentes paramilitares causaram estragos na região num ataque de vários dias que matou mais de 120 pessoas numa cidade.
O chefe da ONU disse que as forças militares e paramilitares em guerra do país estão a intensificar os ataques com potências externas “alimentando o fogo” e intensificando o pesadelo da fome e da doença para milhões de pessoas.
Guterres alertou que a guerra de 18 meses enfrenta a séria possibilidade de “inflamar a instabilidade regional do Sahel ao Corno de África e ao Mar Vermelho”.
A guerra eclodiu no Sudão em meados de Abril de 2023, devido a uma luta pelo poder entre o exército sudanês e as Forças Paramilitares de Apoio Rápido (RSF) antes de uma transição planeada para um regime civil, desencadeando a maior crise de deslocamento do mundo. Mais de 11 milhões de pessoas fugiram das suas casas, incluindo três milhões para países vizinhos.
A guerra já matou mais de 24 mil pessoas até agora, segundo o Armed Conflict Location and Event Data, um grupo que monitoriza o conflito desde o seu início.
“O Sudão está, mais uma vez, a tornar-se rapidamente num pesadelo de violência étnica em massa”, disse Guterres, referindo-se a um conflito na região sudanesa de Darfur, há cerca de 20 anos, que levou o Tribunal Penal Internacional a acusar antigos líderes sudaneses de genocídio e crimes contra a humanidade.
Cerca de 750 mil pessoas enfrentam “insegurança alimentar catastrófica” e condições de fome nos locais de deslocados no Norte de Darfur, disse ele.
O chefe da ONU instou ambos os lados a concordarem com a cessação imediata das hostilidades, a garantirem a proteção dos civis pelos quais são os principais responsáveis e a permitirem que a ajuda humanitária chegue a milhões de pessoas necessitadas.
Guterres acrescentou que está “horrorizado” com relatos de que a RSF paramilitar continua a atacar civis na capital do Norte de Darfur, El Fasher, e áreas circundantes, incluindo locais de deslocados onde a fome foi confirmada.
Ele disse que aqueles que violam o direito humanitário internacional devem ser responsabilizados.
Ajuda insuficiente?
Além disso, a ONU observou que quase 25 milhões de pessoas – metade da população do Sudão – necessitam de ajuda, uma vez que a fome se instalou nos campos de deslocados e 11 milhões de pessoas fugiram das suas casas. Quase três milhões dessas pessoas partiram para outros países.
“Isto não é apenas uma questão de financiamento insuficiente. Milhões passam fome por causa do acesso”, disse ao conselho a Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
Thomas-Greenfield disse que Washington está alarmado porque, em vez de facilitar a ajuda, as autoridades sudanesas “continuam a minar, intimidar e visar as autoridades humanitárias”. Ela disse que eles precisam expandir e agilizar os movimentos humanitários.
O governo sudanês apoiado pelo exército está empenhado em facilitar a entrega de ajuda em todo o país, incluindo em áreas controladas pela RSF, de acordo com o Embaixador do Sudão na ONU, Al-Harith Idriss Al-Harith Mohamed. Ele disse que 10 passagens de fronteira e sete aeroportos foram abertos para entrega de ajuda.
A aprovação de três meses dada pelas autoridades sudanesas para que a ONU e grupos de ajuda utilizem a passagem de fronteira de Adre com o Chade para chegar a Darfur deverá expirar em meados de Novembro.
“Há 30 camiões que passaram pela fronteira de Adre carregados com armamento avançado e munições, e isto levou a uma grave escalada em al-Fashir e noutros locais”, disse Mohamed. “Percebemos que milhares de mercenários de África e do Sahel entraram no país… através de Adre. A passagem da fronteira de Adre é realmente uma ameaça à segurança nacional.”
O Embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse ao Conselho de Segurança da ONU que cabia ao governo sudanês decidir se a passagem de Adre permaneceria aberta para além de meados de Novembro e que seria “inapropriado exercer pressão sobre” o governo.
“Opomo-nos categoricamente à politização da assistência humanitária”, disse ele. “Acreditamos que qualquer assistência humanitária deve ser conduzida e entregue apenas com as autoridades centrais informadas.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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