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Prefeitura de Amsterdã proíbe protestos após ataques a torcedores israelenses

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Amsterdã proibiu manifestações por três dias a partir da sexta-feira (8), após os ataques contra torcedores de futebol israelenses, que a prefeita chamou de “esquadrões antissemitas de ataque e fuga”. Israel enviou aviões a Holanda para levar os torcedores para casa.

A prefeita, Femke Halsema, disse que os torcedores do Maccabi Tel Aviv foram “atacados, abusados ​​e atingidos por fogos de artifício” pela cidade, e que a polícia de choque interveio para protegê-los e escoltá-los para hotéis. Pelo menos cinco pessoas foram tratadas no hospital.

Vídeos nas mídias sociais mostraram a polícia de choque em ação, com alguns agressores gritando insultos anti-israelenses. As filmagens também mostraram torcedores do Maccabi Tel Aviv gritando ofensas aos árabes antes da partida de quinta-feira (7) à noite.

“Vimos muitas manifestações, muitas pessoas correndo. Foi realmente, realmente assustador”, disse Joni Pogrebetsy, um fã de futebol israelense em Amsterdã.

Incidentes antissemitas aumentaram na Holanda desde que Israel lançou seu ataque aos palestinos de Gaza, após os ataques a Israel por militantes do Hamas em outubro do ano passado, com muitas organizações e escolas judaicas relatando ameaças e mensagens de ódio.

O governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu enviou aviões para a Holanda para trazer os torcedores de volta, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, voou para Amsterdã para reuniões improvisadas com o governo holandês e o líder de extrema direita Geert Wilders.

Amsterdã proibiu manifestações durante o fim de semana e deu à polícia poderes de parada e busca emergenciais em resposta à agitação, que expôs profunda raiva sobre o conflito entre Gaza e Israel.

Mais de 43.000 palestinos foram mortos e milhões foram deslocados na ofensiva militar de Israel em Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais, lançada depois que o Hamas matou 1.200 israelenses e fez mais de 250 reféns no ataque inicial através da fronteira, de acordo com Israel.

Em Washington, o presidente dos EUA, Biden, condenou os ataques como “desprezíveis” e disse que eles “ecoam momentos sombrios da história quando os judeus foram perseguidos”. O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, ficou chocado com a violência em Amsterdã, disse um porta-voz da ONU.

Segurança reforçada

A prefeita Halsema disse que a polícia foi pega de surpresa depois que os serviços de segurança não sinalizaram a partida contra o Ajax Amsterdam, tradicionalmente identificado como um clube judeu, como de alto risco.

“Esquadrões antissemitas de ataque e fuga” conseguiram escapar de uma força de cerca de 200 policiais, disse ela.

A segurança foi reforçada na cidade, onde um serviço foi planejado em um monumento judeu no sábado para lembrar a Kristallnacht, o massacre nazista contra judeus em toda a Alemanha em 9 e 10 de novembro de 1938.

Um vídeo verificado pela Reuters mostrou um grupo de homens correndo perto da estação central de Amsterdã, perseguindo e agredindo outros homens enquanto as sirenes da polícia soavam.

Outro vídeo verificado mostrou torcedores do Maccabi acendendo sinalizadores e gritando “Ole, ole, deixem as IDF vencerem, nós vamos foder os árabes”, referindo-se às Forças de Defesa de Israel.

O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, disse estar “horrorizado com os ataques antissemitas contra cidadãos israelenses” e garantiu a Netanyahu por telefone que “os perpetradores serão identificados e processados”.

O presidente israelense Isaac Herzog falou com o rei holandês Willem-Alexander, que, segundo ele, “expressou profundo horror e choque”.

Herzog citou o rei dizendo que a Holanda falhou com sua comunidade judaica durante a Segunda Guerra Mundial – sob ocupação e perseguição nazista – e novamente na noite de quinta.

O político anti-muçulmano Wilders, chefe do maior partido do governo, disse que estava “envergonhado que isso pudesse acontecer na Holanda”. Em um post no X, ele culpou “muçulmanos criminosos” e disse que eles deveriam ser deportados.

A polícia disse que houve incidentes antes do jogo, para os quais 3.000 torcedores do Maccabi viajaram para Amsterdã.

Israel diz que a violência lembra perseguição dos Europeus aos Judeus

A embaixada israelense em Haia disse que multidões gritavam insultos anti-Israel e compartilhavam vídeos de sua violência nas redes sociais, “chutando, espancando e até atropelando cidadãos israelenses”.

“Nas vésperas da Kristallnacht — quando os judeus na Alemanha nazista enfrentaram ataques brutais — é horrível testemunhar a violência antissemita nas ruas da Europa mais uma vez”, disse.

A polícia disse que 62 suspeitos foram detidos após o jogo enquanto manifestantes pró-palestinos tentavam chegar à Johan Cruyff Arena, embora a cidade tivesse proibido um protesto lá. Dez permaneceram sob custódia na sexta-feira (8).

Eles disseram que os torcedores deixaram o estádio sem incidentes após a partida da Liga Europa, que o Ajax venceu por 5 a 0, mas que confrontos ocorreram durante a noite no centro da cidade.

Herzog estava entre os principais políticos israelenses que disseram que a violência lembrava o ataque a Israel por homens armados do Hamas no ano passado, bem como os ataques a judeus europeus nos pogroms dos séculos anteriores.

“Vemos com horror esta manhã as imagens e vídeos chocantes que, desde 7 de outubro, esperávamos nunca mais ver, um pogrom antissemita ocorrendo atualmente contra torcedores do Maccabi Tel Aviv e cidadãos israelenses no coração de Amsterdã”, escreveu ele no X.

Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas, disse que a matança em massa pelas forças israelenses em Gaza e a falta de intervenção internacional para detê-la “provavelmente levarão a tais repercussões espontâneas”.

“Isso enfatiza que deter o genocídio em Gaza é uma parte essencial do respeito e da proteção dos direitos humanos, bem como de garantir a segurança e a paz regionais e globais”, disse ele à Reuters.

A guerra de Gaza levou a protestos em apoio a ambos os lados na Europa e nos Estados Unidos, e tanto judeus quanto árabes foram atacados.

Detectar, interceptar: entenda como funciona o Domo de Ferro de Israel

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MUNDO

Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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