POLÍTICA
Presidente do PDT acena para a redução de penas do…

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Marcela Mattos
Em meio às discussões sobre a anistia total aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, alguns parlamentares começam a sinalizar o apoio a uma medida intermediária e que separe os casos de menor gravidade.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à Presidência da Câmara e que tenta evitar que o tema contamine a disputa, se comprometeu a colocar o tema em discussão. Motta afirmou que não se pode permitir “injustiças” nas condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes um tabu, até mesmo entre a esquerda já há sinalizações na direção de uma pena reduzida para aqueles que cometeram crimes de menor gravidade na Esplanada. “Eu acho que uma dosimetria poderia ser pensada. Talvez tenham pessoas que não mereçam o limite da pena que alguns outros que efetivamente comandaram e destruíram o patrimônio público e desdenharam da democracia”, afirmou a VEJA o deputado federal e presidente em exercício do PDT, André Figueiredo.
O parlamentar, que ressalta que o tema ainda não foi discutido pela cúpula partidária, descarta a possibilidade de uma anistia àqueles que efetivamente participaram dos ataques. “Quem cometeu aquele atentado contra a democracia tem que pagar. Tem que pagar para servir de exemplo, inclusive. Foi muito grave o que aconteceu, o Brasil poderia ter entrado numa guerra civil”, afirmou André Figueiredo.
São mais de 1.000 pessoas investigadas pelo STF pelo envolvimento nos ataques do 8 de janeiro, e mais de 250 já foram condenadas – as punições vão desde medidas restritivas, para casos em que não há a comprovação da participação efetiva nos ataques, a 17 anos de punição. Há, porém, reclamações entre os investigados de que as condutas, na maioria dos casos, não estão sendo individualizadas e que penas mais altas estão sendo aplicadas no “atacado”.
A discussão da anistia no Congresso
A Câmara discute um projeto que concede uma anistia a todos aqueles que apoiaram ou participaram das manifestações do 8 de janeiro de 2023, independentemente da gravidade e do alcance das suas participações.
A proposta prevê o salvo-conduto inclusive para os financiadores dos atos e determina que deve haver a individualização da conduta dos atos praticados.
Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) determinou no texto que ficam assegurados os direitos políticos para as pessoas atingidas pela lei. O ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por uma tentativa de golpe no país, almeja obter uma anistia do Parlamento e retomar seus direitos políticos.
Em meio à falta de consenso sobre o tema, o presidente Arthur Lira (PP-AL) determinou no último dia 28 que a proposta seja discutida numa comissão especial, um colegiado específico para debater o assunto. Até o momento, porém, a comissão não avançou e sequer teve seus membros designados.
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Carlos Siqueira se despede da cúpula do PSB e anun…

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7 de fevereiro de 2025
Robson Bonin
Em reunião do Diretório Nacional do PSB, nesta quinta, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, lançou oficialmente a candidatura do prefeito do Recife, João Campos, para substituí-lo a partir de maio deste ano.
A nova missão do filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos — que comandou o partido por quase uma década, até morrer em um acidente aéreo em 2014 — foi revelada pelo Radar em novembro.
Siqueira está há 35 anos no partido, dirigido por ele há pouco mais de dez anos. O nome de Campos será apresentado no próximo Congresso Nacional do PSB, marcado para ocorrer entre 30 de maio e 1º de junho em Brasília, quando a nova cúpula socialista será eleita.
“Quero aproveitar esta reunião do nosso Diretório Nacional para fazer o lançamento oficial da candidatura que se apresenta, que eu defendo e que muitos companheiros que estão aqui também defendem, que é do prefeito João Campos à presidência do partido. Um jovem muito promissor”, disse Siqueira.
“Esta é uma mudança geracional necessária e que aponta para uma perspectiva muito positiva para o PSB, que pode atrair mais jovens e pessoas que queiram fazer a boa política para o nosso país. Com a juventude que João representa e um programa moderno que conseguimos construir na autorreforma do PSB, acredito que o partido se projeta com força para futuras disputas”, complementou o cacique socialista.
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POLÍTICA
Colunistas de VEJA analisam novas pesquisas sobre…

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7 de fevereiro de 2025
Da Redação
O impacto no governo Lula das novas pesquisas sobre a disputa de 2026 é tema da edição desta sexta, às 12h, da live de Os Três Poderes, programa semanal de VEJA com análises dos principais assuntos da semana. Com apresentação do editor Ricardo Ferraz e comentários de Robson Bonin, Marcela Rahal e Ricardo Rangel, a edição traz o convidado Felipe Nunes, do instituto Quaest.
Os colunistas também comentam reportagem publicada na edição da semana da revista sobre os desafios de Lula em um Congresso dominado pelo Centrão. Após dois anos de mandato, o presidente enfrenta uma popularidade declinante, uma crise de credibilidade e a pressão do grupo político que controla o Congresso. Nas cordas, ele tem o favoritismo para 2026 contestado até por aliados no plano federal, mas conta com um plano para voltar ao centro do tablado. Um plano de alto risco, que, se falhar, pode fortalecer futuros adversários.
Depois de trocar o comando da comunicação do governo, numa tentativa de melhorar a própria imagem, Lula quer estreitar laços com os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e fortalecer a frágil aliança que mantém com o Centrão. Para facilitar a renovação do acordo entre as partes, o governo já capitulou em pontos importantes no imbróglio sobre as emendas parlamentares. Desistiu, por exemplo, de reduzir o montante dos recursos destinados pelos congressistas a suas bases eleitorais, que chegou a 50 bilhões de reais no ano passado.
Durante a campanha, Lula se dizia indignado com esse valor, mas, sem força para confrontar o Congresso, concordou em transformá-lo em piso das emendas. Tudo em nome da governabilidade. O próximo passo é redesenhar a Esplanada dos Ministérios a fim de aumentar os espaços dos partidos que fazem parte da aliança. Com essas iniciativas, o presidente espera que o Centrão ajude o governo a entregar resultados neste ano e, em 2026, entre na campanha à sua reeleição.
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A parceria da Meta, TikTok e Google com o PL de Ja…

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7 de fevereiro de 2025
Gustavo Maia
O PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto vai realizar nos próximos dias 20 e 21, em Brasília, o seu primeiro seminário nacional de comunicação.
Tratada como “o maior evento de comunicação partidária do Brasil”, a conferência terá a participação das big techs Meta, Google e Tiktok.
Em um material de divulgação interna obtido pelo Radar, as empresas eram apresentadas como “parceiros” do seminário organizado pela legenda, sob as fotos de Bolsonaro, da ex-primeira dama Michelle e de Valdemar. Outro “folheto” divulgado posteriormente registrou apenas a “participação” das empresas, apenas com a foto do ex-presidente.

A anunciada presença das empresas no seminário do Partido Liberal ocorrerá quase um mês após elas simplesmente ignorarem um chamado do governo Lula para participar de uma audiência pública promovida pela AGU para um “debate técnico sobre as novas políticas de moderação de conteúdo implementadas pelas plataformas digitais no Brasil”, realizada no dia 22 de janeiro.
A reunião ocorreu em resposta à decisão de Mark Zuckerberg, comunicada há um mês, de extinguir o programa de verificação de fatos por terceiros nas redes sociais da Meta (Facebook, Instagram e Threads), substituindo-o pelo modelo de notas da comunidade (“Community Notes”) — similar ao do X, de Elon Musk.
“Unificar nossa mensagem”
Os convidados para o evento foram chamados para “debater estratégias, fortalecer nossa presença e unificar nossa mensagem em todo o Brasil”. O seminário acontecerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na capital federal.
Os detalhes sobre a participação das big techs ainda não foram fechados, segundo a assessoria do PL.
Impedidos desde o ano passado de manter qualquer tipo de contato por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente nacional e o presidente de honra do Partido, Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, terão que comparecer à conferência em horários distintos. Dirigente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro também participará do seminário.
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