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Presidente do STM diz que Bolsonaro pode ser julga…

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Da Redação

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministra Maria Elizabeth Rocha, disse nesta quarta-feira, 12, que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser julgado pela Justiça Militar e perder a patente de capitão da reserva do Exército.

Na avaliação da ministra, o eventual julgamento de Bolsonaro pelo STM depende da investigação sobre a trama golpista e de um pronunciamento do Ministério Público Militar (MPM), que deverá verificar se o ex-presidente cometeu algum crime militar, além das acusações de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que são crimes comuns e serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele pode ser submetido a um conselho de justificação por representação de indignidade. Ele pode ser julgado também por crimes militares, como de incitação à tropa, por exemplo. Tudo vai depender de como vai ser feita a apuração penal no STF e qual será a decisão dos ministros da Primeira Turma e, posteriormente, do plenário, porque caberá recurso”, afirmou.

A ministra também disse que militares envolvidos com a trama golpista e com atos de 8 de janeiro de 2023 podem ser julgados pela Corte militar.

“Aqueles crimes que forem detectados ao longo da persecução penal e que configurarem crimes militares, eles [militares] serão julgados na nossa Corte, sim. Como, por exemplo, ofensas de inferior a superior. Nas mídias sociais, isso aconteceu, e nós julgamos e condenamos um coronel que ofendeu um comandante do Exército”, completou.

Posse

Maria Elizabeth Rocha tomou posse no cargo de presidente do STM nesta quarta. Primeira mulher a ocupar o cargo em 217 anos de história do tribunal, a ministra terá mandato de dois anos.

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Ao tomar posse, ela afirmou: “Sou feminista e me orgulho de ser mulher”. No discurso, Elizabeth Rocha afirmou que as mulheres brasileiras têm um “sonho de igualdade” e ressaltou que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo.

Para a presidente, apesar dos avanços conquistados pelas mulheres, é longo o caminho para a construção de um país livre de constrangimentos e asfixias sociais.

“Conviver em uma sociedade na qual sejam superadas todas as formas de discriminação e opressão é um ideal civilizatório de convivência entre humanos”, afirmou.

Mulheres na Justiça

A presidente também defendeu maior presença de mulheres em cargos de comando do Judiciário brasileiro.

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“Costumo dizer que se a Deusa Themis desvendasse os olhos, encontraria poucas de seu gênero na judicatura pátria. Entre calvas circunspectas, barbas esbranquiçadas, ternos e gravatas, veria ela, em algumas poucas togas, traços femininos”, ressaltou.

Inclusão

A presidente também defendeu a inclusão de grupos vulneráveis e a eliminação da violência.

“Em um contexto de legitimidade, sua concretização não pode ser considerada válida se alija e menoscaba a participação daqueles em situação concreta de vulnerabilidade díspar, como é o caso das mulheres, dos afrodescendentes, dos indígenas, da população LGBTQIAP+, dos hipossuficientes, dentre outros segmentos populacionais e de classe”, completou.

A nova presidente do STM também agradeceu ao presidente Lula pela nomeação, ocorrida em 2007, e disse que a magistratura “permanece esperançosa” na nomeação de mulheres para cargos no Judiciário. No sábado (8), Dia Internacional da Mulher, o presidente nomeou a advogada Verônica Sterman para o Tribunal.

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“Gratidão que se estende ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que me indicou e nomeou no Dia Internacional da Mulher, em seu segundo mandato no ano de 2007”, concluiu.

Perfil

A ministra compõe o STM desde 2007, quando foi indicada durante o primeiro mandato do presidente Lula. Ela é a primeira mulher nomeada para o tribunal militar em 217 anos de funcionamento do órgão.

Entre 2013 e 2015, a ministra chegou a assumir temporariamente a presidência do STM, mas para um mandato-tampão.

Maria Elizabeth é natural de Belo Horizonte e é formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). A ministra também é doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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O STM é composto por 15 ministros, sendo cinco civis e dez militares, cujas cadeiras estão distribuídas entre quatro vagas destinadas ao Exército, três à Marinha e três à Aeronáutica.

(Agência Brasil)



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Pedro Pupulim

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Deputados do PT pedem ao STF que Bolsonaro seja pr…

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Deputados do PT pedem ao STF que Bolsonaro seja pr...

Ludmilla de Lima

Os deputados do PT Lindbergh Faria, líder do partido na Câmara, e Rogério Correia pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 18, que a Corte limite a circulação do ex-presidente Jair Bolsonaro, impondo, inclusive, o uso de tornozeleira eletrônica. No documento direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, os parlamentares defendem que Bolsonaro seja proibido de deixar Brasília sem autorização judicial e também de se aproximar de embaixadas.

As medidas cautelares, afirmam os deputados, seriam para evitar que Bolsonaro consiga refúgio em alguma embaixada caso seja decretada sua prisão pela trama golpista de 2022. O pedido foi feito logo após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, declarar que vai se licenciar do mandato e permanecer  nos Estados Unidos para evitar uma possível prisão. Ele está fora do país há 19 dias e não é alvo da investigação sobre a tentativa de golpe de estado.

Os deputados lembram que o ex-presidente passou duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro do ano passado e afirmam: “é de se ressaltar que por diversas vezes Jair Bolsonaro incentivou publicamente a fuga de condenados pelos crimes cometidos no dia 8 de janeiro de 2023, bem como a permanência clandestina no exterior, em especial na Argentina, como tentativa de evitar a aplicação da lei e decisões judiciais proferidas pelo Supremo Tribunal Federal”.

No próximo dia 25, a STF julgará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros envolvidos na trama do golpe. Caso a Corte aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu.

 



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Zanin marca julgamento do núcleo militar envolvido…

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Zanin marca julgamento do núcleo militar envolvido...

Valentina Rocha

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin marcou para os dias 8 e 9 de abril o julgamento do chamado núcleo 3 dos envolvidos no plano de golpe de Estado de 2022. O grupo é composto por militares e policiais envolvidos no caso.

A denúncia, realizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi dividida para facilitar o processamento no STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 7 apoiadores, incluindo o general Braga Netto, compõem o núcleo 1, que tem julgamento marcado para os dias 25 e 26 de março.

Fazem parte do núcleo 3:
Bernardo Romão Corrêa Netto
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Hélio Ferreira Lima
Marcio Nunes Resende Júnior
Nilson Diniz Rodriguez
Rafael Martins de Oliveira
Rodrigo Bezerra de Azevedo
Ronald Ferreira de Araújo Júnior
Sérgio Cavaliere de Medeiros
Wladimir Matos Soares

Participam da turma, além de Zanin, os ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.



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