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Putin troca ataques com a Ucrânia enquanto espera Trump – 24/01/2025 – Mundo

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Igor Gielow

Em meio à expectativa pela chegada de Donald Trump ao poder, Rússia e Ucrânia escalaram nesta sexta (24) suas ações na guerra que completará três anos daqui a um mês.

A iniciativa maior foi de Kiev, que lançou 121 drones contra 13 regiões russas, incluindo a capital, Moscou, onde 7 aviões-robôs foram interceptados pela defesa aérea. Não houve danos.

A Rússia disse ter derrubado todos os oponentes, mas houve ao menos dois alvos importantes alvejados: uma refinaria em Riazan, 200 km a sudeste de Moscou, e uma fábrica de microeletrônicos em Briansk, perto da fronteira ucraniana.

Do lado contrário, as forças de Vladimir Putin enviaram 58 drones durante a madrugada contra o vizinho, que disse ter derrubado 26 deles. Outros 27 foram dados como perdidos, após terem o sinal bloqueado. Ao menos três pessoas morreram na região de Kiev, atingidas por destroços das aeronaves.

Em solo, a Defesa russa anunciou ter tomado mais um vilarejo em Donetsk, seu principal foco neste inverno no Hemisfério Norte. Sites de monitoramento de movimento militar confirmaram a queda de Timofiivka, não comentada por Kiev.

Tudo isso ocorre enquanto Trump faz os primeiros movimentos para forçar o fim do conflito, algo que ele prometia fazer “em um dia” —o prazo foi estendido primeiro para seis meses e, agora, não se fala mais nisso.

Nesta sexta, o Kremlin respondeu à fala do republicano acerca de querer encontrar-se o mais rapidamente possível com Putin, visando não só achar uma saída negociada para a guerra, mas para discutir o controle de armas nucleares.

“A bola está com os americanos”, disse o porta-voz Dmitri Peskov, que reiterou que o presidente russo está pronto para dialogar. Na véspera, ele havia minimizado a subida de tom de Trump, que em uma confusa postagem na internet disse que poderia elevar tarifas e sanções contra a Rússia e seus parceiros se não houver um fim das hostilidades.

Na avaliação do Kremlin, é só bravata. Peskov também comentou o raciocínio apresentado por Trump ao discursar por vídeo no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). O americano disse que trabalharia para derrubar o preço do petróleo, exigindo isso da Arábia Saudita, grande produtora.

Segundo ele, isso levaria ao fim da guerra, dado que Moscou depende da venda do produto para financiar sua máquina militar. O conflito, disse Peskov, não é sobre o preço do petróleo, e sim sobre os interesses de segurança nacional da Rússia —que rejeita a proposta entrada da Ucrânia na Otan, a aliança militar ocidental que expandiu-se a leste após o fim da Guerra Fria.

Já sobre a questão nuclear, tanto Trump quanto Putin parecem concordar que há necessidade de retomar mecanismos de controle dos armamentos, embora isso seja contraditório com o histórico do americano.

Quando esteve no poder de 2017 a 2021, ele retirou os EUA de 2 dos 3 principais acordos que permitiam manter algum tipo de limite ao risco de um conflito nuclear entre os países que detêm 90% das ogivas atômicas do mundo.

Trump sempre exigiu que a China, potência emergente percebida como a verdadeira rival estratégica de Washington, fosse incluída nesses acertos. O arsenal de Pequim está em alta, é o terceiro do mundo, mas está longe dos estoques russos e americanos.

Os russos, aliados dos chineses, nunca aceitaram isso. Trump saiu do governo e veio a guerra na Ucrânia, onde a animosidade com o Ocidente atingiu níveis inéditos na Rússia pós-soviética. Putin sacou diversas vezes a carta das ameaças de um choque nuclear decorrente da escalada na Ucrânia e deixou, por sua vez, congelado o principal e único acordo remanescente sobre o tema, em 2023.



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Neabi da Ufac inicia 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial — Universidade Federal do Acre

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Neabi da Ufac inicia 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial — Universidade Federal do Acre

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) da Ufac realizou, na segunda-feira, 3, na sala Auton Peres, a abertura da 11ª Semana em Favor da Igualdade Racial e do 8º Novembro Negro, com o tema “Nada Sobre Nós Sem Nós: Acesso, Permanência e Protagonismo Negro”. A programação segue até 27 de novembro, com palestras, rodas de conversa, mesas-redondas, seminários, oficinas e exposições.

Os eventos integram as ações do Movimento Negro Educador, que desde 2015 reúne professores, estudantes e representantes de movimentos sociais do Acre em torno da promoção da igualdade racial. “O Novembro Negro constitui um espaço de visibilidade das epistemologias e dos saberes produzidos pelo Movimento Negro, contribuindo para o debate crítico sobre as relações étnico-raciais e para a ampliação da consciência negra, conforme orienta a política pública de promoção da igualdade racial”, disse a coordenadora dos eventos, professora Flávia Rocha.

A cerimônia de abertura contou com apresentação cultural do grupo Moças do Samba, formado por Nayara Saab, Carol de Deus e Sandra Bu. Estiveram presentes o vice-reitor Josimar Batista Ferreira; a vice-diretora do CCBN, Almecina Balbino Ferreira; a diretora do CFCH, Geórgia Pereira; e o coordenador do curso de História, João Paulo Pacheco.

 



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Prodgep realiza treinamento para fortalecer liderança afetiva — Universidade Federal do Acre

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Prodgep realiza treinamento para fortalecer liderança afetiva — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodgep) da Ufac promoveu, nessa terça-feira, 4, no laboratório Life, térreo do bloco do Núcleo de Tecnologia da Informação, o treinamento “Sentir para Agir”, voltado à capacitação de gestores da instituição. O encontro faz parte de uma proposta de fortalecimento da liderança afetiva, com foco na melhoria da qualidade de vida e do desempenho das equipes.

Durante a atividade, a palestrante Vanessa Vogliotti Igami destacou que o objetivo é estimular líderes já comprometidos com a universidade a desenvolverem novas habilidades emocionais, capazes de aprimorar a gestão e os resultados institucionais. “Ao cuidar do bem-estar dos líderes, melhoramos o desempenho das equipes e, com isso, toda a cadeia da educação, dos servidores aos estudantes.”

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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