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Rebeldes do M23 na trilha de recursos minerais – DW – 08/11/2024

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Dentro de três anos, o Movimento 23 de Março (M23) conseguiu ocupar grandes partes do Kivu do Norte, no leste República Democrática do Congo. O RuandaOs rebeldes apoiados por Israel conseguiram estender a sua influência a cinco das seis áreas da província – Rutshuru, Nyiragongo, Beni, Masisi e Walikale.

De acordo com o Nações Unidasa área de influência do M23 é “a maior já registada e representa um aumento de 70% face a novembro de 2023”.

A situação em Walikale permanece incerta, especialmente em torno da aldeia de Pinga, palco de confrontos entre os rebeldes do M23 e o exército congolês, que é apoiado pelas milícias locais de Wazalendo.

Objetivo: controle dos minerais

As ofensivas do M23 seguem uma lógica clara: querem ganhar o controle os minerais da região — principalmente ouro, cassiterita, coltan, cobalto e diamantes. Depois de tomarem partes das áreas de Rutshuru e Masisi, os rebeldes avançam em direção a Walikale, que é conhecida pela sua grande produção de coltan.

Apesar de um acordo de cessar-fogo mediado por Angola em Agosto, o M23 retomou a sua ofensiva em 20 de Outubro. Durante algum tempo, ocuparam Kalembe, uma cidade no território de Walikale, no Kivu do Norte, mas foram depois expulsos numa contra-ofensiva pelas milícias de Wazalendo e da Defesa Nduma. do Congo – Renovado (NDC-R). Guidon Shimiray Mwissao líder do NDC-R, é um criminoso de guerra que luta ao lado do exército congolês.

Uma mulher segurando a cabeça entre as mãos
Vítimas do conflito em curso: pessoas deslocadas internamente num campo perto de GomaImagem: Moses Sawasawa/AP Aliança de foto/imagem

ONU: M23 gera receitas através de impostos sobre a produção de coltan

Kalembe está localizado num importante eixo de transporte para jazidas mineiras, entre outras coisas.

“A área de Walikale é muito rica em minerais”, disse Augustin Muhesi, que ensina ciências políticas no Kivu do Norte. “Se o M23 quer ocupar esta área a todo custo, é apenas para criar uma oportunidade de mineração de minerais para que possa financiar as suas operações militares”.

As estimativas da ONU mostram que o M23 já gera cerca de 300 mil dólares (280 mil euros) por mês em receitas através de impostos sobre a produção de coltan em Masisi e Rutshuru.

Em Abril de 2024, a M23 cercou Sake, um centro de transportes a cerca de 23 quilómetros (14 milhas) da capital do Kivu do Norte, Goma. Os rebeldes também capturaram Rubaya, uma cidade no centro da mineração de coltan. O mineral é estrategicamente importante para a transição energética em particular.

Um grupo de homens escavando em uma área de mineração rochosa
Trabalhadores numa mina de coltan perto de Rubaya, no leste do CongoImagem: Baz Ratner/REUTERS

Acusação: M23 exporta coltan para Ruanda

O Governo congolês acusa o M23de exportar a produção das minas de Rubaya para Ruanda. Uma organização local da sociedade civil afirma que os rebeldes distribuíram material para encorajar a retoma da mineração.

O mais recente UM relatório de perito sobre o Congo afirma que cerca de 3.000 a 4.000 soldados ruandeses estão atualmente em solo congolês para apoiar o M23, que conta com cerca de 3.000 combatentes. “O FDR (exército ruandês) já não se limita a meramente apoiar as operações do M23 nas áreas de Rutshuru, Masisi e Nyiragongo, mas está agora a intervir direta e decisivamente”, escreveram os especialistas. “Isso permitiu que os dois grupos… expandissem rapidamente seu território até as margens do Lago Edward.”

De acordo com o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED)uma ONG que acompanha conflitos em todo o mundo, o movimento rebelde M23 esteve envolvido em quase 1.700 incidentes violentos desde que retomou as suas atividades em novembro de 2021, custando a vida a 1.746 pessoas.

Este artigo foi originalmente escrito em francês.

Adaptado por: Nikolas Fischer

Editado por: Benita van Eyssen



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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.

“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Agosto Lilás



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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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