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Redesenhar o mapa: Israel procura refazer o Médio Oriente segundo os seus próprios planos | Notícias da Guerra da Síria

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6 meses atrásem
Desde o voo dramático do antigo presidente sírio Basher al-Assad para Moscovo no domingo, Israel lançou centenas de ataques em seu vizinho.
Israel afirma que isto é necessário para a sua defesa.
Mas tem atacado a Síria impunemente desde, pelo menos, Janeiro de 2013, quando bombardeou um comboio de armas sírio, matando dois.
Desde então, Israel tem atacado continuamente a Síria, normalmente alegando que tinha como alvo posições pertencentes aos seus inimigos – o Hezbollah e o Irão.
No processo, segundo observadores, normalizou para si a ideia de atacar um Estado vizinho.
Uma ‘tendência para a destruição’
Nos últimos dias, Israel lançou mais de 480 ataques aéreos na Síria.
Ao mesmo tempo, transferiu as suas forças terrestres para a zona desmilitarizada, localizada dentro do território sírio ao longo da fronteira com Israel, dizendo que quer criar uma “zona de defesa estéril” e declarando o acordo de 1974 que tinha estabeleceu a zona tampão “colapsada”.
Também atingiu 15 navios fundeados nos portos mediterrânicos de Bayda e Latakia na segunda-feira, cerca de 600 quilómetros (373 milhas) a norte do Golã.
Reivindicando grande parte do crédito pelo avanço relâmpago do grupo sírio Hayat Tahir al-Sham (HTS), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse aos jornalistas na segunda-feira: “O colapso do regime sírio é um resultado direto dos duros golpes com que foi alvo. que atingimos o Hamas, o Hezbollah e o Irão.”
Os ataques à Síria, disse Mairav Zonszein, analista sénior do Crisis Group, foram “uma mistura de oportunismo e estratégia”.
Que Israel devesse procurar neutralizar uma ameaça potencial na sua fronteira enquanto estava, para todos os efeitos práticos, indefeso, era um “acéfalo”, mas qual poderia ser o plano a longo prazo é menos certo.
“Penso que o que estamos a ver na realidade é a estratégia que Israel tem vindo a desenvolver desde 7 de Outubro: identificar uma ameaça ou oportunidade, enviar tropas e depois descobrir.”
Mas o cientista político Ori Goldberg não estava convencido de que houvesse qualquer estratégia em jogo.
Em vez disso, ele disse: “Esta é a nossa nova doutrina de segurança. Fazemos o que quisermos, quando quisermos e não nos comprometemos”, disse ele de Tel Aviv.
“As pessoas falam sobre o Grande Israel e sobre como Israel está a enviar os seus tentáculos para os países vizinhos. Não vejo isso”, disse ele.
“Acho que isso é principalmente o resultado do caos e de uma tendência (israelense) recém-descoberta – ou não tão recente – para a destruição.”
Ignorando as condenações do mundo
Israel matou pelo menos 48.833 pessoas nos últimos 14 meses.
Tem estado a atacar o Irão, o seu aliado Hezbollah no Líbano, depois invadiu o Líbano, e agora está a atacar a Síria.
Enquanto atacava o enclave sitiado de Gaza, um ataque considerado genocida por várias nações e organizações e organismos internacionais.
Despreocupado com as baixas, o discurso de Netanyahu sobre “mudar a face do Médio Oriente” encontrou ecos imediatos em grande parte dos meios de comunicação israelitas.

Na quarta-feira, um parecer publicado no The Jerusalem Post afirmava corajosamente: “No último ano, Israel fez mais pela estabilidade no Médio Oriente do que décadas de agências ineficazes da ONU e de diplomatas ocidentais”.
Vários estados criticaram os ataques de Israel à recém-libertada Síria, incluindo Egito, França, Irã, Iraque, Catar, Rússia e Arábia Saudita. No sábado, a Liga Árabe, composta por 22 membros, emitiu uma declaração acusando Israel de tentar “explorar os desafios internos da Síria”.
As Nações Unidas, cujo mandato para policiar a zona tampão entre a Síria e Israel vigora até ao final deste ano, denunciaram esta violação do direito internacional.
“Os protestos da ONU não significam absolutamente nada”, disse Golberg, sugerindo que os repetidos confrontos de Israel com várias organizações internacionais faziam parte de um sentimento geral dentro do país.
“Queremos impor isso ao Homem”, disse ele. “Queremos mostrar à CIJ e ao TPI que não nos importamos. Que vamos fazer exatamente o que queremos.”
Na quarta-feira, o colunista do The Times of Israel, Jeffrey Levine, caracterizou os últimos 13 meses como um movimento em direção a “um Novo Médio Oriente de Paz e Prosperidade”.
Na visão de Levine, após as mudanças tectónicas do último ano, a Síria estaria livre das manobras geopolíticas de al-Assad, o Irão estaria livre do seu “regime teocrático”, os Curdos estariam livres para formar o seu próprio Estado. , e os palestinos seriam livres para estabelecer uma nova “pátria” na Jordânia.
“Não creio que a maior parte do povo israelita imagine que depois disto serão populares na região”, disse o analista político israelita Nimrod Flashenberg, embora possa ser possível algum tipo de reaproximação com as minorias curdas e drusas da Síria.
“Mas penso que eles têm esperança num Médio Oriente onde haverá menos regimes hostis a Israel”, disse ele.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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3 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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