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República Democrática do Congo: Violência atinge Kinshasa – 28/01/2025 – Mundo

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A ONU e outras agências de ajuda humanitária relataram que as ruas de Goma —maior cidade do leste da República Democrática do Congo (RDC)— se encheram de corpos e seus hospitais ficaram lotados de pacientes com ferimentos de bala e estilhaços nesta terça feira (28), um dia depois de uma milícia rebelde apoiada por Ruanda invadirem a área.

O grupo em questão, M23, entrou em Goma na segunda (27). Seus combatentes continuam a enfrentar focos de resistência do Exército congolês e de seus apoiadores.

Em paralelo a isso, manifestantes atacaram um complexo da ONU e uma série de embaixadas —de Ruanda e de países que eles acusam de apoiá-la, como Estados Unidos e França— na capital, Kinshasa.

“A situação humanitária em Goma e arredores continua extremamente preocupante”, disse Jens Laerke, porta-voz do Ocha, escritório humanitário da ONU, nesta terça, atribuindo a informação a relatos de funcionários da entidade. “Os hospitais estão sobrecarregados, lutando para administrar o fluxo de feridos”, afirmou ainda, acrescentando que também há relatos de estupros por combatentes da milícia.

Na mesma entrevista coletiva, Adelheid Marschang, coordenadora de resposta a emergências da OMS ( Organização Mundial da Saúde) para o Congo, disse que centenas de pessoas foram internadas com ferimentos de bala e outros.

“Estamos ouvindo relatos de profissionais de saúde sendo alvejados e pacientes, incluindo bebês, sendo pegos no fogo cruzado”, afirmou. A ONU havia calculado que havia de 600 a 700 pessoas feridas nos hospitais de Goma no fim de semana.

Patrick Youssef, diretor regional para a África do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse por sua vez que, em 24 horas, um dos hospitais da organização em Goma recebeu mais de cem pacientes com ferimentos na cabeça e traumas no peito causados por morteiros e estilhaços.

“Embora o hospital esteja lotado, ainda estamos recebendo ligações de feridos desesperados”, afirmou, acrescentando que houve um aumento significativo no número de crianças gravemente feridas. Segundo ele, pacientes aguardam atendimento nos corredores por falta de leitos, e o estacionamento do hospital foi convertido em um centro de triagem.

A última ocupação de Goma pelo M23, em 2012, durou relativamente pouco tempo, e em 2013 a milícia foi expulsa do território.

Desta vez, porém, o cenário é distinto. A relutância das potências mundiais em enfrentar Ruanda, a existência de muitos outros conflitos globais nos quais focar sua atenção e realidades militares locais complicam os esforços para derrotar os rebeldes em Goma e no leste da RDC, dizem analistas e diplomatas.

O grupo fez avanços rápidos no mês passado, conquistando territórios e expandindo seu controle sobre as lucrativas minas de coltan, ouro e minério de estanho da província de Kivu do Norte. Os recursos extraídos desses locais servem tanto para financiar o M23 quanto para motivá-lo a mantê-los sob seu controle.

Hoje, a milícia controla todo o território ao redor de Goma, dificultando qualquer tentativa dos congoleses de retomar a cidade.

Além disso, quando os rebeldes tomaram Goma pela última vez, foi necessária pressão internacional coordenada. À época, uma força africana solicitada pela ONU e composta por soldados da África do Sul, Tanzânia e Maláui ajudou os congoleses a lançar uma contraofensiva que levou à rendição do grupo.

No último domingo (26), em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, Estados Unidos, França e Reino Unido pediram apoio de Ruanda para a resolução da crise, mas não tomaram medidas concretas.

Em paralelo a isso, chefes de Estado africanos liderados pelo presidente do Quênia, William Ruto, articulam-se para tentar acabar os conflitos pela via diplomática.

Bem treinado e equipado com armas militares, o M23 é o mais recente de uma longa linha de movimentos rebeldes liderados por tutsis a surgir nas voláteis fronteiras orientais da RDC, após duas guerras sucessivas decorrentes do genocídio de Ruanda em 1994.

O grupo diz que existe para proteger a população tutsi da região. O governo da RDC diz, no entanto, que a milícia é um representante de Ruanda. O governo do presidente ruandês, Paul Kagame, negou durante muito tempo apoiar o M23, apesar de vários relatórios da ONU terem concluído o contrário.



Leia Mais: Folha

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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre

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publicado:
23/12/2025 07h31,


última modificação:
23/12/2025 07h32

Confira a nota na integra no link: Nota Andifes



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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre

A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.

Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”

A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”

O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”

A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”

Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”

Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)



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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.

 

A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.” 

Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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