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Em Rio Branco-AC, procura por imóveis é maior que a oferta

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A cidade de Rio Branco, que é a capital do Acre, localiza-se na Região Norte do Brasil e corresponde ao principal centro econômico, industrial e mercantil do estado. Abrigando uma população de 407.319 habitantes, o município é o sexto com o maior volume populacional da Região Norte e tem a denominação de “Capital da Natureza”, tamanha a presença de recursos naturais e áreas verdes que contemplam a cidade.

 Em relação à sua economia, a cidade de Rio Branco possui o PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 8.192.366 mil e o PIB per capita (Renda por pessoa) alcançando os R$ 22.510,95, cenário financeiro este que influencia efetivamente na perspectiva estadual, designado especialmente a movimentar positivamente a economia do estado do Acre. Fundamentada essencialmente pela exploração da borracha, atualmente os meios de viabilização de renda em Rio Branco estão mais associados à exportação da madeira, além da castanha-do-pará, fruto do açaí e óleo da copaíba.



 Toda esta situação discorrida evidencia que, embora seja uma cidade com boa qualidade de vida, Rio Branco ainda passa por um processo de verticalização que, gradualmente, vai se intensificando e expandindo-se à todas as extensões da cidade. O viés industrial no município não é deixado de lado. Pelo contrário. Os segmentos alimentícios, madeireiros, têxteis, mobiliário e de cerâmica exercem expressivo papel no panorama financeiro do município.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, por sua vez, contempla o indicador de 0,727, considerado alto para os padrões nacionais e, sobretudo, ratificando o quão benéfico é, para aqueles que prezam por um estilo de vida mais retraído, reservado e em contato com recursos naturais, residir em Rio Branco. No que se refere à infraestrutura, o município vem implementando mecanismos que, em longo prazo, elevarão a cidade à credencial de uma grande metrópole.

Entretanto, levando-se em conta os dias atuais, a cidade de Rio Branco ainda carece de maior injeção de verba na busca por estruturação. Mesmo assim, o panorama social que compreende a capital acreana detém potencialidades que, para os adeptos à passeios repletos de riqueza natural e cultural, sem dúvidas cativarão este perfil de cidadão.

O fomento do turismo no município

 Os pontos turísticos que disseminam-se pelo município são inúmeros e mobilizam fluxos de pessoas de todo o país, especialmente em períodos sazonais, que envolvem as férias. A Gameleira, árvore histórica que serviu de acampamento para o desbravador Neutel Maia, costuma compor as rotas turísticas das pessoas. Assim como O Casarão, uma ampla residência que pertenceu ao ex-governador Abdon Massari, e hoje é utilizada para fins culturais e artísticos. Também podemos mencionar o Obelisco do Acre, um monumento edificado pelo governo estadual com a finalidade de rememorar as figuras que protagonizaram a Revolução Acreana. Agora, de maior notoriedade e extremamente convidativo, o Parque da Maternidade é, talvez, a atração turística de maior destaque, constituindo-se por quadras de esportes, pistas de skates, restaurantes, quiosques e ciclovias, recebendo anualmente uma grande demanda de turistas amantes de esportes.

As festas típicas de Rio Branco, caracterizadas pela exposição da cultura local, também são válvulas propulsoras do turismo na capital acreana. Seja a Festa Boca de Mulher, o Expo Acre ou o Festival do Açaí de Feijó, todos estes eventos recepcionam visitantes de todo o país que, estimulados a conhecerem novas culturas, frequentam as festividades e desfrutam do entretenimento que elas oferecem.

Rio Branco e sua infraestrutura

No tocante à infraestrutura da cidade em sua plenitude e suas vertentes, dissertamos acerca do transporte de Rio Branco, que tem se desenvolvido após a intensificação de investimentos no setor por parte da iniciativa pública. Interligando a maioria dos bairros da cidade, os ônibus efetuam, diariamente, os deslocamentos mais expressivos pela extensão de Rio Branco, comportando a demanda do cidadão acreano e oferecendo-lhe condições minimamente aceitáveis de conforto e acomodação. As casas em Rio Branco foram impactadas por esta virtude, valorizando-as.

O tráfego aéreo é facilmente viabilizado através da presença do Aeroporto Internacional de Rio Branco, que abrange o fluxo de pessoas de todas as localidades e é considerado como um dos mais modernos e tecnológicos do Brasil.

Em referência à educação, a cidade compreende 211 escolas de ensino fundamental, além de 51 escolas de ensino e 70 de pré-escola, certificando a pluralidade de alternativas para a criança e o adolescente rio branquense que residirem, inclusive, nas áreas mais afastadas da capital acreana.

A geração de empregos na capital acreana

O desemprego no estado, que por anos afetou o cidadão e inviabilizou sua ascensão profissional e financeira, finalmente recuou em 2019 e, norteados por este índice, a retomada de confiança mediante o mercado foi identificado no morador do Acre.

Registrando uma queda de 64 mil para 48 mil desempregados, o cenário econômico foi impactado por este nova postura do empreendedor acreano que, credenciado a efetuar novos investimentos a fim de expandir seu negócios, observaram a necessidade por uma nova oferta de mão de obra no estado, estimulando a empregabilidade e trabalhando em prol do impulsionamento da economia.

Diante desta perspectiva, a cidade Rio Branco, que detém a maior influência sobre a economia acreana, foi de encontro à direção abordada e, desta maneira, passou a intensificar seu consumo, promovendo outros segmentos que também privilegiaram-se com a aceleração econômica. O mercado de imóveis, no entanto, esteve aquém desta contingência, sinalizando uma oferta inferior a demanda.

A intensificação da procura por imóveis na cidade

Com o aquecimento financeiro e o iminente aumento do poderio aquisitivo do cidadão rio branquense, as novas possibilidades econômicas das pessoas promoveram o interesse em investimentos destinados nos imóveis à venda em Rio Branco.

Todavia, embora o segmento tenha apontado uma alta de 32% nas aquisições, em relação ao ano de 2018, as construtoras não tem comportado a atual exigência da demanda que, extremamente propensa a procurar moradia na cidade, superou as projeções do mercado e reforçou a necessidade de, fundamentalmente, alavancar os investimentos em imóveis, oferecendo uma variedade de empreendimentos para aqueles que inclinam-se às vendas e, principalmente, atendendo este nicho que compreende uma expansão e fortifica o cenário econômico da cidade.

Portanto, a criação de mecanismos para suprir a necessidade do cliente é inadiável se, ainda sim, a cidade de Rio Branco ambiciona, em curto prazo, desenvolver-se através dessa tendência de mercado reconhecida nos dias de hoje.

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Equipe do TJAC apresenta projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para colégios de Cruzeiro do Sul

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Planos de trabalho estão sendo desenvolvidos com as seis unidades escolares públicas selecionadas para participar da iniciativa  

A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (NUPJR) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou na última quinta-feira, 11, no auditório do Núcleo da Secretaria de Educação do Acre, uma palestra de apresentação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para as diretoras e diretores dos colégios de Cruzeiro do Sul que farão parte desta iniciativa.



Segundo a servidora do NUPJR, Mirlene Taumaturgo, a ação além de atender ao Termo de Cooperação estabelecido entre o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oportuniza o cultivo de habilidades resolutiva dentro da comunidade escolar, relevante para solução de pequenos conflitos.

Nesta primeira edição do projeto na cidade de Cruzeiro do Sul, foram selecionadas para participar as escolas públicas: Dom Henrique Ruth, Professor Flodoardo Cabral, João Kubitschek, Absolon Moreira, Craveiro Costa e Professora Quita. 

Diálogo entre servidores 

Durante a estadia em Cruzeiro do Sul, a equipe do NUPJR dialogou sobre o impacto positivo da implementação de competências da justiça restaurativa no ambiente de trabalho, com as servidoras da comarca de Cruzeiro do Sul, Rozélia Moura e Rasmilda Melo, ambas integrantes do curso de formação em justiça restaurativa voltado para o Judiciário.   

 

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MPAC e Polícia Militar cumprem mandados judiciais contra investigados por ameaça a desembargador

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotoria Criminal de Feijó, em conjunto com a Polícia Militar do Acre (PMAC), deflagrou nesta quarta-feira, 17, a “Operação Algar”, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois investigados no município de Feijó.

A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.



Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município.

Considerando a necessidade de aprofundar as investigações, especialmente na identificação de possíveis coautores da ameaça, o MPAC solicitou o afastamento da garantia à inviolabilidade da intimidade e do domicílio, conseguindo a expedição do mandado de busca e apreensão, com autorização para acessar dispositivos eletrônicos móveis, bem como a suspensão da posse e porte de arma dos investigados, apontados como o autor direto e mandante da ameaça, e seu irmão, apontado como possível executor.

O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco”.

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Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

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O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

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