POLÍTICA
Rui Costa admite ‘instabilidade’ na relação com o…

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Da Redação
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, admitiu na noite desta quinta-feira, 5, que há uma “instabilidade” no Congresso em função do imbróglio envolvendo as emendas parlamentares e que a votação apertada a favor da urgência de dois projetos do pacote fiscal do governo pode ser atribuída à “insatisfação” de deputados em relação aos repasses.
“A votação reflete também uma instabilidade com a questão das emendas parlamentares, todos sabem disso, vocês sabem disso. Até então as emendas estavam totalmente bloqueadas. Havia, e há, uma insatisfação parlamentar pela não execução das emendas em função do bloqueio por decisão judicial”, afirmou Costa a jornalistas após participar da abertura do seminário A Realidade Brasileira e os Desafios do Partido dos Trabalhadores, organizado pelo partido em Brasília.
O ministro ressaltou que o desbloqueio do pagamento das emendas, autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, ocorreu apenas nesta semana — os repasses estavam suspensos desde agosto. Costa afirmou que o governo vai “intensificar o diálogo” com os parlamentares. “Não temos dúvida da aprovação das medidas e de eventual aperfeiçoamento daquilo que está lá. Pode ter algum aperfeiçoamento, e a gente sempre tem dialogado, e até aqui não tem dúvida da aprovação das medidas”, disse.
Apesar de ter liberado o pagamento das emendas, Flávio Dino determinou novas restrições para os repasses — que não estavam previstas no projeto discutido entre Congresso e governo. A proposta foi aprovada pelos parlamentares e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de novembro.
As novas regras impostas por Dino e referendadas de forma unânime pelo plenário do STF irritaram parlamentares. Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a decisão do ministro causou “instabilidade”, “ansiedade” e “turbulência interna” no Congresso. “Você nunca vai ver um deputado julgando alguém, ou condenando alguém num tribunal, como também não deve ver nunca um juiz legislando”, disse.
Lira chegou a dizer que o governo não tinha votos “nem mesmo para aprovar a urgência” dos projetos, sinalizando que a negociação para aprovação do mérito das propostas deve ser complicada para o Planalto. As urgências de dois projetos — o que permite que eles possam ser votados diretamente em plenário, sem passar por comissões —, foram aprovadas, mas com uma pequena margem.
O primeiro texto aborda gatilhos em caso de déficit fiscal, como a proibição de conceder, ampliar ou prorrogar incentivos e benefícios tributários, além de autorizar o bloqueio de emendas parlamentares. A matéria teve a urgência aprovada por 260 deputados, com 98 votos contrários e duas abstenções. Eram necessários ao menos 257 votos a favor.
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POLÍTICA
A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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2 meses atrásem
5 de maio de 2025
Nicholas Shores
O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN).
A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica.
Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.
A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira.
Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.
Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios.
Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.
Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.
Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.
Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.
Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.
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